quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Realizando Nossos Sonhos.


Salmo 127
É provável que nossos sonhos possam ser resumidos nestas quatro coisas:
- um lugar para morar, uma casa;
- segurança em nossa vida, uma cidade segura;
- um trabalho que nos realize e sustente;
- pessoas com quem compartilhar a vida, uma família.
Nestas coisas nós gastamos nosso tempo e nossa energia. Nossa vida.
Os peregrinos caminhando para cultuar a Deus em Jerusalém testemunhavam cantando que apenas com a bênção de Deus é que teremos um lugar para morar, segurança, trabalho para se manter, família (companheirismo).
Devemos saber que:
I – Nossos projetos só alcançarão êxito com a bênção de Deus.
Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam;
O salmista canta afirmando que se Deus não for o edificador, o resultado é uma edificação em vão (vazia, falsa, sem substância, sem valor, enganosa. Não leva a lugar nenhum.
É assim todo trabalho que é feito apenas debaixo do sol, sem considerar a dimensão da eternidade (Ec 1.3), fica um trabalho sem proveito. Nada permanece.
Como disse Dallai Lama: o homem gasta toda a sua saúde para adquirir dinheiro, e depois gasta todo o dinheiro para adquirir sua saúde.
Só como presente de Deus é que o homem pode ver o bem de seu trabalho.
II - Nossa segurança depende da bênção de Deus.
se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. A cidade era o centro de segurança, mesmo para os que moravam fora. As muralhas garantiam a proteção contra os inimigos. Foi assim que o rei de Jericó achou que poderia sobreviver ao ataque do povo de Israel, confiaram nas suas muralhas e viram elas ruírem ao toque da trombeta.
Se Deus não guardar, o alerta do vigia não adianta nada.
De quem estamos dependendo para nossa segurança? Vemos hoje cercas elétricas, câmeras de TV gravando todos os movimentos. Não é desprezo aos recursos que Deus tem disposto para nosso uso, mas simplesmente não idolatrá-los, ou nos tornarmos dependentes deles?
III – Nosso trabalho só dará resultado com a bênção de Deus.
Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão que penosamente granjeastes; aos seus amados ele o dá enquanto dormem. O salmista manifesta aqui a convicção da inutilidade de um trabalho sem Deus. É em vão:
1. Levantar cedo: idéia de ser diligente em um trabalho; insistência, persistência; dedicar-se; ser contínuo.
2. Trabalhar até tarde: demorar, tardar, ficar atrás.
Sem Deus, o resultado do trabalho árduo é penoso, angustiante. As pessoas conseguem seu conforto e sustento com amargura, a vida é como um fardo.
O salmista faz um contraste. A Bênção de Deus aos seus amados. Aquele que caminha com Deus está comprometido com os projetos de Deus. A estes Deus dá sem ansiedade, permitindo um sono tranqüilo, sem preocupações.
Satisfação, segurança, sustento, aquilo que é da vontade de Deus dar aos Seus amados, não depende inteiramente do zelo e das habilidades deles, pois Ele lhes outorga Sua bênção mesmo quando estão a dormir.
Não é um viver preguiçoso, mais uma labuta sem tensão.
Trabalhar muito não é a resposta para uma vida vazia; pode aumentar a escravidão.
IV – Nossa família só será constituída com a bênção de Deus.
Herança do SENHOR são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão. Como flechas na mão do guerreiro, assim os filhos da mocidade. Feliz o homem que enche deles a sua aljava; não será envergonhado, quando pleitear com os inimigos à porta.
Filhos são resultados da bênção de Deus. Herança num duplo sentido: para manter a terra, e para manter o nome. Vinha de Deus, e preservava o que Deus dera.
Galardão. Filhos devem ser meios de segurança. Os filhos devem ser vistos como prêmios. Ao contrário de nossos dias, onde o filho é visto como um problema, Deus os vê como algo digno de felicidade.
O povo de Israel tinham os filhos como uma dádiva de Deus. Eles suplicavam a Deus por filhos e consideravam ter uma grande família como um benefício. Muitas pessoas vêem os filhos como uma maldição e uma praga a ser erradicada. Por que temos tantos filhos indesejados hoje em dia? Muito simples, as pessoas não temem o Senhor e não andam em seus caminhos.
Nossa família só será constituída com a bênção de Deus.
Conclusão
Construir, guardar, desfrutar, preservar. Só há duas opções: ou buscamos a bênção de Deus; ou nossas realizações serão infrutíferas.
Gastar nosso tempo e energia naquilo que Deus não abençoa é um trabalho fútil, vazio.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009



E Então Virá o Fim
Continuação...
O ESTADO FINAL DOS PERDIDOS
Sua Habitação
Após o seu julgamento, os perdidos serão lançados no Lago de Fogo (Ap 20:15) um lugar na sua origem preparado para Satanás e os anjos dele (Mt 25:41).
Sua Experiência
Os não salvos no Inferno experimentarão vários tipos de tormentos mentais, solidão, desespero e inquietação. Haverá sofrimento e tormento conscientes (Ap 14:10-11; Rm 2:8-9), pranto e ranger de dentes (Mt 13:42), solidão absoluta (2 Ts 1:9), perdição mas não aniquilamento, Mt 25:46 e o terror de trevas infindas (Jd 13). Não haverá comunicação social com outros no Inferno. Só haverá a experiência terrível da ira infinda de Deus (Ap 14:10-11; Rm 9:22) e desamparo (Mt 7:23).
Sua Duração
Ao contrário de tais posições falsas como o aniquilamento dos ímpios e a sua futura soltura e restauração a Deus, as Escrituras ensinam que os ímpios sofrerão por seus pecados para sempre (Mt 25:46; Ap 14:11). A sua ruína espiritual e culpa serão perpetuadas (Jo 3:16,18).
O ESTADO FINAL DOS REMIDOS
A Sua Habitação
Os remidos habitarão com Deus para sempre. A sua residência será a Nova Jerusalém que descerá do Céu para a terra (vs. 2,9,10). Através da história humana pessoas anelaram esta cidade que as oferecerá uma morada permanente e segura (Hb 11:10, 13-16; 13:14; Ap 3:12; Jo 14:1-3).
João descreve a cidade como a forma dum cubo (Ap 21:16), com lados de 2.218 kms de comprimento. É feita de ouro puro (v. 18), cercada por um muro de jaspe de 66 metros de altura(v. 17). Este muro é posto sobre doze fundamentos que são adornados com pedras preciosas (vs. 14,19,20) e perfurados por doze entradas, três em cada lado e cada uma tendo uma porta de pérola (vs. 12,13,21). Cada porta é atendida por um anjo e tem escrito sobre ela o nome duma tribo de Israel (v. 12). No meio da cidade há uma larga praça central ("rua") de ouro puro (v. 21), pela qual flui o rio da Água da Vida (Ap 22:1-2). Este rio emana do trono de Deus para aguar a Árvore da Vida que a abraça. Alimentada pela Água da Vida, a Árvore da Vida perpetuará eternamente as vidas de todos que se alimentam dela (Gn 2:9; 3:22; Ap 2:7). Este cidade não terá nenhum edifício como templo nem uma luz externa, seja esta artificial seja natural (Ap 21:22-23; 22:5), porque o Pai e o Senhor Jesus são o seu templo e a sua luz (21:21,23). Os injustos jamais poderão entrar nela pelas portas abertas (21:25-27), e não haverá ali nem noite nem maldição (21:25; 22:3).
A Sua Experiência
Se a presença do Espírito Santo e as bênçãos do ministério dEle em nossas vidas representam um antegozo do bem futuro (Ef 1:14), então que maravilhas Deus tem preparado para nós (1 Co 2:9; 1 Pe 1:4)! As Escrituras revelam que os remidos terão comunhão livre com Deus (Ap 21:3); que tudo será novo (Ap 21:4-5); que haverá segurança absoluta (Hb 12:28), novo conhecimento(1 Co 13:12), repouso das tribulações e do labor atuais (Hb 4:9; Ap 21:4), gozo infindo (Sl 16:11), companheirismo amoroso (Jo 14:3; 1 Ts 4:17), plena satisfação de cada desejo (Ap 21:6), e adoração incessante (Ap 5:11-14).
Isto não significa que a eternidade será como um culto comprido na igreja. A frase: "nos séculos vindouros" (Ef 2:7) sugere que o Senhor e Seu povo serão envolvidos em novos programas, ou projetos e tarefas que ainda não ficaram revelados.
Este é o fim. Você deve está preparado para ele.

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Bibliografia:
Panorama de Escatologia – Leon J. Wood
Apostila de Escatologia – Pr. Almir Marcolino Tavares

Palestras Escatológicas - XVI Vida Jovem - Varzéa Alegre/Ce


Então Virá o Fim
O Grande Trono Branco e Novos Céus e Nova terra
Introdução:
Temos estudados os eventos que antecedem o fim.
O fim virá. Mais alguns eventos estão envolvidos nos momentos que precede este fim.
Dividimos nosso estudo em cinco partes: Sábado vimos os sinais dos tempos, sinais gerais e específicos; domingo pela manhã observamos a grande tribulação; domingo a noite meditamos sobre o arrebatamento; hoje pela manhã observamos a segunda vinda e milênio; hoje a noite observaremos o grande trono branco e novos céus e nova terra. Hoje chegaremos o fim.
O reino milenar do Senhor findará com uma revolta dirigida por Satanás (Ap 20:7-10). Satanás será solto por pouco tempo para "seduzir as nações" (Ap 20:8). Ele terá sucesso no começo, reunindo um exército para lutar contra Deus.
As pessoas nascidas durante estes mil anos não receberão Jesus como seu salvador, apesar de não terem a influencia de satanás, eles tem a natureza pecaminosa. Ao final deste tempo Deus soltará Satanás e seus demônios do abismo e os utilizará para provar estes descrentes que ainda vivem. Satanás os conduzirá contra Jerusalém onde serão mortos por fogo. Satanás mesmo será lançado no Lago de Fogo.
Esta revolta demonstrará para sempre o fato que pessoas não salvas são incuravelmente más e incapazes de corrigirem o seu estado espiritual. Apesar de um governo perfeito e ambiente livre de tentação externa, ainda precisam nascer de novo. A sua depravação se manifesta na sua revolta contra o Senhor. Sem o novo nascimento as pessoas permanecem pecadoras e fora do reino espiritual de Deus. A sua disposição e caráter inerentes são as mesmas do seu pai espiritual, o diabo (Jo 8:44).
Imediatamente após esta revolta e o juízo sobre ela, Deus operará a dissolução do universo presente (2 Pe 3:10-13; Mt 24:35).
O GRANDE TRONO BRANCO
O acontecimento seguinte e a ressurreição e o juízo dos seres humanos não salvos, a parte final da obra messiânica de nosso Senhor relacionada com a presente ordem universal (Ap 20:11-15; 1 Co 15:25-26; Jo 5:28-29).
A SUA CENA (Ap 20:11)
Com os céus e a terra passados (Mt 24:35; 2 Pe 3:10-13), vemos "um grande trono branco", refletindo a grandiosa majestade e santidade consumidora de Deus. O ocupante será o Senhor Jesus Cristo, Juiz do Universo (Jo 5:22; At 10:42; 17:31). OS SEUS SÚDITOS (vs. 12, 13)
São chamados "os mortos" embora têm se ressuscitado (Jo 5:28; At 10:42; Ap 20:5a). Estes são os não salvos que, estando nos seus pecados e mortos para com Deus, estão espiritualmente mortos (Ef 2:1; 4:18). Independente da sua posição na vida terrestre, todos comparecem de igual modo perante Deus, sem terem nenhum lugar para esconder-se.
A natureza do corpo ressurreto dos perdidos provavelmente será semelhante àquela dos salvos, para que possa existir para sempre (Mt 25:46).
Provavelmente a descrição do corpo ressurreto por Paulo em 1 Co 15 se aplica tanto àquele do não salvo quanto àquele do salvo, desde que a natureza da ressurreição parece ser a mesma, independente do participante. Assim sendo, a verdade de Colossenses 1:20 poderá aplicar-se aos corpos dos perdidos a fim de lhes imprimir existência eterna. Apesar disso, os não salvos terão que sofrer eternamente no Inferno o castigo devido os seus pecados.
A SUA INDAGAÇÃO (vs. 12, 13)
Não é o propósito deste juízo determinar o estado espiritual das pessoas, nem o destino delas. Estas coisas ficam definidas durante a vida terrestre do homem (Jo 3:36). Mesmo assim, possuindo autodeterminação e consciência moral, todos os injustos têm que responder por suas obras e receber a sua recompensa (Rm 2:6).
Os não salvos serão julgados de acordo com o conteúdo de certos livros (vs. 12). Estes livros parecem incluir aqueles que têm um registro completo e acurado de suas obras; as Escrituras que revelam o padrão absoluto de certo e errado e revelam a vontade de Deus para com a humanidade (Jo 5:45-46; 12:48; 17:17); e o "livro da vida" que é um registro de todos que são salvos (também vs. 15; Fp 4:3; Ap 3:5; 13:8; 17:8; 21:27; 22:19). Com o registro de suas obras aberto diante deles os não salvos responderão pela totalidade da sua vida - os seus feitos (Rm 2:6), palavras Mt 12:36-37), pensamentos (1 Cr 28:9; Hb 4:12), segredos (Rm 2:16), motivos (Hb 4:12), omissões (Tg 4:17), atitudes (Ef 5:3-6), e resposta à revelação de Deus (Rm 1:18), tanto geral (vs. 19-20) quanto especial (Jo 3:18; 12:48). A memória confirmará tudo como certo.
A SUA SENTENÇA (vs. 12-15)
Sendo a sentença de acordo com as obras da pessoa (vs. 12-13b), cada pessoa receberá aquilo que lhe é devido. Apesar de todos compartilharem o mesmo destino (Mt 25:41, 46), como pessoas encarceradas na mesma prisão, mesmo assim haverá graus de castigo de acordo com as medidas da culpa (Mt 10:15; 11:21-24; Lc 12:47-48; Rm 2:5-6).
Esta medida de culpa será determinada pela quantidade de luz ou conhecimento que a pessoa tinha da verdade de Deus (2 Pe 2:21) e a impiedade do seu pecado (Mc 14:21). Enquanto nenhum será isento de culpa (Rm 1:18-20; 3:19), alguns terão pecado contra maior luz do que outros. Conhecendo totalmente a todos e todas as circunstâncias de sua vida, o Juiz pronunciará uma sentença justa sobre cada pessoa (Jo 2:25; Ap 19:11; Gn 18:25).
Cada um cujo nome não está escrito no livro da vida será lançado no Lago de Fogo, que é chamado a "segunda morte" (Ap 20:14-15). A primeira morte do homem termina a sua carreira na terra com a separação entre a sua natureza não material e o corpo (Tg 2:26). A segunda morte será a separação eterna e consciente entre o não salvo e Deus (Mt 7:23) no sentido de uma alienação terrível e abandono (25:46; 27:46).

