terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Palestras Escatológicas - XVI Vida Jovem - Varzéa Alegre/Ce


Então Virá o Fim – Segunda Vinda e Milênio
Introdução:
Atualmente o reino do Senhor na sua forma terrestre e visível é representado pela Cristandade, tudo que representa Cristo neste mundo incluindo todos os crentes professos e suas instituições (Mt 13). Na sua forma real o reino é espiritual, não geográfico, apolítico, incluindo todos os salvos, vivos e mortos (Cl 1:13).
No futuro este reino na sua forma real será político e terrestre, incluindo naquele tempo a totalidade da população mundial. Mesmo assim, como veremos, ele terá qualidades espirituais junto com características físicas.
Mas antes de observar o reino milenar, precisamos conhecer o propósito da segunda vinda de Cristo.
Ao voltar a segunda vez para a terra, O Senhor Jesus completará a obra messiânica que o Pai havia designado (Ap 11:15-18). Esta obra incluirá o Seu tratamento com aqueles que O opõem (Ap 19:17-20:3; Mt 25:41), a libertação do Seu povo dos inimigos dele (Dn 12:2-3; Zc 14:3; Rm 11:26) e a bênção do Seu povo (Ez 36:24-30; Mt 25:34), o estabelecimento do reino milenar da profecia por Ele e Seu reinado até subjugar totalmente todos os inimigos (Ap 19:15; 1 Co 15:25), o cumprimento das grandiosas promessas das alianças (2 Co 1:20), e o julgamento dos perdidos(Ap 20:11-15).
A Batalha de Armagedom
Designação tirada de Apocalipse 16:16, nomeia a batalha em Israel que traz ao clímax a grande tribulação à medida que o Anticristo vence os judeus para tomar a pátria deles para si. Uma parte da luta, provavelmente o começo, acontece no cenário histórico do Megido, ao norte de Jerusalém, mas passagens descritivas mostram que findará em Jerusalém.
A carnificina desta batalha é descrita como sendo uma ceifa de uvas, pisadas no lagar (Ap 14:17-20). O sangue fluirá em toda a extensão da Palestina (288 kms) até a altura do freio do cavalo (um metro e meio). É também descrita como "a grande ceia de Deus", para qual os urubus são convidados para comer a carniça (Ap 19:17-18; Lc 17:34-37; Is 34:2-3; Ez 39:17-20). Esta batalha terminará toda a resistência contra o estabelecimento da autoridade do Senhor sobre a terra. Não só os Seus inimigos humanos serão destruídos mas também Satanás e os confederados dele serão presos no abismo por mil anos (Ap 20:1-3; Is 24:21-22; 14:9-17).
Desde que o Senhor virá ao Monte das Oliveiras (ao leste de Jerusalém) e pisará os Seus inimigos fora da cidade (Zc 14:4; Ap 14:20), parece que este conflito se estende através da Palestina, tendo Jerusalém como enfoque.
Julgamento
Após a batalha de Armagedom com a destruição do poder militar do mundo, o Senhor enviará os Seus anjos para trazer a Ele todos os viventes da terra (Mt 24:31; Jr 16:16-17). Isto será para verificar entre os moradores da terra quem é capaz para entrar no Seu reino milenar. Somente os que nasceram de novo serão qualificados (Mt 7:13-14,21-23; Jo 6:29; 3:1-7). A fim de verificar isto Ele julgará os sobreviventes judeus e gentios. Dois acontecimentos tem grande destaque nesta ocasião. Primeiro a Ressurreição dos Santos de Antes da Cruz e da Tribulação.
A passagem principal é Apocalipse 20:4-6, que fala desta ressurreição como sendo "a primeira ressurreição" (vs. 5,6). Levanta-se a pergunta de como esta ocasião pode ser chamada "primeira" quando a ressurreição dos santos da igreja já teria acontecido sete anos antes. A resposta se encontra no termo "primeiro". Este termo é usado para determinar o tipo de ressurreição, isto é, a ressurreição dos justos, em vez de contar o número de ressurreições.
Esta idéia esclarece a ressurreição do "ímpios ser chamada da segunda ressurreição, assim correspondendo com a "segunda morte", notada em Apocalipse 20:6,14. Aqui também, a idéia é do caráter do ressurreição, e não do número. Refere-se ao tipo de morte que é eterna.
O Apocalipse 20:4-6 indica que aqueles que foram "decapitados por causa do testemunho de Jesus", e que não "adoraram a besta", e nem "receberam a marca na fronte e na mão", serão ressurretos para viver e reinar "com Cristo durante mil anos".
O versículo 6 declara-os bem-aventurados e santos, afirmando que a "segunda morte" não terá autoridade sobre eles para fazê-Ios experimentar o tormento do inferno eterno. E repete que reinarão com Cristo por mil anos.
