segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Conferência para Jovens - Igreja Batista da Paz


Eu, Jovem: Decidindo Certo!
Carreira profissional, qual?
Introdução:
Esta é mais uma das questões na vida de um servo de Deus, em especial na vida do jovem. Onde vou trabalhar? Qual a profissão ideal?
Devemos reconhecer que Deus é um ser pessoal que ama seu povo em Jesus Cristo e que promete guiar seu povo como um Pai e como um Pastor. Devemos admitir ser verdade que: Bom e reto é o Senhor, por isso, aponta o caminho aos pecadores. Guia os humildes na justiça e ensina aos mansos o seu caminho. … Ao homem que teme ao Senhor, ele o instruirá no caminho que deve escolher (Sl 25.8,9, 12).
Alguns princípios nos ajudam a encontra a resposta a essa pergunta:
Em primeiro lugar, Deus nos orienta através da Escritura. A Bíblia é o primeiro meio pelo qual Deus guia seu povo.
Em segundo lugar, Deus orienta-nos através da oração. Na vida de Jesus, as principais decisões foram precedidas de oração (Lc 3.21; 5.16; 6.12; 9.18; 9.28,29; 11.2 e seguintes etc.).
Em terceiro lugar, Deus nos orienta por meio de conselhos piedosos. “Mas na multidão de conselheiros há segurança” (Pv 11.14).
Estes são os princípios de orientação que nos ajuda a responder a esta questão que foi apresentada.
Três conceitos sobre trabalho ou profissão:
A profissão ou trabalho ideal deve ter como propósito principal o sustento - Gn 1:29-30
Antes de falar sobre profissão temos de entender que por traz dela tem o trabalho. O trabalho é uma realidade muito importante na vida humana. É característica também da vida divina. Cremos num Deus trabalhador, que atua não apenas na criação, mas também na providência, no sustento e na conservação do mundo.
Conforme João 5.17, Jesus disse: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também”.
Em Gênesis 2.15, que diz que a tarefa do ser humano é cultivar e guardar o jardim do Éden. Trabalho é bênção, não maldição; nem castigo pelo pecado – pois já existia antes da queda. O castigo que decorre do pecado não é o trabalho, mas o seu caráter penoso, afadigador (cf. Gn 3.17-19).
A vida depende do trabalho. Este é fonte de sustento próprio e dos que de nós precisam.
Acredito que temos profissão ou trabalho que é licito e outros que não são. Essas qualificações podem ser intrínsecas, ou seja, faz parte dela ou por corrupção, ou seja, corromperam a sua finalidade.
Usando aqueles princípios que falei no inicio, Deus nos orienta através da Escritura, através da oração e por meio de conselhos piedosos a entender que o trabalho ideal tem como objetivo principal o sustento.
A profissão ideal deve dar satisfação – Sl 128:2
Existe uma diferença entre “emprego” e “trabalho”. Emprego é o que satisfaz nossas necessidades financeiras e físicas; trabalho é o que satisfaz nossas necessidades emocionais, mentais e espirituais e dá sentido à nossa vida.
Num mundo ideal, emprego e trabalho seriam sinônimos, mas, infelizmente, o que acontece é que a maioria das pessoas tem emprego, não trabalho verdadeiro. (Trabalhando Com Alma, de Tanis Helliwell)
O salmista esta declarando que o fruto do trabalho, as conseqüências do trabalho devem proporcionar alegria, satisfação por haver feito.
Você tem um trabalho ou um emprego? Dentro da perspectiva cristã o trabalho do dia a dia traz satisfação por que:
1. Traz estabilidade e suprir as necessidades da sua família. Pv 31:10s.
2. Traz condições para ajudar aos que necessita. At 20:35
A profissão ideal deve glorificar a Deus – 1 Co 10:31
Este deve ser um principio que deve nortear tudo que envolve a nossa vida, inclusive o trabalho. Agora vejo isso como conseqüência, ou seja, quando vejo o trabalho como aquilo que me dá sustento e esta dentro da legalidade civil e divina, quando vejo o trabalho como aquilo que me traz alegria, satisfação, conseqüentemente esse trabalho glorifica a Deus.