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Palestras Escatológicas - XVI Vida Jovem - Varzéa Alegre/Ce



Então será o fim.
Continuação...
OS SEUS CIDADÃOS
Ao estabelecer o Seu reino terrestre, o Senhor Jesus só permitirá a entrada de pessoa salvas para morar no Seu reino terrestre que incluirá a terra toda (Mt 7:21-23; 25:31-46; Jo 3:5;Hb 8:11). Os salvos habitantes da terra entrarão no reino com corpos não redimidos a fim de repovoarem a terra (Ez 36:10-11; 47:22; Jr 30:18-20; Is 65:20-25). Por terem o pecado original e por pecarem, as pessoas que nascem durante o reino terão necessidade de nascer de novo. O caráter enganoso e rebelde do pecado é revelado pelo fato que muitos não receberão Jesus para sua salvação (Ap 20:8-9).
A SUA ADMINISTRAÇÃO
O Senhor Jesus Cristo será o regente soberano do reino (Ap 19:15-16; Is 9:6-7). A Sua autoridade será mundial (Sl 72:8-11; Mt 11:27; 28:18), com a sede do Seu governo em Jerusalém(Is 24:23; 2:3; Zc 14:16-17; Mt 5:35). Surge uma pergunta interessante sobre certas passagens que falam que "Davi" vai reinar durante o milênio. São elas Jeremias 30:9; Ezequiel 34:23,24; 37:24,25; e Oséias 3:5. Que relacionamento existe entre este "Davi" e Cristo? O nome "Davi" aqui é outro nome para Cristo, ou se refere ao rei Davi, que então estaria na sua forma ressurreta? Não é uma pergunta fácil de ser respondida. Os Doze Apóstolos como regentes das tribos individuais de Israel (Mt 19:28), possivelmente Paulo como governador das nações gentias (Rm 15:15-16), e os fieis santos de antes da cruz, os da igreja e os mártires salvos da tribulação ocupando outras posições administrativas como galardões (Ap 2:26-27; 20:4; Mt 25:21).
Aparentemente os anjos não terão posições administrativas sobre os moradores da terra. O caráter da regência de Nosso Senhor será único na história humana (Is 11:1-5). Tendo sabedoria e conhecimento divino, Jesus não precisará de conselheiros. Ele regerá com eqüidade, fidelidade e severidade porque Ele será revestido do Espírito Santo que o capacita para todas as Suas obras messiânicas (Is 61:1-2). Rebelião contra o Rei será resolvida diretamente e sem atenuação(Is 65:20; Mt 5:29-30). Com a prisão de Satanás e seus agentes demoníacos, não haverá nenhuma tentação externa nem poluição moral (Ap 20:1-3). Mesmo assim, possuindo o princípio do pecado, os moradores da terra com corpos não remidos, pecarão. Mas haverá disponível para os perdidos salvação pela fé em Jesus e na Sua obra expiatória e para os salvos a purificação do pecado (Ez 43:19-27, que não significa por necessidade uma volta ao rito mosaico, mas possivelmente um ato simbólico que representa a obra expiatória de Nosso Senhor e o recebimento pessoal que é necessário para a purificação do pecado).
AS SUAS BÊNÇÃOS
O nosso mundo pecaminoso tem sonhado com uma utopia terrestre, mas jamais conseguiu realizá-la. Contudo, o zelo do Senhor realizará aquilo que o homem pecaminoso não poderá fazer (Is 9:6-7).
1. As Suas Bênçãos Espirituais
Todos os que entram no reino terrestre do Senhor serão pessoas salvas e gozarão as bênçãos que acompanham a salvação (Jr 31:31-34; Ez 36:26-28). O Espírito Santo será derramado sobre todos (Jl 2:28-29), trazendo-lhes as bênçãos de Seu ministério multiforme. Todo o mundo (que é salvo) "conhecerá" ao SENHOR com aquele conhecimento que procede de um relacionamento pessoal com Ele (Jr 31:33-34).
2. As Suas Bênçãos Éticas
Com a prisão de Satanás e seus aliados demoníacos (Ap 20:1-3), não haverá nenhuma tentação externa nem poluição moral. A Palavra do SENHOR sairá de Jerusalém (talvez através da profecia) pelo mundo inteiro (Is 2:3; Jl 2:28). Será o padrão de todas as decisões e valores morais. Será ensinada tanto a crianças quanto a adultos (Is 54:13; 2:3). As pessoas salvas serão motivadas e capacitadas para obedecerem ao Senhor (Ez 36:27; Jr 31:33). Também terão discernimento moral(Is 32:4-5; Ml 3:18).
3. As Suas Bênçãos Sociais
Toda a guerra será definitivamente banida (Sl 46:9; Is 2:4; Mq 4:3-4). Absoluta justiça social prevalecerá em todos os lugares (Sl 72:4,12-13; Is 11:4). Os desamparados e sem esperança serão revivificados (Is 35:5-6), e todos terão um cuidado tenro (Is 40:11; 42:1-4; Zc 8:1-8). Com a revogação da maldição de Babel, haverá uma única língua universal (Sf 3:9).
4. As Suas Bênçãos Políticas
Sendo Israel, a esposa do SENHOR (Yahweh), exaltado sobre as nações (Sl 47; Is cap. 60), os Gentios também serão grandemente abençoados (Rm 11:11-12; Mq 4:1-7). O Rei fará decisões sábias e imparciais, contribuindo para o bem de todos, e também poderá executá-las (Is 2:3-4; 11:2-5; Jr 23:5-6). Nações conviverão na paz perpétua e gozarão prosperidade sem precedentes enquanto honram ao Rei (Zc 14:16-18).
5. As Suas Bênçãos Físicas
Todo o mundo gozará boa saúde e vida longa, com os salvos vivendo através do milênio (Is 35:5-6; 33:24; 65:22). Enquanto os moradores da terra experimentarão os eventos naturais da procriação, nascimento, e desenvolvimento, não morrerão a não ser que sejam pecadores rebeldes que recusam submeter-se à autoridade do Rei (Is 11:4; 65:20; Jr 31:30). Todos os não salvos que sobrevivem até o final do milênio morrerão na revolta final (Ap 20:7-9). Aparentemente os perigos ordinários da existência humana serão eliminados (Ez 34:23-31; Sl 91:10-12; Is 11:9; 65:23-25).
Com a maldição edênica retirada áreas desoladas serão recuperadas e habitadas (Is 61:4), animais viverão em paz uns com os outros e com o homem (Is 11:6-8; Os 2:18; Ez 34:25), a terra será mais produtiva (Is 32:13-15; 35:1-2; Ez 34:29; 36:4-11,29-30; Am 9:13). Haverá mais precipitação de chuvas e novas fontes de águas nos desertos (Jl 2:23; Is 35:6-7; 32:15). A luz natural também será ampliada (Is 30:26; 60:19-20). A topografia da Palestina (e possivelmente de toda a terra) será mudada, com o Mar Morto sendo alimentado por um rio fluindo de Jerusalém que sustenta a vida (Zc 14:10; Ez 47:1,8-12; o "mar" do verso 8 é o Mar Morto, o "mar" do verso 10 é o Mediterrâneo).
A SUA ADORAÇÃO
As pessoas adorarão ao Senhor em todos os lugares (Ml 1:11), mas a adoração formal será observada em Jerusalém, a cidade do Rei (Zc 6:12-13; 14:16-17; Jr 33:15-18). Ezequiel capítulos 40 - 48 parecem dar os detalhes do templo milenar (cap. 40-43), adoração cap. 44-46) e terra(cap. 47-48). Os cultos de adoração incluirão ofertas e festas semelhantes àquelas do rito mosaico(Jr 33:18; Ez 43:18-27; 45:21; 46:4).
À semelhança da Ceia do Senhor estas ofertas e festas parecem ter significado simbólico e comemorativo, celebrando os vários aspectos da obra expiatória de Nosso senhor e seus benefícios ao adorador. Estas não substituirão a obra expiatória do Senhor, mas relembrarão o adorador desta obra e de sua responsabilidade de tomar posse dela para suas próprias necessidades (1 Co 11:24-26; 2 Co 7:1; 1 Jo 1:9).
Haverá um sacerdócio, como Jesus Cristo sendo o Sumo-sacerdote (Hb 5:5-6; Zc 6:13). As pessoas que negligenciam adoração serão visitadas com castigo divino (Zc 14:16-19).
Cristo irá batalhar contra o inimigo, obterá vitória e concederá a aqueles que manifestarem amor a seu povo Israel, a entrada no reino milenar.
Neste reino, todas as promessas de Deus para seu povo serão cumpridas, o povo será abençoado em todas as áreas da vida. Será um tempo de paz, alegria e bonança.
Mas ainda não é o fim.