A ressurreição de que Daniel 12:2 fala deve ser a mesma, porque ocorre imediatamente após a tribulação. A tribulação é o assunto tratado no contexto, portanto, quando o versículo fala da ressurreição de "muitos dos que dormem no pó da terra", fala daqueles que viveram e morreram durante os sete anos da tribulação.
Este versículo sozinho não parece incluir os santos do Antigo Testamento, mas, ao compararmos com Daniel 12:13, se torna evidente esta conclusão.
Segundo acontecimento de destaque é a prisão de satanás. Ocorrerá que antes da inauguração do milênio será o aprisionamento de satanás. Durante a presente época, satanás está livre para ir onde quer, se promovendo, e impedindo o progresso do evangelho. Isto não acontecerá durante o milênio. Ap 20:1-3 trata do assunto da prisão de satanás.
A passagem fala de um anjo que desce do céu com a chave do "abismo" (grego, abussou), e "uma grande cor¬rente" na sua mão. Com a corrente o anjo prende Satanás. Satanás se chama aqui por quatro termos, "dragão", "ser¬pente", "diabo", e "Satanás", para identificá-lo claramente. Em seguida o anjo o lança "no abismo", onde estará seguro durante mil anos, o milênio. Ao fim deste período Satanás será solto por pouco tempo para "seduzir as nações" (Ap 20:8).
Agora vamos considerar o reino milenar.
A SUA DURAÇÃO
Na Sua segunda vinda para a terra, o reino terrestre de nosso senhor continuará por mil anos (Ap 20:1-7). Ao findar-se o tempo, Seu reino milenar ficará fundido com o reino universal do Pai (1 Co 15:24-28; Lc 1:33), e o Pai e o Senhor Jesus reinarão conjuntamente para sempre. Mesmo assim, Jesus como um homem continuará sendo o servo do Pai e Lhe ficará em sujeição para sempre(1 Co 15:28). Isto indica que haverá outros projetos divinos para o Senhor Jesus executar nos séculos vindouros (Ef 2:7), que ainda não foram revelados. O Seu povo servirá com Ele nesses projetos.
OS SEUS OBJETIVOS
Sendo os mesmos que pertencem à Sua obra messiânica, os seguintes objetivos do reino intermediário serão completados pela regência de nosso Senhor.
O Domínio da Terra e de Suas Criaturas (Hb 2:5-8)
O Senhor Jesus conseguirá realizar aquilo que Adão e sua posteridade não alcançaram (Gn 1:26,28; Sl cap. 8). Ele reinará sobre a terra duma maneira que refletirá a autoridade sábia e benéfica e que glorificará o Pai (Jo 12:28; 17:4).
A Sujeição de Todos os Rebeldes Contra Deus (1 Co 15:25; Fp 3:21)
Ao estabelecer o Seu reino, o Senhor Jesus lançará Satanás e os aliados demoníacos deste no abismo (Ap 20:1-3) e julgará os moradores da terra para verificar quem está qualificado para entrar no Seu reino (Mt 25:31-46). Os súditos não salvos que nasceram durante o milênio serão tratados no final do Seu reinado (Ap 20:7-9). Finalmente, sendo relacionados com o corpo não redimido, a morte e o pecado serão abolidos, com a transformação física dos moradores salvos da terra para a imortalidade e a ressurreição dos mortos não salvos (1 Co 15:25-26; Tg 1:15; Ap 20:12-14).
A Restauração da Terra ao Seu Estado Primordial (Cl 1:20)
Ao estabelecer o Seu reinado terrestre, o Senhor removerá a maldição divina imposta sobre a criação (Gn 3:17-19; Rm 8:19-23; Is 11:6-9), purificará a terra de sua poluição, a restaurará sua formosura e fecundidade original (Is 35).
O Cumprimento das Promessas Divinas da Aliança (Nm 23:19)
Quase todas estas promessas foram feitas a Israel (Rm 9:4), incluindo a terra (Gn 15:18; 17:8), a sua restauração para a terra (Dt 30:3-5), e o serem governados pela casa de Davi (2 Sm 7:16; Lc 1:31-33), jamais serem dispersos outra vez (2 Sm 7:10). Também o verdadeiro Israel junto com os gentios salvos gozarão as bênçãos da Nova Aliança (Jr 31:31-34; Hb 12:24; 8:6).
É digno de nota que o alvo supremo de tudo que o Senhor faz nas Suas obras messiânicas é glorificar o Pai (Jo 12:28; 14:13; 17:4; Fp 2:8-11). Isto também deve ser nosso alvo (1 Co 10:31).

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