E quando um trabalho não glorifica a Deus?
1. Quando toma o lugar de Deus.
A tecnologia nos presenteia constantemente com artefatos para se "poupar tempo". Ter tempo para Deus deve ser, portanto uma característica do cristão. Ter tempo não é uma questão de relógio ou de agenda, mas é uma questão de disposição. A falta de tempo para Deus tem sido o grande erro do homem.
Mas, além disto, acredito que um trabalho não glorifica a Deus quando:
2. Quando toma o lugar da família.
Quantos viúvos e viúvas sofrem depois da morte de um dos companheiros por terem dedicado tão pouco tempo um para o outro. E quantos filhos sofrem por toda a vida por não terem tido a devida atenção dos pais; eles sentem falta das mais belas recordações da infância porque o pai e a mãe nunca tiveram tempo de verdade para eles.
As famílias tem se destruído por falta de atenção. E quando falo em atenção não estou falando na presença física. Muitas vezes estamos bem perto de nossos filhos e não temos dado atenção a ele.
Como estamos usando o nosso trabalho? Para louvor de Deus e fortalecimento da família?
O meu trabalho está glorificando a Deus? Ele não tem sido um empecilho para o meu crescimento e fortalecimento no Senhor? Ele tem tirado o tempo de Deus e de Sua igreja? A resposta a essas perguntas irá determinar se meu trabalho é ou não para a glória de Deus.
Deus nos orienta através da Escritura, através da oração e por meio de conselhos piedosos a entender que o trabalho ideal tem como objetivo o sustento, ele traz satisfação pessoal ao ser realizado e tem como objetivo maior a glorificação de Deus na sua execução.
Que Deus nos abençoe.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Conferência Para Jovens - Igreja Batista da Paz


Eu, Jovem: Decidindo Certo!
Quero casar, com quem?
TEXTO : Jz 14:1-3
INTRODUÇÃO :
Certamente estamos diante de um dos grandes dilemas dos rapazes e moças. Quem será o seu futuro marido ou futura esposa.
Muitos vagueiam, procurando, selecionando, escolhendo, rejeitando, querendo fazer a difícil eleição de quem será o príncipe ou a princesa de sua vida.
Se existe uma área de difícil compreensão no homem, com certeza está é o coração. No coração depositamos todos os nossos sentimentos, todas as nossas vontades. Assim como Sansão, que após ver uma mulher decretou que era ela a mulher de sua vida, pois ela o agradava, assim fazemos na nossa vida sentimental.
Mas até onde vai um relacionamento onde o coração é que comanda? É este um relacionamento duradouro? Será que Deus fala alguma coisa sobre isto?
Observando o texto da Bíblia que fala sobre o nascimento de Jesus em Mt 1:18, é usada a palavra “desposada”, esse termo se refere a pessoas casadas de uma maneira compromissória, mas não conjugalmente (relacionamento conjugal). No costume judeu havia um período de até um ano para que o casamento conjugal ocorresse.
Podemos dizer que o casamento compromissório hoje é chamado de namoro ou noivado.
MAS O QUE É NAMORO?
Está é uma pergunta que muitos ainda não conseguem responder com entendimento. É preciso refletir bastante antes de tomar a decisão de iniciar um namoro.
O namoro não é apenas um momento de emoção a dois, como satanás ensina, mas sim um período muito importante e deve ser levado a sério.
O namoro é tempo de descobertas. Descobrir o máximo sobre o outro: sua personalidade, temperamento, caráter, afinidades e hábitos. Além disto, examinar se não vai haver maiores problemas nas diversas áreas da vida como: nível econômico, cultural, social, educacional, familiar e principalmente religioso.