Palestras Escatológicas - XVI Vida Jovem - Varzéa Alegre/Ce


Então Virá o Fim – Segunda Vinda e Milênio
Introdução:
Atualmente o reino do Senhor na sua forma terrestre e visível é representado pela Cristandade, tudo que representa Cristo neste mundo incluindo todos os crentes professos e suas instituições (Mt 13). Na sua forma real o reino é espiritual, não geográfico, apolítico, incluindo todos os salvos, vivos e mortos (Cl 1:13).
No futuro este reino na sua forma real será político e terrestre, incluindo naquele tempo a totalidade da população mundial. Mesmo assim, como veremos, ele terá qualidades espirituais junto com características físicas.
Mas antes de observar o reino milenar, precisamos conhecer o propósito da segunda vinda de Cristo.
Ao voltar a segunda vez para a terra, O Senhor Jesus completará a obra messiânica que o Pai havia designado (Ap 11:15-18). Esta obra incluirá o Seu tratamento com aqueles que O opõem (Ap 19:17-20:3; Mt 25:41), a libertação do Seu povo dos inimigos dele (Dn 12:2-3; Zc 14:3; Rm 11:26) e a bênção do Seu povo (Ez 36:24-30; Mt 25:34), o estabelecimento do reino milenar da profecia por Ele e Seu reinado até subjugar totalmente todos os inimigos (Ap 19:15; 1 Co 15:25), o cumprimento das grandiosas promessas das alianças (2 Co 1:20), e o julgamento dos perdidos(Ap 20:11-15).
A Batalha de Armagedom
Designação tirada de Apocalipse 16:16, nomeia a batalha em Israel que traz ao clímax a grande tribulação à medida que o Anticristo vence os judeus para tomar a pátria deles para si. Uma parte da luta, provavelmente o começo, acontece no cenário histórico do Megido, ao norte de Jerusalém, mas passagens descritivas mostram que findará em Jerusalém.
A carnificina desta batalha é descrita como sendo uma ceifa de uvas, pisadas no lagar (Ap 14:17-20). O sangue fluirá em toda a extensão da Palestina (288 kms) até a altura do freio do cavalo (um metro e meio). É também descrita como "a grande ceia de Deus", para qual os urubus são convidados para comer a carniça (Ap 19:17-18; Lc 17:34-37; Is 34:2-3; Ez 39:17-20). Esta batalha terminará toda a resistência contra o estabelecimento da autoridade do Senhor sobre a terra. Não só os Seus inimigos humanos serão destruídos mas também Satanás e os confederados dele serão presos no abismo por mil anos (Ap 20:1-3; Is 24:21-22; 14:9-17).
Desde que o Senhor virá ao Monte das Oliveiras (ao leste de Jerusalém) e pisará os Seus inimigos fora da cidade (Zc 14:4; Ap 14:20), parece que este conflito se estende através da Palestina, tendo Jerusalém como enfoque.
Julgamento
Após a batalha de Armagedom com a destruição do poder militar do mundo, o Senhor enviará os Seus anjos para trazer a Ele todos os viventes da terra (Mt 24:31; Jr 16:16-17). Isto será para verificar entre os moradores da terra quem é capaz para entrar no Seu reino milenar. Somente os que nasceram de novo serão qualificados (Mt 7:13-14,21-23; Jo 6:29; 3:1-7). A fim de verificar isto Ele julgará os sobreviventes judeus e gentios. Dois acontecimentos tem grande destaque nesta ocasião. Primeiro a Ressurreição dos Santos de Antes da Cruz e da Tribulação.
A passagem principal é Apocalipse 20:4-6, que fala desta ressurreição como sendo "a primeira ressurreição" (vs. 5,6). Levanta-se a pergunta de como esta ocasião pode ser chamada "primeira" quando a ressurreição dos santos da igreja já teria acontecido sete anos antes. A resposta se encontra no termo "primeiro". Este termo é usado para determinar o tipo de ressurreição, isto é, a ressurreição dos justos, em vez de contar o número de ressurreições.
Esta idéia esclarece a ressurreição do "ímpios ser chamada da segunda ressurreição, assim correspondendo com a "segunda morte", notada em Apocalipse 20:6,14. Aqui também, a idéia é do caráter do ressurreição, e não do número. Refere-se ao tipo de morte que é eterna.
O Apocalipse 20:4-6 indica que aqueles que foram "decapitados por causa do testemunho de Jesus", e que não "adoraram a besta", e nem "receberam a marca na fronte e na mão", serão ressurretos para viver e reinar "com Cristo durante mil anos".
O versículo 6 declara-os bem-aventurados e santos, afirmando que a "segunda morte" não terá autoridade sobre eles para fazê-Ios experimentar o tormento do inferno eterno. E repete que reinarão com Cristo por mil anos.
A ressurreição de que Daniel 12:2 fala deve ser a mesma, porque ocorre imediatamente após a tribulação. A tribulação é o assunto tratado no contexto, portanto, quando o versículo fala da ressurreição de "muitos dos que dormem no pó da terra", fala daqueles que viveram e morreram durante os sete anos da tribulação.
Este versículo sozinho não parece incluir os santos do Antigo Testamento, mas, ao compararmos com Daniel 12:13, se torna evidente esta conclusão.
Segundo acontecimento de destaque é a prisão de satanás. Ocorrerá que antes da inauguração do milênio será o aprisionamento de satanás. Durante a presente época, satanás está livre para ir onde quer, se promovendo, e impedindo o progresso do evangelho. Isto não acontecerá durante o milênio. Ap 20:1-3 trata do assunto da prisão de satanás.
A passagem fala de um anjo que desce do céu com a chave do "abismo" (grego, abussou), e "uma grande cor¬rente" na sua mão. Com a corrente o anjo prende Satanás. Satanás se chama aqui por quatro termos, "dragão", "ser¬pente", "diabo", e "Satanás", para identificá-lo claramente. Em seguida o anjo o lança "no abismo", onde estará seguro durante mil anos, o milênio. Ao fim deste período Satanás será solto por pouco tempo para "seduzir as nações" (Ap 20:8).
Agora vamos considerar o reino milenar.
A SUA DURAÇÃO
Na Sua segunda vinda para a terra, o reino terrestre de nosso senhor continuará por mil anos (Ap 20:1-7). Ao findar-se o tempo, Seu reino milenar ficará fundido com o reino universal do Pai (1 Co 15:24-28; Lc 1:33), e o Pai e o Senhor Jesus reinarão conjuntamente para sempre. Mesmo assim, Jesus como um homem continuará sendo o servo do Pai e Lhe ficará em sujeição para sempre(1 Co 15:28). Isto indica que haverá outros projetos divinos para o Senhor Jesus executar nos séculos vindouros (Ef 2:7), que ainda não foram revelados. O Seu povo servirá com Ele nesses projetos.
OS SEUS OBJETIVOS
Sendo os mesmos que pertencem à Sua obra messiânica, os seguintes objetivos do reino intermediário serão completados pela regência de nosso Senhor.
O Domínio da Terra e de Suas Criaturas (Hb 2:5-8)
O Senhor Jesus conseguirá realizar aquilo que Adão e sua posteridade não alcançaram (Gn 1:26,28; Sl cap. 8). Ele reinará sobre a terra duma maneira que refletirá a autoridade sábia e benéfica e que glorificará o Pai (Jo 12:28; 17:4).
A Sujeição de Todos os Rebeldes Contra Deus (1 Co 15:25; Fp 3:21)
Ao estabelecer o Seu reino, o Senhor Jesus lançará Satanás e os aliados demoníacos deste no abismo (Ap 20:1-3) e julgará os moradores da terra para verificar quem está qualificado para entrar no Seu reino (Mt 25:31-46). Os súditos não salvos que nasceram durante o milênio serão tratados no final do Seu reinado (Ap 20:7-9). Finalmente, sendo relacionados com o corpo não redimido, a morte e o pecado serão abolidos, com a transformação física dos moradores salvos da terra para a imortalidade e a ressurreição dos mortos não salvos (1 Co 15:25-26; Tg 1:15; Ap 20:12-14).
A Restauração da Terra ao Seu Estado Primordial (Cl 1:20)
Ao estabelecer o Seu reinado terrestre, o Senhor removerá a maldição divina imposta sobre a criação (Gn 3:17-19; Rm 8:19-23; Is 11:6-9), purificará a terra de sua poluição, a restaurará sua formosura e fecundidade original (Is 35).
O Cumprimento das Promessas Divinas da Aliança (Nm 23:19)
Quase todas estas promessas foram feitas a Israel (Rm 9:4), incluindo a terra (Gn 15:18; 17:8), a sua restauração para a terra (Dt 30:3-5), e o serem governados pela casa de Davi (2 Sm 7:16; Lc 1:31-33), jamais serem dispersos outra vez (2 Sm 7:10). Também o verdadeiro Israel junto com os gentios salvos gozarão as bênçãos da Nova Aliança (Jr 31:31-34; Hb 12:24; 8:6).
É digno de nota que o alvo supremo de tudo que o Senhor faz nas Suas obras messiânicas é glorificar o Pai (Jo 12:28; 14:13; 17:4; Fp 2:8-11). Isto também deve ser nosso alvo (1 Co 10:31).

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Palestars escatológicas - XVI Vida Jovem - Várzea Alegre/Ce