Agora não é o momento das descobertas físicas.
O namoro também tem o propósito de oferecer uma oportunidade para se desenvolver amizade e companheirismo sadio. As pessoas que sabem encarar o namoro com seriedade e compromisso colherão bons frutos desta fase da vida.
COM QUEM VOU NAMORAR?
Você já parou para pensar nas qualidades que espera encontra na pessoa amada? Cada um de nós tem sonhos, ideais e expectativas. Mas em meio a tanta gente interessante, o que você deve observar? Quais as características importantes a serem verificadas na pessoa que você pretende namorar? Dentro de uma perspectiva cristã deve-se observar:
• Ele é bondoso? Educado?
• Como ele reage as suas fraquezas e defeitos?
• Como reage as dificuldades?
• Ele é organizado? Ou relaxado?
• É preguiçoso ou ativo?
• É companheiro, amigo?
• É possessivo, ciumento?
• É briguento, murmurador?
• Ele é sensível?
• Tem alvos para o futuro?
• Como lida com o dinheiro?
• É responsável com o que tem , ou gasta com o que vem na cabeça?
• Encara o namoro como compromisso ou apenas não gosta de está sozinho?
Sem dúvida, é difícil encontrar todas essas qualidades numa só pessoa. Examine bem se seu futuro namorado ou namorado possui as características que você considera mais importantes.
Acredito ainda que na busca do futuro esposa (o), Se faz necessário também no namoro analisar alguns fatores, tais como:
A. SEUS VALORES ÉTICOS
Ética tem a ver com o comportamento de alguém diante de diversas situações de sua vida prática. Como ele (a) vê Deus? O que pensa sobre filhos e sua educação? Que padrão moral ele tem como base: cristão ou estabelecido pelo mundo? Etc.
Paulo nos mostra uma grande verdade em 2 Co 6:14 – 16. A palavra usada para descrever todo o processo é julgo, aquele pedaço de madeira usada nas carroças para unir dois animais. Imagine dois animais diferentes puxando a mesma carroça? Enquanto o boi, um animal de pernas curtas, desse o primeiro passo, o cavalo ficaria impaciente e dispararia, destroçando a carroça.
Isto mostra claramente a situação de um namoro misto. Cada um tem um padrão, um jeito diferente de encarar a vida. Nas decisões, os sistemas de valores não são iguais, um toma decisões de acordo com o que Deus orienta; o outro tomar decisões baseados naquilo que ele próprio acha certo. Não importa o que Deus pensa.
Um segundo fato é com relação a:
B. COMO VÊ A INTIMIDADE FÍSICA
Dentro de um relacionamento, está é uma área bastante delicada, pois está área física desenvolve-se depressa. As carícias em um namoro tendem sempre a aumentar. A intimidade física no namoro, não é algo fácil de se lidar.
O casal tem de ficar esperto. As carícias quando não controladas, acabam despertando desejos mais intensos, podendo levar os dois a terem uma relação sexual antes do casamento conjugal.
Como então estabelecer limites? Existem algumas coisas que podemos fazer para evitar constrangimentos e pecados:
1. A comunicação;
2. Está sensível ao Espírito Santo;
3. Está em locais onde possa ser visto por outras pessoas;
4. Nunca ficar a sós em ambiente privados;
Estes são procedimentos que devem ser adotados em um namoro cristão, mas com sinceridade, um namoro não cristão e até misto, entenderia estas atitudes? Sabemos que não.
O namoro de nossos dias praticado pela sociedade hoje não seguem os padrões bíblicos. As caricias ganharam o centro do namoro, descobrir o corpo um do outro é uma regra a ser seguida, a relação sexual já faz parte do namoro. A amizade, o companheirismo, esses ficam em segundo plano.
O casamento de Sansão trouxe conseqüências destruidoras, desobedeceu a Deus casando-se com uma mulher que não conhecia o verdadeiro Deus e que tinha valores diferentes. Obedeceu o coração, deixando a obediência a Deus e a razão de lado.