Então virá o fim – Grande tribulação
Continuação.
Os selos quebrados – Ap 5:1 – 8:1
O primeiro grupo de eventos devastadores apresenta-se por uma série de selos de um rolo. O rolo é tirado da mão de Deus "sentado no trono" (Ap 5:6,7) por Cristo. A medida que Cristo abre o rolo, quebrando cada selo por vez, os vários eventos ocorrem. A natureza dos eventos sugere que começam logo após o início da tribulação e concluem na metade do período.
Os eventos apresentados pelos primeiros quatro selos quebrados são simbolizados por uma série de cavalos, cada qual de uma cor diferente e levando um cavaleiro.
O primeiro cavalo (Ap 6:1,2) é branco e carrega um cavaleiro que vai "para conquistar". Com nenhuma guerra aberta sendo denotada, é provável que a missão do cavaleiro é obrigar a viver em paz um mundo caracterizado por inquietação e distúrbios.
O segundo cavalo (Ap 6:3,4) é vermelho e o cavaleiro maneja uma espada, que ele possa "tirar a paz da terra". Aqui se vê a guerra representada, significando que um conflito de grandes proporções romperá logo após o término dos esforços do primeiro cavaleiro. Não há indícios da sua abrangência nem duração.
O terceiro cavalo (Ap 6:5,6) é preto e o cavaleiro carrega um par de balanças para pesar alimentos. O simbolismo é de fome, provavelmente resultando principalmente da guerra devastadora ante¬rior.
O quarto cavalo (Ap 6:7,8) é pálido (literalmente verde-amarelado) e o cavaleiro se chama Morte, possuindo poder "para matar à espada, pela fome, com a mortandade e por meio das feras da terra". Esta morte abrangedora resulta sem dúvida da guerra anterior e da fome.
O quinto selo quebrado (Ap 6:9-11) é bastante diferente, apresentando uma figura de santos no céu "mortos por causa da palavra de Deus". Aqui o simbolismo é de martírio. O significado claro é que perseguição tem acompanhado os outros eventos, provavelmente do começo do período da tribulação, com grandes números dos santos sendo mortos por sua fé.
O sexto selo quebrado (Ap 6:12-17) retrata convulsões enormes da natureza, que devastam a terra; homens em todo lugar, dos mais ricos aos mais pobres, clamarão em terror, "Escondei-nos da face daquele que se assenta no trono,...porque chegou o grande dia da ira deles". Estas revoltas são muitas vezes interpretadas como sendo um simbolismo de revoluções políticas na terra, mas podiam ter um significado literal, retratando convulsões reais da natureza (veja Mt 24:7).
O tempo envolvido
É provável que, com a abertura do sexto selo, a primeira metade da tribulação se finde. Isto é, os eventos simbolizados por estes seis selos quebrados acontecem nos primeiros três anos e meio do total de sete. Segue-se a seguinte evidência.
Primeiro: eventos de sofrimentos dobrados seguem estes acontecimentos acompanhando os selos quebrados. Várias considerações atestam esta conclusão.
(1) O texto (Ap 6:17) refere-se a pessoas chorando que o grande dia da ira de Deus chegou, como resultado do sexto selo sendo quebrado.
(2) Os castigos simbolizados pelas trombetas sendo tocadas e as taças sendo derramadas são descritos nos seguintes capítulos de Apocalipse como sendo mais severos que aqueles dos selos quebrados.
(3) Os primeiros versículos do próximo capítulo de Apocalipse (7:1-3) falam "dos quatro ventos da terra" sendo conservados por anjos até que 144 mil pessoas possam ser seladas para proteção deles; estes ventos representam os grandes julgamentos vindouros das trombetas tocadas e as taças quebradas. Dá a entender que o que está por vir é muito mais severo do que o que já aconteceu.
(4) A abertura do sétimo selo, de onde emergem as sete trombetas, é seguida por um silêncio marcante de meia-hora (Ap 8:1), sugerindo um senso de medo sinistro visto o que está prestes a acontecer.
Segundo: conforme Mateus 24:15-21, este aumento marcante de sofrimento vem imediatamente após o levantamento do "abominável da desolação, de que falou o profeta Daniel"; isto ocorre, conforme DanieI 9:27, no meio da tribulação.
Terceiro: Israel experimenta uma mudança marcante paralela no meio da tribulação. O Anticristo muda de ser um amigo leal de Israel e passa a ser um inimigo mortal. Então, Israel experimenta uma mudança brusca de quando gozava bons tempos e passa a enfrentar uma terrível perseguição.
As trombetas tacadas
Agora vamos considerar o primeiro grupo destas punições mais severas. Notem que estas ocorrem logo após o meado da semana de tribulação. Sete anjos, em pé na presença de Deus, recebem sete trombetas. À medida que cada um toca por sua vez a trombeta, os eventos de punição ocorrem. O soar das trombetas deve seguir o quebrar dos selos, visto que emergem do sétimo selo (Ap 8:1,2). As primeiras quatro trombetas, como os primeiros quatro selos, são semelhantes e podem ser tratadas juntas.
Quando a primeira trombeta soa (Ap 8:7), um terço das árvores e toda a relva se queimam.
Ao soar da segunda (Ap 8:8,9), um terço do mar se torna em sangue, resultando na perda de um terço de todos os navios e vida marinha.
Quando a terceira toca (Ap 8:10,11), uma estrela grande, chamada Absinto (Amargura), cai e contamina um terço dos rios.
E ao tocar da quarta (Ap 8:12), uma terça parte do sol, lua e estrelas se escurecem, diminuindo em um terço a luz brilhando durante dia e noite. Existe uma vasta diferença de opinião sobre a natureza da destruição e a identidade dos objetos destruídos. Uns acreditam que os itens alistados aqui deviam ser considerados simbolicamente, representando entidades como: governo humano, o império Romano, religião apóstata, pessoas Importantes do período da tribulação, etc. Porém, parece sábio considerá-los literalmente.
Vamos prosseguir para considerar as três últimas trombetas. Estas claramente envolvem sofrimento ainda mais severo; os sofrimentos revelados na medida que as trombetas soam são descritos como "ais".
O primeiro destes ais (quinta trombeta, Ap 9:1-12) envolve uma multidão de criaturas chamadas "gafanhotos" que trazem terrível tormento aos homens em geral, exceto aqueles que “foram selados ...em suas frontes", isto é, os 144 mil (Ap 7:3,4).
O segundo ai (sexta trombeta, Ap 9: 13-19) envolve um exército de 200 milhões de cavaleiros, que matam uma terça parte dos homens. Desde que as armas deste vasto exército são fogo, jacinto e enxofre (Ap 9:17). Note um contraste entre estes dois julgamentos: O primeiro traz somente tormento severo; o segundo traz a morte.
O terceiro ai (sétima trombeta, Ap 11: 15-19), que segue após a descrição de vários outros assuntos (Ap 10:1-11; Ap 13), toca, em contraste com os outros dois, o estabelecimento do milênio de Cristo. E se qualifica como um "ai" julgamento, igual aos outros dois, porque fala da destruição de poderes hostis ao programa de Deus, particularmente ao Anticristo. Porque esta sétima trombeta representa a implantação do reino, é evidente que as sete trombetas juntas simbolizam eventos cobrindo a segunda metade inteira da semana de tribulação.
As taças de ira derramadas
Devido o fato de os julgamentos das trombetas caírem sobre os três anos e meio do período, uma questão é levantada sobre quando ocorrerão os últimos julga¬mentos.
Uma resposta sugerida é que os julgamentos das taças acontecem simultaneamente aos julgamentos das trombetas e representam basicamente as mesmas formas de castigo.
A base para esta opinião se encontra em certas semelhanças marcantes que existem entre as trombetas e as taças.
Uma das dificuldades com este ponto de vista é que Apocalipse 15:1 fala das taças como representando os "sete últimos flagelos"; e também há diferenças tanto quanto semelhanças entre os dois grupos de juízos.
Uma idéia melhor é pensar que os julgamentos das taças acontecem num curto período de tempo, bem no fim do período inteiro. Seguiriam a maioria dos julgamentos das trombetas, mas nem todos, porque pelo menos o sétimo julgamento da trombeta, tratando do estabelecimento do reino, vem um pouco depois do fim da tribulação.
As seguintes semelhanças existem entre os dois grupos de julgamentos:
Os primeiros quatro julgamentos de cada grupo tocam os mesmos aspectos do universo: o primeiro com a terra (Ap 8:7;16:2), o segundo com o mar (Ap 8:8,9;16:3), o terceiro com rios (Ap 8:10,11;16:4-7), e o quarto com o espaço (Ap 8:12;16:8,9).
E o sexto julgamento de cada grupo menciona o Rio Eufrates como ligado às forças destrutivas (Ap 9:13-19;16:12-16). O sétimo julgamento refere-se claramente ao fim do período de sete anos.
Há diferenças marcantes, não somente em muitos aspectos detalhados dos julgamentos correspondentes, mas também em duas áreas gerais.
Primeiro, os dois grupos de julgamentos contêm caracterizações básicas contrastantes. Os julgamentos das trombetas são proclamados publicamente pelo soar das trombetas, assim enfatizando a extensão do seu efeito. Os julgamentos das taças, sendo enviados pelo derramamento das taças da ira de Deus, são apresentados como castigos planejados decididamente por Deus.
Segundo, os julgamentos das taças, diferente dos julgamentos das trombetas, são semelhantes às pragas de Egito, (Ap 15:1,6) e mostram alguns paralelos nos tipos de pragas envolvidas.
Os sete julgamentos das taças
O conteúdo despejado da primeira taça de ira (Ap 16:2) resulta num surto de úlceras terríveis saindo na pele dos seguidores do Anticristo (assim correspondendo à sexta praga, Êx 9:8-12). Estas feridas parecem durar até o tempo do quinto julgamento (Ap 16:11).
O conteúdo da segunda taça (Ap 16:3) faz morrer tudo nos mares, tornando-se em "sangue como de morto" (correspondendo à primeira praga, Êx 7:20,21).
O conteúdo da terceira taça (Ap 16:4-7) muda os rios em sangue, fazendo com que as pessoas que "derramaram sangue de santos e de profetas" tenham que beber desse sangue (também correspondendo à primeira praga).
O conteúdo da quarta taça (Ap 16:8,9) dá poder ao sol de matar pelo calor excessivo.
O conteúdo da quinta taça (Ap 16:10,11) traz escuridão sobre o reino da "besta" o Anticristo (assim correspondendo à nona praga, Ex 10:21-23); este julgamento parece antecipar a destruição completa que virá logo às mãos de Cristo.
O conteúdo da sexta taça (Ap 16:12-16) fará o Rio Eufrates secar e "três espíritos imundos semelhantes a rãs" (correspondendo à segunda praga, Êx 8:1-6) emergirem das bocas respectivamente do "dragão" (Satanás), da "besta" (o Anticristo), e do "falso profeta" (o sócio religioso do Anticristo). Estes três espíritos reúnem os reis da terra na batalha em Armagedon.
O conteúdo da sétima taça (Ap 16:17-21) causa grandes convulsões naturais, trovão, relâmpagos e terremotos de grande intensidade, que completamente derrubam a organização dos homens e trazem ao fim a semana da tribulação.
Religiões Falsa e Verdadeira
Ao mesmo tempo que estes três grupos de julgamentos acontecem, há um desenvolvimento significativo tanto na religião falsa quanto na religião verdadeira. Por um lado, a igreja apóstata cresce e assume uma alta posição de poder; por outro lado, um número importante de pessoas, conhecidas como santos da tribulação, exercem fé pessoal em Cristo para a salvação.
Existe pouca relação entre os dois grupos em termos do seu respectivo desenvolvimento, mas, logo depois do começo da tribulação, o primeiro grupo, mais poderoso, persegue severamente o segundo.
A Igreja Apóstata
Mesmo que não houvesse descrição de uma igreja apóstata nas Escrituras, como existente durante a semana da tribulação, poderia se adivinhar que estaria presente. Tal igreja existe hoje; seus membros não serão incluídos no arrebatamento da igreja verdadeira. Com a igreja verdadeira extraída, somente a igreja apóstata existiria, e não haveria razão para se pensar que iria se desfazer.
Muito pelo contrário, porque sendo a natureza humana religiosa, pode se esperar que esta igreja ganhe muitos adeptos e se firme no poder mundial. A igreja sempre teve grupos apóstatas, mas na história recente, com o avanço do modernismo, cresceu a amplitude da apostasia. Este crescimento vem sendo ajudado pelo movimento ecumênico, que prega a unificação de várias denominações em federações de igrejas. Cada vez que tal união foi feita, foram necessários comprometimentos de princípios, resultando numa maior deturpação da verdade.
O livro de apocalipse fala muito sobre este grupo religioso, especialmente nos capítulos 17 e 18, usando a figura de uma meretriz e o nome “Babilônia”. É evidente que refere-se à igreja apóstata devido a vários fatores:
1. A figura de uma mulher infiel encaixa com a igreja apóstata porque a igreja verdadeira se compara muito a uma noiva no Novo Testamento (veja Rm 7:4; 2 Co 11:2; Ef 5:25-33; Ap 19:7,8). A igreja verídica é assim uma noiva fiel enquanto a igreja apóstata é uma infiel.
2. Há um contraste evidente entre a mulher apresentada em Apocalipse 17 e a apresentada em Apocalipse 12; a última é identificada (corretamente) como Israel. Porque o Antigo Testamento usa a figura de uma esposa em relação a Israel, este contraste da esposa infiel em Apocalipse 17 encaixa bem.
3. O nome “Babilônia” liga esta pessoa com a cidade de Roma, porque o termo babilônia quase certamente era usado figurativamente para indicar Roma já nos tempos da igreja primitiva. “Babilônia” e Roma eram cidades especialmente fortes e dominantes nos seus respectivos períodos e ambas oprimiram o povo de Deus.
4. Esta mulher não pode ser Roma como uma entidade política porque ela monta a "besta" em Apocalipse 17, e, conforme Apocalipse 13:1-10, esta besta simboliza a Roma política. Ela é, sem dúvida, a Roma eclesiástica, isto é, Roma como a sede geográfica da igreja apóstata.
A figura da mulher montando a besta mostra a Roma política apoiando a igreja apóstata, e a igreja influenciando grandemente o rumo da Roma política. Outra razão por que a mulher não podia ser a Roma política é que finalmente os dez reis da Roma política chegam a matá-Ia (Ap 17:16).
O significado da igreja apóstata sendo simbolizada como uma meretriz se torna evidente - isto é, para demonstrar como este grupo deturpa o propósito da igreja verdadeira.
Perseguição dos santos da tribulação
Como notamos anteriormente, um outro grupo religioso existirá durante o período da tribulação. Será composto de pessoas chamadas geralmente de "santos da tribulação"; sobre eles a igreja apóstata fará extrema perseguição.
Apocalipse 7:9-17 estabelece a existência deste grupo. Ali o grupo é descrito como "grande multidão que ninguém podia enumerar" em pé diante do trono de Deus (v. 9), tendo saído "da grande tribulação" com vestiduras lavadas "e as alvejaram no sangue do Cordeiro" (v. 14).
Dá-se a entender que estas pessoas morreram como mártires durante a tribulação, e que agora suas lágrimas, resultantes dos sofrimentos, estão sendo enxugadas de seus olhos (v. 17).
São gentios, visto que no contexto são distinguidos de outro grupo que definitivamente é composto de judeus (Ap 7:4-8). Isto é esclarecido pela declaração que vêm de "todas as nações, tribos, povos e línguas" (v. 9).
Note também que o martírio ocorre na primeira metade da semana de tribulação, porque esta descrição de Apocalipse 7:9-17 vem entre a abertura dos sexto e sétimo selos (cf. Ap 6;12; 8:1). De fato, existe evidência que haverá considerável martírio até o tempo representado pelo quinto selo. Quando este selo estiver aberto, se verá uma multidão no céu "aqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus" (Ap 6:9-11).
Três pontos referentes a este grupo de santos merecem consideração especial.
O primeiro trata da maneira como estas pessoas serão informadas sobre o Evangelho, para que possam se tornar santos de Deus. Quem testemunhará para eles, quando a igreja já tiver sido levada para o céu?
É bom esclarecer o seguinte: o apóstolo adverte as pessoas contra o pensamento que a tribulação será um tipo de "segunda chance” para pessoas que ouviram o evangelho, mas não aceitaram serão salvas. Os que pensarem em se arriscar, não aceitando Cristo quando havia a oportunidade durante esta época, serão iludidos a crer no Anticristo, porque ele terá poder para fazer “sinais e prodígios da mentira”. Porém, a fonte primária provavelmente será Bíblias, livros religiosos, folhetos que ainda estarão aqui na terra. Da leitura destes, as pessoas poderão aprender do Evangelho e ser tocadas e pôr sua confiança em Cristo.
O certo é que este grupo numeroso de pessoas, realmente exercitando fé em Cristo, sofrerá perseguição intensa nas mãos da igreja apóstata. Vê-se a evidência não somente pela existência de tantos mártires no céu, mesmo no meio da tribulação, mas também por declarações diretas em Ap 17:6 e 18:24.
Em 17:6, a mulher montada na besta é vista "embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus".
Em 18:24, a declaração é feita que na igreja apóstata "se achou sangue de profetas, de santos, e de todos os que foram mortos sobre a terra". Nesta atividade terrível, certamente a igreja apóstata terá o apoio, senão o incentivo, do Anticristo, que em outras passagens é descrito como trazendo perseguição severa sobre os santos de Deus (Ap 13:7; cf. Dn 7:25).
Milhares sofrerão martírio, e outros milhares sofrerão de outras maneiras horríveis. O destino dos santos da tribulação não será fácil.
A revelação de Cristo
É um termo usado para designar a volta de Cristo à terra no fim da grande tribulação. Trata-se do retorno de Cristo com os santos da igreja, os arrebatados anteriormente, para resgatar Israel que está sendo oprimido pelo Anticristo.
Concluímos então, que a grande tribulação tem o propósito é retribuir as nações do mundo por seus pecados. O outro propósito para a tribulação é preparar o Israel para receber o seu Messias.
Será um período de sofrimento sem precedente, e não pode ser visto como uma segunda chance para os amigos do evangelhos.

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Bibliografia:
Panorama de Escatologia – Leon J. Wood
Apostila de Escatologia – Pr. Almir Marcolino Tavares

Palestras Escatológicas - Congresso Vida Jovem - Várzea Alegre/Ce


Então virá o Fim – A Grande Tribulação
Enquanto a igreja arrebatada descansa no céu, um período de sete anos de tribulação ocorrerá na terra. As Escrituras descrevem claramente este período.
Geralmente as referências bíblicas sobre este período são apresentadas de dois modos distintos.
1. Como a época de tribulações mais severas na história
Há quatro passagens clássicas das Escrituras que falam deste tempo como sendo de um sofrimento mais terrível do que em qualquer outro período da história. As quatro passagens devem se referir ao mesmo período porque só pode haver um tempo assim descrito. A mais conhecida das quatro fica no Novo Testamento, e designa este tempo de "grande tribulação". (Mt 24:21 cf. Mc 13:19)
As outras três passagens se encontram no Antigo Testamento. Uma é Jeremias 30:7; Outra em DanieI12:1; e a terceira é JoeI2:2.
2. Como "o dia do Senhor"
Muitas outras passagens das Escrituras se referem a este período como "o dia do Senhor". Devido a importância deste termo, é preciso alguns esclarecimentos.
O termo ocorre freqüentemente em ambos, Antigo e Novo Testamentos. No Antigo, vemos, "o dia do Senhor (Yahweh)" (cf. Is 2:12; 13:6,9; Ez 13:5; 30:3; Jl1:15; 2:1,11; Am 5:18,20; Ob 15; Sf 1:7,14; Zc 14:1; MI4:5); e no Novo, como: "o dia do Senhor (kuriou)"; (veja At 2:20; 1 Ts 5:2; 2 Ts 2:2; 2 Pe 3:10).
Uma forma breve, "o dia" "aquele dia" ou "o grande dia" ocorre ainda mais freqüentemente em contextos bastante similares para sabermos que se fala geralmente do mesmo período. Em tais passagens o pensamento normalmente trata de castigo e sofrimento, através do qual a ira de Deus está sendo derramada em julgamento.
Nos textos do Antigo Testamento, falando dos tem¬pos antes do cativeiro, o sofrimento, tratado refere-se ao presente e ao futuro. Isto é, duas ocasiões foram profetizadas quando sofrimentos seriam experimentados: Uma no futuro próximo e outra no futuro distante, com a última sendo mais severa. O sofrimento do futuro próximo falava do cativeiro babilônico, e do futuro distante, a grande tribulação.
Conforme as Escrituras o Período da Tribulação serve para dois propósitos principais:
1º) Castigo para a terra
Um propósito é retribuir as nações do mundo por seus pecados. Todo homem tem sido pecador; e todas as nações, como grupos de indivíduos, também têm seguido caminhos desagradáveis a Deus. O mundo nunca testemunhou a existência abençoada possível na terra, porque o pecado tem impedido que recebamos os benefícios graciosos que Deus guarda para nós. Um dia experimentaremos estas bênçãos quando Cristo reinar em justiça e perfeição durante o milênio. Antes desse tempo, entretanto, é preciso uma prestação de contas, um período de retribuição para as nações da terra.
Apocalipse 3:10 fala desse tempo como "a hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra".
Em Salmo 2:5, após contar da oposição contínua que o mundo faz contra Deus e Sua vontade, o Salmista diz, "Na sua ira, a seu tempo, lhes há de falar, e no seu furor os confundirá". Na seqüência, claramente, o escritor se refere diretamente ao período milenar.
O segundo propósito é descrito como:
2. "O tempo de angústia para Jacó
O outro propósito para a tribulação é preparar o Israel para receber o seu Messias. O povo de Deus deverá ter uma atitude receptiva ao seu Messias. Os judeus não estavam prontos para receber Cristo na primeira vez que Ele veio, e ainda não estão prontos hoje em dia. Portanto, uma mudança é necessária. Tal mudança fará com que eles se preparem para aceitar Aquele que rejeitaram por tanto tempo. Eis a razão do sofrimento extremo do período da tribulação.
Jeremias expressa este pensamento na sua descrição da tribulação como "o tempo de angústia para Jacó" (30:7). Zacarias fala do grau de sofrimento envolvido em linguagem muito sóbria ao falar, "Em toda a terra, diz o Senhor, dois terços dela serão eliminados, e perecerão; mas a terceira parte restará nela" (13:8).
Dois terços do povo serão cortados da terra, uma devastação que desafia a plena compreensão, porque nunca antes nada igual aconteceu. Então Zacarias declara o significado desta devastação, dizendo, "Farei (Deus) passar a terceira parte pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a prata, e a provarei, como se prova o ouro". E conclui, dizendo o resultado desta experiência arrasadora: "Ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei; direi: É meu povo, e ela dirá: O Senhor é meu Deus" (13:9).
Duração do Período
O período da tribulação freqüentemente é designado como a Semana da Tribulação. Este termo vem da visão de Daniel das setenta semanas (Dn 9:20-27); o período da tribulação é identificado como a septuagésima semana. Visto que a duração desse período é tirado em grande parte desta citação, devemos debater a visão e mostrar a validade da mesma.
A visão se encontra em Daniel 9. Nos versículos 3-19, Daniel ora para que Deus perdoe o pecado do Seu povo e que Deus se alegre em logo trazer ao fim os setenta anos de cativeiro na Babilônia. Nos versículos 20-23, o anjo Gabriel aparece ao profeta enquanto ora, para externar a resposta de Deus a esta oração. A resposta não vem na forma direta, mas como uma declaração dos planos futuros de Deus para com os judeus. Embora não dita claramente, infere-se a volta judaica do cativeiro, porque seria necessário para efetuar os planos divinos. Os planos referem-se a um período de setenta semanas em que certos assuntos seriam tratados.
Estas semanas não são semanas de dias, e sim semanas de anos. A palavra hebraica traduzida "semanas" significa "setes", e se aplica tanto a setes de anos, quanto a setes de dias. Os judeus eram familiarizados com a idéia de setes de anos, devido o ano de descanso, que vinha ao fim de cada período de sete anos (veja Êx 23:10,11; Lv 25). De fato, os judeus estavam familiarizados com a idéia de setenta "semanas" de anos, porque o cativeiro de setenta anos, terminando quando Daniel recebeu esta visão, tinha que ser um período de setenta semanas.
Estes setenta anos tinham que ficar no lugar dos setenta anos de descanso anteriores que não foram cumpridos pelo povo por causa da desobediência (veja Lv 26:34,35; 2 Cr 36:21).
Explicando o que aconteceria durante estas setenta semanas de anos (490 anos), primeiro o anjo descreve duas divisões das setenta, um grupo de sete semanas e um grupo de sessenta e duas semanas; o total de sessenta e nove (483 anos) semanas terminaria com o aparecimento do Messias (Dn 9:25).
No fim destas sessenta a nove semanas dois eventos ocorreriam: a eliminação do Messias, se referindo à crucificação de Cristo, e a destruição da "cidade e do santuário", se referindo à destruição de Jerusalém e do Templo em d.C. 70, uns quarenta anos após a crucificação. Somente após a descrição destes dois eventos o anjo chega à terceira divisão do tempo total, a septuagésima semana.
Esta é a semana desta discussão, a semana identificada com o período da tribulação. Se esta identificação for correta, um lapso longo de tempo tem que ser colocado entre as primeiras sessenta e nove semanas e esta última, uma brecha estendendo-se desde a primeira Vinda de Cristo até o começo da tribulação.
Existem evidencias numerosas para sustentar a idéia desta brecha. Exemplo: A septuagésima semana é tratada no texto separadamente das outras sessenta e nove. Isto sugere algo diferente sobre ela, como uma separação no tempo. A visão de Daniel, sobre as semanas, já se refere à existência de um espaço de tempo. Em Mateus 24:15 (cf. Mc 13:14), Jesus menciona "o abominável da desolação, de que falou o profeta Daniel", como parte do período da tribulação; Dn 9:27). Assim, Jesus se refere a este versículo como tratando da tribulação.
A divisão da semana de tribulação
Diante destas evidências, podemos concluir corretamente que a septuagésima semana de Daniel pode ser identificada como sendo a tribulação que fixa sua duração em sete anos. Note também que este período se divide em metades iguais de três anos e meio cada, como estabelecido por esta passagem.
Em Daniel 9:27, Gabriel declara que no começo da septuagésima semana, um acordo de algum tipo será feito, provavelmente um tratado de não-agressão e respeito-mútuo entre o Anticristo e Israel. Tal acordo asseguraria um período de tranquilidade para Israel.
Portanto, no meio da semana, esta aliança será quebrada. O Anticristo fará cessar os sacrifícios e ofertas judaicas e após isto iniciará um tempo de aflições severas. Isto significa que a semana será divida numa primeira metade de paz para Israel e uma segunda metade de dificuldades. O termo de Jeremias "o tempo da angústia de Jacó" aplica-se a esta segunda parte.
Sofrimento sem precedente
O sofrimento de Israel virá mais pelas atividades do Anticristo, mas o sofrimento do mundo virá principalmente de eventos mundiais devastadores, simbolizados no livro de Apocalipse pelas figuras de selos quebrados, trombetas tocadas, e taças de ira derramadas. Estes eventos serão direcionados aos gentios, com a nação de Israel sendo poupada deles em grande parte. Sugere-se isto em trechos como Is 26:20,21.