Podemos então tirar algumas conclusões sobre o namoro e o casamento:
A primeira é que namoro já faz parte do casamento, do compromisso que duas pessoas tomaram de se amarem e de se ajudarem mutuamente a viver para a glória de Deus. Juntos, ambos concretizam o modelo de amor e de realização que Paulo descreve como um ministério profundo (Ef 5:32). Toda a vida de fidelidade um ao outro inicia-se no namoro e não depois de casado, se há dificuldade de ser fiel no namoro, está dificuldade vai existir também quando casado.
A segunda conclusão é que vivemos para agradar a Deus, em I Co 10:31 Paulo nos ensinar que até o comer e beber deve ser dirigido por este princípio, então esta mas que claro que tanto o namoro como o casamento deve também obedecer este princípio. Então todo crente deve pensar: O meu namoro é para a glória de Deus?
E por último, deve-se observar na busca de um companheiro ou companheira matrimonial, as palavras do Senhor em Mt 6:33 - Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.
Noutras palavras, nunca se permita ficar ansioso (a), dando importância demasiada em encontrar alguém com quem casar-se. Confie que Deus cuida das suas necessidades espirituais, e todas as outras necessidades, inclusive o casamento se for bom para você, lhes será acrescentado.
Ore ao Senhor, observe seus valores cristãos, pois assim você estará escolhendo certo. Não tente resolver está questão com suas próprias mãos, acabará colhendo o que Sansão colheu em seu casamento.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Conferência para Jovens - Igreja Batista da Paz


Amizades, quais as melhores?
Texto: Fl 2:1-3
Introdução:
A palavra amizade vem do latim “amicitate”, significa afeição, amor, boas relações, laço cordial entre duas ou mais pessoas.
Segundo Aristóteles é uma disposição permanente que decorre de uma escolha livre e recíproca.
No novo testamento a palavra amizade aparece quando existe um relacionamento onde a concordância de pensamento ou propósito. Tg 4:4
A amizade é um relacionamento onde existem afeições e boas relações por existe entre as pessoas afinidades de pensamentos e princípios.
Por pensar desta maneira, creio que o texto que lemos, responde a questão: quais as melhores amizades?
As melhores amizades para um cristão é aquela que existe:
1. Comunhão em Cristo – “Alguma exortação em Cristo”
A verdadeira amizade começa com a comunhão em Cristo. Por que? Você já percebeu que em toda amizade existe algo que uni. Toda amizade que você possui começou com algo em comum: família, estudo, trabalho, preferências, etc..
O que acontece com este “algo em comum” é que eles não são eternos, e isso gera inconsistência na amizade, por isso amizade se acabam ou diminui quase a simples lembranças.
Mais a amizade em Cristo é eterna. O apóstolo Paulo usa 33 vezes esta expressão “em Cristo” nas suas epistolas. Ele quer dizer que a comunhão “na esfera de Cristo” segue os princípios de Cristo sendo assim guiado e preenchido por esses princípios.
A Bíblia NVI traduziu Pv 27:9 da seguinte maneira: “Perfume e incenso trazem alegria ao coração, do conselho sincero do homem nasce uma bela amizade”.
As melhores amizades para um cristão é aquela que existe:
2. Amor fraternal – “Alguma consolação de amor”.
Quando as dificuldades chegam numa amizade, é necessário o amor fraternal, um amor altruísta. O consolo alivia a tristeza, a sensação de perda.
Paulo também vai mencionar “afeição e misericórdia”. A afeição é um elo de cuidado e intimidade que não envolve sentimentos românticos.
Em Deuteronômio 10:12 temos essa palavra usada com relação ao amor que devemos manifestar a Deus: “Agora, pois, ó Israel, que é que o SENHOR requer de ti? Não é que temas o SENHOR, teu Deus, e andes em todos os seus caminhos, e o ames, e sirvas ao SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração e de toda a tua alma”.