sábado, 7 de novembro de 2009

palestras Escatológicas - XVI Vida Jovem - Várzea Alegre/Ce


Continuação.
E Então Virá o Fim.
O Tribunal de Cristo e Bodas do Cordeiro
O tribunal de Cristo é o lugar onde Cristo julgará os cristãos, imediatamente após o arrebatamento, com base na sua conduta como crentes, com o resultado que alguns receberão galardões e outros sentirão a perda de prêmios por omissão.
Acontecerá logo após o encontro inicial com o Salvador. O caso a ser tratado não se refere ao estado "salvo" ou "perdido" dos réus, porque somente aqueles já pertencentes à igreja serão julgados neste tempo. Quem não creu em Cristo como Salvador pessoal e que não foi justificado pelo Pai não estará presente. O assunto será outro, a conduta de vida de cada pessoa desde que se converteu á Cristo.
O termo usado nas Escrituras para se referir a esta ocasião é "o tribunal de Cristo"; emprega-se em 2 Co 5:10 e Rm 14:10. O "tribunal" (grego - bema) do mundo Grego e Romano era o lugar onde um juiz sentava. Por exemplo, usa-se a palavra "bema" do lugar onde Pilatos sentou quando se pronunciou sobre Cristo (Mt 27:19; Jo 19:13) e do lugar onde Gálio sentou quando Paulo foi levado perante ele em Corinto (At 18:12,16; cf. 25:6). Então, o tribunal de Cristo será o lugar onde Cristo promulgará julgamento aos santos arrebatados, glorificados da igreja.
A Necessidade do tribunal
As escrituras são bem claras que todos os homens salvos ou perdidos, são responsáveis perante Deus. Isto significa que deverá haver um período de julgamento para cada pessoa.
O tribunal de Cristo é onde isso vai acontecer para os salvos. Várias passagens indicam a necessidade desta ocasião de juízo.
Em Mateus 12:36, Jesus diz que "toda palavra frívola que proferirem os homens" será chamada à prestação de contas; isto é uma declaração geral, na certa se referindo aos salvos e perdidos.
Em Gálatas 6:7, Paulo dá o princípio que todos vão colher o que semearam. E em Colossenses 3:24,25, Paulo fala em particular aos cristãos quando diz que os que servirem bem ao Senhor receberão "do Senhor a recompensa da herança”, mas os que fizerem errado colherão pelo errado que fizeram.
E mais, ambos os textos mencionados e identificados na ocasião são significantes. Romanos 14:10-12 diz que “cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus", referindo claramente aos cristãos. Indica que ninguém estará isento nesta questão.
O mesmo pensamento é expressada em 2 Coríntios 5:10 com as palavras: "Importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo".
O tempo do julgamento
Este julgamento de cristãos acontecerá logo após o arrebatamento e certamente durante o período de sete anos de tribulação:
Em primeiro lugar, é sustentado por dedução lógica. Se crentes hão de ser julgados pelas obras feitas antes do arrebatamento, faz sentido que tal julgamento seguir-se-á de perto ao arrebatamento. Parece lógico fazer saber os resultados do julgamento o mais cedo possível.
Em segundo lugar, em Lucas 14:14, Jesus diz que a recompensa pelas obras praticadas será entregue "na ressurreição dos justos", e isto acontecerá, como vimos, na época do arrebatamento.
Em terceiro, 1 Coríntios 4:5 e Apocalipse 22:12 indicam que Cristo conferirá galardões na época de Sua vinda para os Seus, com a sugestão que acontecerá muito perto daquela vinda.
Os resultados do julgamento
Os resultados do julgamento serão ou um galardão por obras aprovadas ou uma sensação de perda por feitos desaprovados. Isto é claro pela maneira como Paulo trata o assunto em 1 Coríntios 3:9-15. Ele fala sobre material de construção de duas categorias: "ouro, prata, pedras preciosas" não sujeitas a destruição de fogo, e "madeira, feno, palha" que o são.
Ele declara que os "cooperadores de Deus" podem construir com materiais de uma ou outra classe no seu serviço por Ele; mas o fogo do juízo revelará de que classe vêm. Aquele cujas obras são da primeira categoria "receberá galardão", mas aquele cujas obras não resistem ao fogo, "sofrerá ele dano". As obras que agradam a Deus, que fazem uma contribuição digna ao "edifício de Deus", serão declaradas "ouro, prata, pedras preciosas"; os feitos que não O agradam, que não contribuem ao edifício, serão julgados "madeira, feno, palha".
Nesta passagem não há descrição da natureza dos galardões a serem recebidos pelas obras aceitáveis, mas passagens paralelas sugerem que a recompensa tomará a forma de "coroas". Distingue-se cinco "coroas" distintas em vários textos:
(1) a "coroa incorruptível" para aqueles que dominam a velha natureza (1 Co 9:25);
(2)uma "coroa em que exultamos" para aqueles que levam outros a Cristo (1 Ts 2:19);
(3) uma "coroa de justiça" para os que amam a vinda de Cristo (2 Tm 4:8);
(4) uma "coroa da vida" para aqueles que mantém o seu amor pelo Senhor no meio de tribulação (Tg 1:12);
(5) uma "coroa de glória" para aqueles que são bons pastores do rebanho de Deus (1 Pe 5:4).
Não foi revelado se coroas verdadeiras de vários estilos serão entregues ou se a palavra "coroa" é simbólica. De certo, Deus conferirá com justiça, conforme o que cada pessoa merece. A perda experimentada por aqueles cujas obras foram queimadas não diz respeito à salvação da pessoa. Paulo esclarece isto na passagem tratada ao acrescentar, "mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo"(1 Co 3:15).
A perda trata de galardões. A pessoa não receberá uma coroa, resultando num senso de vergonha e perda que não utilizou melhor o seu tempo na terra.
Paulo parece ter previsto tal possibilidade para si e desejava ardentemente evitá-Ia, ao escrever, "esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado" (1 Co 9:27). Ele não falava de perder a salvação, porque não se pode perder isto, mas de perder a sua utilidade na construção do "edifício de Deus" e, como resultado, perder o seu galardão.
Todo cristão deveria considerar cuidadosamente o fato deste tempo vindouro de juízo. Uma vida desperdiçada vai parecer muito tola ao ficar perante Cristo naquele dia.
As Bodas do Cordeiro
Há um segundo evento que ocorre para os santos da igreja logo após o arrebatamento. Apocalipse 19:7-9 refere-se a isto como "as bodas do Cordeiro". Nesta ceia Cristo será o Noivo e a igreja será a Sua noiva.
As figuras de um noivo e sua noiva em se referir a Cristo e Sua igreja são usadas freqüentemente em outras passagens do Novo Testamento (veja, por exemplo, Jo 3:29; Rm 7:4; 2 Co 11:2; Ef 5:25-33).
As bodas celebrarão a união formal de Cristo com a Sua igreja num relacionamento eterno. Até este momento estavam separados, Um no céu e a outra na terra, mas deste instante em diante estarão sempre juntos.
O período do casamento
Linho fino é a roupa adequada para um servo na presença de um rei (Gn 41:2). Foi usado nas vestes sacerdotais no Velho Testamento (Êx 8:5,6,8,15,39,42).
Deus vestiu sua esposa em linho fino (Ez 16:10,13). Linho finíssimo mostra a pureza dos servos de Deus. A noiva que se apresenta a Cristo é vestida de linho fino.
O casamento ocorrerá entre o arrebatamento e a volta de Cristo à terra após a tribulação. Não precederá o arrebatamento, porque até aquele momento os dois permanecem separados.
Não será após a vinda ao fim da tribulação, porque, em primeiro lugar, a descrição das bodas antecipa o relato daquela volta em Apocalipse 19:11-21.
E, segundo, a igreja vem com Cristo como Sua noiva, naquela volta. Provavelmente segue o "tribunal de Cristo", porque nas bodas a igreja será vestida em "atos de justiça dos santos". Isto sugere que esta justiça já terá sido julgada e achada válida. O tempo deste evento não pode ser estabelecido mais do que isto.
Pode haver significado no fato de ser descrito em Apocalipse logo antes da vinda de Cristo a terra. Por outro lado, a lógica aponta uma ocasião mais cedo, logo após o julgamento; visto que a igreja estará na presença de Cristo do tempo do tribunal em diante, não parece haver necessidade para atrasos. Tudo que pode ser dito é que ocorre em algum ponto entre o tribunal e a volta após a tribulação.
Concluímos com a certeza que o arrebatamento é o primeiro evento do inicio do fim. Acontecerá de maneira repentina e sem aviso. Os mortos em Cristo ressuscitarão primeiros e os servos de Cristo vivos terão seus corpos transformados.
Ocorrerá na ocasião o tribunal de Cristo, onde os servos do Senhor serão julgados segundo suas obras. Não é um julgamento para salvação. os. Haverá entrega de galardões para aqueles que realizaram a obra do Senhor com a motivação correta, também haverá vergonha por obras reprovadas. Segue após o tribunal de Cristo a bodas do cordeiro, que é a celebração da união formal de Cristo com a Sua igreja.
Enquanto isso estará ocorrendo na terra, a grande tribulação.
Você esta preparado para a vinda do Senhor?


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Bibliografia:
Panorama de Escatologia – Leon J. Wood
Apostila de Escatologia – Pr. Almir Marcolino Tavares

Palestras Escatológicas - XVI Vida Jovem - Várzea Alegre/Ce


Continuação.
Então Virá o Fim
Arrebatamento
Introdução:
Já vimos que os eventos circunstancias do fim se inicie, é chamado dentro da escatologia de Sinais dos tempos. São alguns sinais de ordem geral e outros específicos.
Você está preparado para observar os sinais que precederam o fim?
O primeiro acontecimento na série de eventos dos últimos dias é o arrebatamento da igreja, fizemos uma inversão hoje ao apresentar o segundo evento, a grande tribulação, mas por conta da quantidade de informações que o tema exigiu.
Não há meio de saber quando ocorrerá, mas, ao acontecer, desencadeará outros eventos que, por sua vez, seguir-se-ão de uma maneira previsível. Significa Que o arrebatamento é o evento profético que a igreja aguarda, e pode acontecer a qualquer momento.
Como sinal da sua importância, menciona-se o arrebatamento muitas vezes nas Escrituras. Jesus falou dele ao começar a Sua última mensagem aos discípulos antes da crucificação, dizendo, "voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou estejais vós também" (Jo 14:3). A passagem revela várias coisas sobre o arrebatamento.
Primeira, será um evento programado; na hora da Sua despedida, Cristo já visava seu retorno para os discípulos.
Segunda, é relevante aos seguidores de Cristo. Ele falava somente aos discípulos quando fez a promessa.
Terceira, o retorno de Cristo para os seus será pessoal. Ele próprio virá em vez de manda um anjo, ou dar uma permissão geral para a igreja se juntar a Ele.
Quarta, o resultado do arrebatamento é que a igreja sairá do mundo. A igreja não permanecerá aqui na terra em alguma posição melhorada, mas será levada da terra para o céu.
Outra passagem importante é 1 Coríntios 1:7, onde Paulo se refere ao arrebatamento com as palavras, "aguardando vós a revelação de nosso Senhor Jesus Cristo". Neste pensamento ele baseou a exortação aos crentes de Corinto, "de maneira que não vos falte nenhum dom", enquanto procuravam servir e viver para Deus. Assim Paulo diz que a esperança do arrebatamento dá sentido para que a vida do cristão seja totalmente dedicada a Deus.
Em Filipenses 3:20 Paulo fala do arrebatamento como sendo o tempo quando os cristãos irão ao lugar da sua verdadeira cidadania. O pensamento é que, uma vez que o lar final do crente é o céu e não este mundo, ele anseia chegar lá.
O escritor do livro aos Hebreus menciona o arrebatamento ao contrastar o propósito da segunda vinda de Cristo ao alvo da primeira vinda, Hb 9:28.
O pensamento é que Cristo veio à primeira vez para pagar a penalidade do pecado do homem, mas a segunda vez virá para libertar o homem do mundo. A frase, "sem pecado", não quer dizer que Cristo tinha pecado na Sua primeira vinda, certamente; mas na segunda vinda Ele não estará envolvido de nenhum modo com o pecado, como foi na primeira vinda ao carregar os pecados do homem.
O mesmo escritor se refere ao arrebatamento novamente como sendo uma razão de esperança por parte dos crentes aflitos, Hb 10:37. O arrebatamento é uma fonte de consolação para cada filho de Deus, visto que qualquer tipo de sofrimento aqui na terra acabará, pois Cristo voltará para trazer libertação.
Distinguido da Revelação de Cristo
A vinda de Cristo no arrebatamento deve ser distinguida da Sua vinda na chamada revelação de Cristo. Esta última aparição não ocorrerá antes da tribulação e terá outro propósito. A revelação foi tratada pela manhã. Entretanto, é bom anotar algumas diferenças básicas entre as duas aparições.
Primeira: a revelação acontece após a tribulação enquanto o arrebatamento ocorre antes. Isto se vê, por exemplo, em Mateus 24:29,30. Significa que as duas vindas são separadas por sete anos.
Segunda: descreve-se a revelação como uma vinda "em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus" (2 Ts 1:8). Aqui o quadro é diferente da Sua vinda para receber a Sua igreja para Si.
Terceira: Ele volta na revelação com os Seus santos, não para buscá-Ios, como no arrebatamento. Judas 14 declara, "Eis que veio o Senhor entre suas santas miríades".
Quarta na revelação, Cristo desce a terra, vindo ao Monte das Oliveiras (Zc 14:4) de onde ascendeu ao voltar ao céu. Entretanto, no arrebatamento Ele desce só até as nuvens para encontrar os Seus santos nos ares.
Descrito em 1 Tessalonicenses 4:13-18
Um dos relatos mais completos do arrebatamento encontra-se em 1 Ts 4: 13-18. Esta passagem exige atenção especial.
Quando Paulo escreveu a primeira epístola aos tessalonicenses, ele os havia deixado há poucas semanas atrás. Fora forçado a sair apressadamente por causa de perseguição (At 17:1-10), depois passou pouco tempo em Beréia (At 17:10-14), e continuou até Atenas (At 17:15-34), antes de chegar a Corinto onde escreveu o livro.
Timóteo e Silas haviam chegado de Tessalônica (At 18:5; 1 Ts 3:6) e relataram preocupação entre os santos acerca daqueles dentre os seus que haviam falecidos, talvez em conseqüência da perseguição contínua na cidade.
A pergunta deles tratava da situação destes mortos na ocasião da volta de Cristo. Parece que não se preocupavam tanto com os seus próprios destinos em serem levados ao céu na época, mas havia dúvidas sobre o que aconteceria com os mortos.
Paulo apresenta a resposta. Começa por assegurá-los de que não precisam se preocupar (v. 13). Todos aqueles "que dormem em Cristo" serão arrebatados para se encontrar com o Senhor no arrebatamento, mesmo antes dos que ainda estão vivos.
Isto incluirá a ressurreição dos mortos, um evento que se assemelhará à ressurreição do próprio Senhor Jesus (v. 14). Paulo continua, dando a segurança que "pela palavra do Senhor", os vivos na época não "precederão" os que dormem (v. 15).
Em vez disso, "o Senhor mesmo, dada à voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro" (v. 16). Depois, os "vivos, os que ficarmos, seremos arrebatado juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares" (v. 17).
A "palavra de ordem" poderia se referir ao comando de Cristo, mencionado em João 5:28,29, para a saída dos que estão nos túmulos.
Visto que somente Miguel tem o título de "arcanjo" nas Escrituras (Jd 9), provavelmente será ele quem acompanha Cristo e é responsável pela "voz" mencionada.
A "trombeta de Deus" se identifica melhor com “a última trombeta" citada em 1 Coríntios 15:52, ambas as expressões se referindo provavelmente a uma ressoada de trombeta significando libertação. Às vezes cristãos usam a expressão, "'arrebatamento secreto".
O termo não é totalmente correto porque, embora o tempo seja incerto, estes sinais audíveis ocorrerão. Certamente todos os santos os ouvirão, e possivelmente os descrentes também. Os sinais avisariam os descrentes do acontecimento significante e que foram deixados fora.
Corpos Glorificados
Os justos receberão corpos glorificados na ocasião da sua ressurreição. Paulo se refere à mudança de corpo dos justos, dizendo que nós que "temos as primícias do Espírito... gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo" (Rm 8:23).
O assunto é tratado extensivamente em 1 Coríntios I 15:35-54. Talvez a ajuda maior em entender a natureza dos corpos glorificados venha da declaração de Paulo que Deus "transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória" (FI 3:21; cf. 1 Jo 3:2). Então corpos glorificados serão como o corpo ressurreto de Cristo. Jo 20: 15, 16, 19,26; Lc 24: 15, 16, 30,31; At 1:9.
Visto que Cristo na Sua assunção aparentemente foi da terra ao céu com a rapidez de pensamento, certamente isso será possível também aos santos glorificados. Os santos da igreja serão dotados de tais corpos no arrebatamento, e já com eles subirão para encontrar com Cristo nos ares.
Repentina e Sem Aviso
A vinda de Cristo para Sua igreja será repentina e sem aviso. Cristãos não poderão recuperar tempo perdido no seu serviço nem se envolver com interesses espirituais na última hora. Nem os descrentes terão uma chance final para procurar Cristo.
A volta de Cristo pegará as pessoas fazendo coisas normais de maneira normal. Isto é esclarecido em várias passagens bíblicas, como a do relato de Jesus sobre os servos esperando a volta do seu senhor que estivera fora assistindo a um casamento (Lc 12:36-38). Jesus diz, "Bem-aventurados aqueles servos a quem o senhor quando vier os encontre vigilantes; quer ele venha na segunda vigília, quer na terceira".
Jesus dá seqüência a esta história com outra sobre um ladrão vindo assaltar uma casa. E diz, "Se o pai da família soubesse a que hora havia de vir o ladrão, (vigiaria e) não deixaria arrombar a sua casa" (v. 39). Ladrões não dão aviso prévio. Jesus adverte, "Ficai também vós apercebidos, porque à hora em que não cuidais, o Filho do homem virá" (v. 40).
Jesus estava avisando claramente que todos precisam estar prontos antes do tempo para a vinda de Cristo, para que preparativos de última hora não precisem ser feitos. Os descrentes precisam ser salvos enquanto há oportunidade; os crentes precisam estar ocupados na causa do Senhor, vivendo para Ele o tempo todo, para que não se envergonhem ao vê-Lo.
O tribunal de Cristo é o lugar onde Cristo julgará os cristãos, imediatamente após o arrebatamento, com base na sua conduta como crentes, com o resultado que alguns receberão galardões e outros sentirão a perda de prêmios por omissão.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Palestras Escatológicas - XVI Vida Jovem / Varzea Alegre - Ce