A misericórdia ou compaixão quer aliviar a angustia. Afeição e misericórdia percebem os problemas e desejam resolvê-los.
O amor fraternal busca suprir as necessidades do próximo. Como pode uma amizade manifesta tal amor se não tiver como base o amor de Cristo?
As melhores amizades para um cristão é aquela que existe:
3. Companheirismo no Espírito – “Alguma comunhão no Espírito”.
Ao contrário do pensamento de muitos, companheirismo cristão não significa almoçar junto e nem falar sobre os acontecimentos da atualidade.
Companheirismo cristão é ter a mesma alegria e o mesmo pensamento, unidos pelo Espírito. É ver a vida com os olhos do Espírito.
Quando você se relaciona com alguém que olha para vida através de olhos que não tem o Espírito, não é possível existir companheirismo. Essa idéia fica clara nas palavras de Paulo em 2 Co 6:14-15.
Isto nos leva a uma ultima condição para o cristão ter as melhores amizades:
4. Humildade – “nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade...”
A humildade solidifica uma amizade. Ela não faz o que a malicia ou arrogância faz, destrói. Fica difícil desenvolver uma amizade onde existe um sentimento de rivalidade, de egoísmo, da busca por honra e prestígio próprio. Pv 21:4
A palavra usada pelo apóstolo Paulo que aqui indica atitude humilde, é ter os outros como superior, isso não significa pequenez, não é ser inferior mentalmente a outro, mais a sublime atitude de ter consideração pelos outros a ponto de colocar os meus interesses em segundo plano e apoiar o irmão.
Essa atitude é necessário para um relacionamento de amizade. Vejamos Gl 5:26.
A formação de uma amizade sob a influência de Cristo, traz como base a humildade, característica encontrada em perfeição nEle.
Saber respeitar, saber valorizar os pensamentos e as atitudes do outro, fortalece a amizade. Isto só é possível quando não pensamos de nós mais do que convém.
As melhores amizades são construídas dentro do padrão de vida cristã. Sendo assim, as melhores amizades para um cristão é aquela que existe comunhão em Cristo, amor fraternal, companheirismo no Espírito e humildade.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Pai é Pai


A expressão comum “mãe é mãe!” traz a idéia de incomparabilidade. Se há algo neste mundo inconfundível, e que possui características e sentimentos exclusivos, certamente é a figura da mãe. Este é o pensamento comum que parece estar difundido em todo o planeta, e isto por muitos e muitos anos.
Não quero discutir a veracidade deste pensamento; mas sim, ao lembrar-me desta, destacar outra figura importantíssima: O pai. Interessante notar os pontos de aproximação entre as figuras do pai e da mãe: A família; a responsabilidade de cuidar dos filhos; o cuidado no relacionamento entre eles como parte da educação dos filhos; os dias especiais; o comum carinho e consideração dos filhos; e a realidade da falta na ausência de qualquer na formação do caráter dos filhos. Estes são alguns dos pontos em comum.
Porém, há pontos singulares. Os mais destacados pela humanidade são os da mãe: A sensação da gravidez; a sintonia física entre a mãe e a criança enquanto na dependência; as sensações subjetivas que levam a mãe a acertar muitas vezes, e a errar em outras, quanto às observações sobre o viver dos filhos; os braços normalmente abertos para proteger, mesmo que os filhos estejam absurdamente equivocados. Estas são algumas das singularidades de cada mãe.