Continuação.
Os Sinais dos Tempos.
Embora a Bíblia declare que a data exata da segunda vinda de Cristo esteja além do conhecimento humano, ela dá sinais que anunciam aquela vinda, para que os cristãos possam ser alertados para os tempos de forma geral.
Jesus repreendeu os fariseus daquela época por não reconhecerem os sinais que indicavam a presença dEle entre eles (Mt 16:3) - sinais tais como Seu nascimento humilde, Seus milagres, o fato dEle ser um homem de pesares e conhecedor de tristeza, a entrada dEle em Jerusalém no lombo de um jumentinho, etc.
Temos sinais gerais, que vem ocorrendo desde o inicio da igreja, e temos sinais específicos que já ocorreu, está ocorrendo e que irá ocorre.
Sinais gerais:
1. Sinais na esfera política:
a) Guerras e rumores de guerras (v. 6)
Comentar sobre guerras e rumores de guerras não se precisa de muito esforço, pois basta olharmos para uma revista, foliaremos um jornal, ouviremos uma reportagem, assistirmos noticias pela TV, que veremos guerras e rumores de guerras, porém existe uma estatística que aponta para cerca de 14.500 guerras desde o ano primeiro do nosso calendário cristão até o começo deste século, e também ninguém se esqueça que a primeira guerra mundial aconteceu no século passado em 1914, e também a segunda em 1939, então este sinal se cumpre em nossos dias.
A revista Veja de 22.12.99 na pag. 174 declara que as mortes em guerras nos últimos 1000 anos chegaram a 230 milhões. Destes 188 milhões só no século passado.
A extinta revista Manchete, em 09.07.83 noticiou que naquele ano cerca de 1,3 milhões de dólares eram gastos por minuto em armamento no mundo inteiro. O preço de um míssil intercontinental alimentaria 50 milhões de crianças, construiria 65 mil centros de saúdes, ou 34 mil escolas primárias. Existe hoje um soldado para cada 250 habitantes, mas apenas um médico para cada 3.700 pessoas.
Ao longo dos séculos, a profecia alcança contínuo cumprimento: nação se levantará contra nação, e reino contra reino.
2. Sinais na esfera social:
a) Fomes, pestes e terremotos (v. 7)
Três aspectos que contribui para o avanço da fome, pestes e terremotos: guerras, aumento populacional e degradação da natureza.
Pesquisas feitas nos Estados Unidos e na Europa e Rússia mostraram que as enfermidades fisiologias e mentais cresceram 38% no período de pós-guerra.
Em 1900 nasciam 28 pessoas por minuto; em 2000, nasciam 148 pessoas por minuto, hoje nascem 261 pessoas por minuto. Serem 12 bilhões em 2050, se o Senhor não voltar. Hoje 1 bilhão de pessoas moram em favelas e 1,8 bilhões não tem acesso a sanitários, esgotos e água potável. A ONU classificou 364 tipos de super-insetos, destes 233 atacam as colheitas e 141 transmitem novas doenças.
A universidade de Michigan revelaram que 6 milhões de hectares se transformam em deserto todo ano.
Décadas do Século XX Nº de Terremotos
1900 a 1909 - 141
1910 a 1919 - 154
1920 a 1929 - 321
1930 a 1939 - 358
1940 a 1949 - 347
1950 a 1959 - 467
1960 a 1969 - 1205
1970 a 1979 - 1553
Última década - 3572
Fonte:Instituto Geofísico do Peru
Em 22 de abril de 2008, um tremor de terra de 5,2 graus na escala Richter ocorreu na costa do Estado de São Paulo e foi sentido em alguns Estados. Estima-se que 500 mil tremores de terra ocorram todo ano.
Principais e maiores terremotos ocorridos no Brasil:
- São Paulo, 1922 – 5.1 pontos na escala Richter;
- Espírito Santo, 1955 – 6.3 pontos na escala Richter;
- Mato Grosso, 1955 – 6.6 pontos na escala Richter;
- Ceará, 1980 – 5.2 pontos na escala Richter;
- Amazonas, 1983 – 5.5 pontos na escala Richter;
- Rio Grande do Norte, 1986 – 5.1 pontos na escala Richter;
- Minas Gerais, 2007 – 4.9 pontos na escala Richter­.
Leiamos Is 51:6; 24:18, 20.
Sinais na esfera religiosa:
a) Engano (v. 4)
Desde as primeiras eras da Igreja Cristã, o engano vem crescendo especialmente dentro do seio da religião que se intitula oficial, Igreja Católica Romana que se diz cristã.
Soma-se a ela a nova era, o misticismo, evangelicalismo e as religiões espíritas. Muitos falam de Cristo mais são inimigos da cruz.
b) Falsos-cristos (v. 5)
Sempre houve falsos profetas, enganadores. Muitos no decorrer da história se intitularam o messias de Deus. Temos até um brasileiro, o Inri (esqueceram de avisar que as palavras pregadas na cruz não era um nome pessoal, mas a abreviatura de: este é Jesus, rei dos judeus).
Tem também um grego, um coreano, um indiano, alguns norte-americanos, e até uma mulher francesa (Diana Boutay).
c) Perseguição aos cristãos (v. 9)
Nunca houve uma época em que os cristãos, em alguma parte do mundo, não tenham sofrido pela sua fé. Na verdade é cada vez mais crescente a perseguição aos verdadeiros cristãos. Seja ela ativa ou passiva.
Temos aqui no Brasil uma perseguição silenciosa, ela tem raiz na filosofia. 2 Tm 3:12
Sinal específico que já ocorreu:
1. Retorno de Israel
O sinal mais claro do retorno de Cristo é o moderno estado de Israel. As Escrituras ensinam que, nos últimos dias, judeus voltarão à sua terra em grande número, com o conseguinte restabelecimento do seu estado soberano.
Por exemplo, Isaías diz: "Naquele dia o Senhor tornará a estender a mão para resgatar o restante do seu povo, que for deixado... levantará um estandarte para as nações, ajuntará os desterrados de Israel, e os dispersos de Judá recolherá desde os quatro confins da terra" (11:11,12).
O primeiro retorno implicado nesta passagem foi da Babilônia em 538-537 a.C., quando o povo de Judá voltou à Palestina de uma direção, o leste. Mas o segundo retorno, diz o profeta, será dos "quatro confins", ou das quatro direções. Nenhuma instância de tal retorno aconteceu até o século vinte, que significa que o retorno agora testemunhado deve ser o profetizado. E judeus têm retornado nestes dias de todas as quatro direções. Já vieram de aproximadamente cem países. .
O cumprimento destas promessas acerca de Israel começou a ocorrer no fim do século dezenove. Sionismo, o movimento que tem influenciado a presente existência de Israel como estado, iniciou sob a direção de Dr. Theodore Herzl. Começando em 1897, uma série de congressos sionistas se realizou para descobrir meios para criar uma terra natal para judeus na Palestina. A grande maioria de judeus permaneceu fora da terra desde o tempo em que por duas vezes as legiões romanos esmagaram rebeliões judaicas, 70 d.C. e 132 d.C.
Pouco se conseguiu através destes congressos até que o General Allenby, da Grã-Bretanha, conquistou a Palestina como parte do plano dos Aliados durante a Primeira Guerra Mundial. A Turquia tinha o controle da terra desde os tempos do seu império Otomano, e se opôs à idéia da Palestina tornar-se a terra natal dos judeus. Na época da vitória de Allenby, a atitude da Grã- Bretanha era bem diferente e foi expressa numa carta oficial escrita por Lord Balfour:
"O Governo da Sua Majestade vê favoralmente o estabelecimento na Palestina de uma terra natal para o povo judaico, e fará todo o possível para facilitar o desempenho deste objetivo, com o entendimento que nada será feito para prejudicar os direitos civis e religiosos das comunidades não-judaicas já existentes na Palestina, ou os direitos e status político gozados pelos judeus em qualquer outro país."
O controle da terra da Palestina por um governo simpático ao Sionismo encorajou os judeus no mundo inteiro, e nos vinte anos seguintes a população judaica na Palestina aumentou muito. Em 1882, havia aproximadamente 24 mil judeus na Palestina, de uma população de 624 mil habitantes. Em 1914, sob o ímpeto dos congressos sionistas, este número subiu para 85 mil judeus. Em 1927, alcançou 150 mil; em 1936, 404 mil; e em 1948, quando o moderno estado nasceu, 650 mil judeus.
Este crescimento não foi sem oposição da população árabe. Os antigos habitantes viram a sua influência diminuir sob a atividade mais enérgica dos judeus. O atrito entre os dois grupos aumentou com o passar dos anos. Finalmente a ONU tentou solucionar o problema com um plano de partição. Áreas de população principalmente judaica foram identificadas e designadas como pertencendo aos judeus, e o restante da Palestina entregue a Jordânia. As Nações Unidas votou no dia 29 de novembro de 1947, a votação sendo de 33 a 10, com 10 abstenções, em favor do plano. Agradou os judeus, mas os árabes não ficaram satisfeitos, uma vez que queriam que os judeus nada recebessem. Como resultado, os árabes iniciaram uma guerra planejada numa proporção nunca vista antes. Seguiram seis meses de ataques e retaliações,
Com esta declaração de independência, a luta se intensificou. Os árabes estavam dispostos a forçar todos os judeus a sair - atirá-Ios no Mar Mediterrâneo - como eles mesmo diziam. Os britânicos em retirada estavam convencidos que isto aconteceria de fato, mas não aconteceu.
Embora tropas do Egito, Jordânia, Síria, Líbano e Iraque tivessem entrado formalmente na luta, os judeus teimosos, lutando por seu sonho multicentenário, conseguiram conter o ataque e aos poucos começaram a ganhar em várias frentes de batalha. Então virou-se o jogo, e Israel, após uma série de cessar-fogos, sempre rompidos pelos árabes, apossou-se de grandes áreas de terra que fora designada aos árabes. O resultado foi que, quando uma nova linha foi demarcada, as fronteiras incluíram muito mais território para Israel que da primeira demarcação. Estas fronteiras continuaram até a Guerra de Seis Dias em 1967, quando Israel capturou mais grandes áreas de terras árabes. Aproximadamente 13 mil quilômetros estavam incluídos na porção designada depois de 1948; e aumentou em quatro vezes após 1967.
O prêmio mais importante da Guerra de Seis Dias foi a posse de toda Jerusalém, com acesso ao lugar sagrado, o Muro de Lamentações, além do controle sobre a área do Templo. Isto os levou a um passo mais próximo para a prometida reconstrução do Templo.
O moderno estado de Israel agora é uma realidade no mundo. O aluno de profecia não mais precisa dizer que vai acontecer algum dia, mas que já aconteceu. É um dos sinais mais claros e inconfundíveis de que os eventos dos últimos dias estão próximos. Deve-se, contudo, ter cuidado, evitando especificar demais.
Um sinal especifico que esta ocorrendo:
2. A apostasia
Um segundo sinal específico, que certamente é mais marcante agora que em qualquer outro século, é a apostasia dentro da chamada igreja cristã.
Paulo, escrevendo a Timóteo, disse que "nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios" (1 Tm 4:1). Ele também disse que nos últimos dias os homens seriam "antes amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder" (2 Tm 3:1-5).
Séculos anteriores já conheceram uma certa apostasia, na medida que pessoas se desviaram da fé verdadeira, mas não no grau hoje existente. Esta apostasia não se refere meramente a assuntos secundários, mas ao tema central: a natureza sobrenatural de Cristo e da Bíblia.
Muitos afirmam hoje em dia que Cristo era somente um homem, embora um homem marcante, e a Bíblia um simples produto humano, embora um produto de excepcional valor.
Esta forma liberal de teologia iniciou-se com o Racionalismo alemão que passou pela Inglaterra, depois aos Estados Unidos, invadindo o mundo inteiro. Seminários teológicos, igrejas individuais, e até denominações inteiras já caíram ante a sua onda avassaladora.
Um sinal especifico que irá ocorrer:
3. O Evangelho pregado em todo o mundo (v. 14).
Estima-se que ¼ da população do mundo ainda não ouviu o evangelho, cerca de 1,6 bilhões de pessoas. Um sinal especifico do inicio do fim, é o conhecimento do evangelho do reino de Cristo.
Jesus sempre deixou claro a urgência da pregação do evangelho, a ordem aos discípulos foi pregai o evangelho a toda criatura.
O ministério de Cristo foi o ministério da pregação do evangelho do reino.
Vejamos At 1:10-11 / Mt 28:19-20.
Você realmente deseja que Cristo volte? Então pregue o evangelho. Realize a missão que lhe foi confiada, faça conhecido o evangelho de Cristo, anuncio que está próximo o reino de Deus.
Quando o evangelho de Cristo atingir o mundo, quando ele for conhecido por todas as pessoas da terra, então ele voltará.
Você pode pensar: falta ainda cerca de 1,6 bilhões de pessoas, então ainda vai demorar muito. Saiba que a 1000 anos a traz se demorava cerca de 2 meses para uma informação percorre-se cerca de 1000 Km, hoje em segundos uma informação dá a volta ao mundo.
Os sinais mostram que o fim está próximo. Não sabemos quando, mais já sentimos a sua chegada.
Que Deus nos faça ver e compreender estes sinais.

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Bibliografia:
Panorama de Escatologia – Leon J. Wood
Apostila de Escatologia – Pr. Almir Marcolino Tavares

Palestras Escatológicas - XVI Vida Jovem / Varzea Alegre-Ce


Então Virá o Fim
Introdução

“Esse assunto, tão querido à Igreja primitiva e tão destacado no ensino e na pregação apostólica, nestes nossos dias de pensamento e teologia modernos tem sido relegado bem para o segundo plano” (E. H. Bancroft).
Quando você se levantou hoje pela manhã, você desejou ou imaginou que Jesus Cristo poderia volta? Você tem desejado a volta de Cristo?
Para que o fim acontece, alguns eventos devem ocorrer primeiro. Você conhece estes eventos?
O tema do nosso congresso é: Então virá o fim. Este tema começa com um advérbio. Na maioria dos casos, o advérbio modifica o verbo lhe acrescentando uma circunstância.
O fim virá. Mais alguns eventos estão envolvidos no momento que precede este fim.
O nosso propósito neste congresso é observamos junto com vocês tudo o que encontra-se envolvido, para que o fim seja estabelecido. Iremos analisar então alguns eventos que estão envolvidos na circunstancia do fim.
Estamos a partir de agora entrando na área da teologia chamada de escatologia. Escatologia é o estudo das ultimas coisas. Estaremos tratando do futuro. Estaremos observando passagens proféticas.
Temos alguns benefícios neste tipo de estudo:
1. Ele traz estímulo espiritual, em 1 Pe 4:7 temos: e já está próximo o fim de todas as coisas; portanto sede sóbrios e vigiai em oração. A própria Bíblia esclarece que um conhecimento profético é de grande estímulo espiritual. Quer dizer, incentiva o cristão a viver uma vida agradável a Deus. Em 1João 3:3, onde se refere à segunda vinda de Cristo, lê-se o seguinte: "E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro". Verifica-se o íntimo relacionamento que existe entre o conhecimento de profecia e a pureza de vida ao observar os crentes numa congregação normal. Aqueles que esperam a volta de Cristo sentem um desejo proporcional de viver para o Seu inteiro agrado. A esperança da Sua volta leva o crente a focalizar os seus pensamentos e conduta em Cristo.
2. Ele traz satisfação intelectual, o crente experimenta um grande prazer ao saber o que vai acontecer no futuro. Deus concedeu ao homem uma mente que é capaz de pensar e conhecer. Deus não teria dado tantas informações sobre estes eventos, se não quissesse que o homem os conhecesse e louvasse a Deus por eles. À medida que o homem conhece estes eventos profetizados e louva a Deus, experimenta um significativo contentamento intelectual
3. Convicção para o serviço, o reconhecimento da volta de Cristo para buscar Sua igreja leva o cristão a uma forte convicção no serviço de Deus. Nos faz considerar melhor o uso de nosso tempo. O crente deseja não somente viver com fidelidade, mas também servir com devoção. Vê a necessidade de ser ativo na obra de Deus para que os seus amigos e parentes ouçam o Evangelho e se salvem. Sente-se motivado a se preparar para sua apresentação perante o tribunal de Cristo. Paulo fala disto em 2 Coríntios 5:9,10.
Sabemos que não iremos conseguir respostas a todas as nossas perguntas, mais aquelas que foram reveladas, estas devemos conhecer.
Uma razão por que alguns cristãos permanecem desinteressados no estudo de profecia é que crêem que as passagens envolvidas são difíceis demais para interpretar. É uma atitude errada, porque Deus não teria incluído tanto na Sua Palavra sobre eventos futuros se a informação não fosse compreensível.
Devemos interpretar passagens proféticas literalmente, do mesmo modo que interpreta outras porções de Escritura. Deus não profetizou para esconder a Sua mensagem. Não pretendia que só certas pessoas, possuidores de alguma chave especial de interpretação, fossem capazes de entende-Ia. Ele proclamou a verdade para que pudesse ser conhecida. Isto significa que passagens proféticas devem ser estudadas do mesmo modo que as outras porções, empregando princípios literais de bom senso na interpretação.
Deve-se, no entanto, reconhecer que algumas passagens proféticas misturam referências aos eventos futuros, separados por grandes espaços de tempo no seu cumprimento, de um modo que o intervalo entre eles não é reconhecido. Em tais porções, o escritor das Sagradas Escrituras, vendo de longe estes eventos, avistou-os como os picos de uma montanha, sem perceber que vales de tempo corriam entre eles. Isto é verdade especialmente falando dos eventos cercando o primeiro e segundo adventos de Cristo.
Por último, devemos reconhecer a possibilidade de um cumprimento duplo. Não somente podem duas épocas proféticas ser tratadas numa passagem só, mas as mesmas palavras podem referir-se a mais de um tempo de cumprimento, Mt 24:4-14.
Nosso estudo está dividindo em cinco partes: sinais dos tempos; arrebatamento; tribulação; segunda vinda e milênio e grande trono branco e novos céus e nova terra.
Aguarde a continuação deste estudo.
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Bibliografia
• Panorama da Escatologia Bíblica – Leon J. Wood.
• Apostila de Escatologia – Pr. Almir Marcolino Tavares