Já o pai age e reage como pessoa comum, aos olhos de todos. Consegue ser mais racional em várias situações, ora pensando na formação do filho ora considerando unicamente a justiça, mesmo que o filho venha a sofrer as conseqüências. Sente: sofre, se alegra; enfim, vive. Porém, como homem, seja pelas características herdadas na própria criação divina, seja pela invisível, mas presente, exigência da sociedade, mantém-se “controlado”. O pai muitas vezes chora sem lágrimas; sofre sem cara feia; curte sua depressão sem deixar de estar ao lado; interioriza as críticas sem abandonar suas responsabilidades. Vive toda a sua vida se doando, mesmo sem contar com um único verdadeiro amigo (é a realidade de muitos). E lida com a realidade da cobrança, justa ou não, de que o sucesso da família depende de seu trabalho.
A singularidade do pai está na pessoa de Deus. Dentre as figuras usadas pelo Senhor para se auto-revelar ao mundo, a do “Pai” é a preferida da humanidade. A razão? Provavelmente porque “pai” é aquele que traz segurança, sustento e conforto, numa sensação final. Basta perceber o resultado nos filhos. Se um filho, ou filha, recebe tais retornos da mãe, mas não do pai, normalmente a sensação é de algo incompleto. Porém, em situação contrária, o filho tende a se sentir mais amparado, mesmo sem o aval da mãe.
A singularidade do pai está na pessoa de Deus, até quando esta figura serve de absoluto, de referencial para toda e qualquer pessoa, incluindo as mães. É certo que nenhum pai é perfeito como o Senhor, mas, também é certo que este Senhor usou a singularidade do pai humano como melhor figura para se auto-revelar. A perfeição está no Senhor. Assim, a perfeição de cada pai, assim como de cada mãe, está em sua ligação com o Pai perfeito.
No ideal de Deus, e no ideal de todos aqueles que vivem com Deus: pai é pai. Sendo substituído única e exclusivamente pelo Pai eterno.
Ame seu pai, pois não há outro para você. É o que também diz o Pai celeste

Postado originalmente: prwagner.wordpress.com

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Devocional da 59ª AIBRECE - 29/07 a 02/08/2009.


Manifestando a Graça de Deus na Adoração.
Texto: Is 6:1-7
Introdução:

W. T. Conner escreveu: “O negócio primário, pois, da igreja não é a evangelização, nem as missões, nem a benevolência; é a adoração. A adoração a Deus em Cristo deveria estar no coração de tudo o que a igreja fizesse. Ela é a mola mestra de toda a atividade da igreja”.
Adoração cristã significa encontro com Deus. Você pode dizer quem está sendo adorado, no domingo, numa determinada igreja, verificando a quem a cerimônia está tentando agradar.
Liturgia, culto e adoração são três termos importantes em relação à prática religiosa que, caso sejam bem compreendidos, enriquecerão nossa experiência espiritual.
Nossas formas, atitudes e sentimentos são básicos na expressão do tributo que devemos a Deus e liturgia, culto e adoração têm que ver com eles.
A liturgia tem há ver mais com nossas formas; culto, com nossas atitudes e adoração, mais com sentimentos e compreensão da relação de dependência e do sentimento de temor ao Deus a quem adoramos.
Dizemos que cada igreja tem sua liturgia e seu estilo de adoração. Isto não deixa de ser uma verdade. Liturgia é aquilo que temos à mão para oferecer a Deus um culto aceitável, genuinamente autêntico e que expressa nossa submissão, dependência e serviço a Ele. Isto reflete diretamente na nossa adoração.
Adoração (Proskuneo) é uma palavra que significa reverenciar ou homenagear. É usada cerca de 59 vezes no Novo Testamento para indicar a comemoração que rende a uma pessoa ao prostrar-se a seus pés. Também indica o fato de prestar homenagem ou tributo divino (Mateus 4:10, João 4:20-21, Hebreus 1:6). Sua tradução literal seria: “Beijar a mão ou o piso diante de”.
Considerando o acontecimento na vida de Isaias, podemos perguntar: Quanto a adoração manifesta a graça de Deus?
Acredito que temos aqui duas situações que manifestam a maravilhosa graça na adoração:
1. Na atitude reverente do adorador – v. 1-5
Encontramos aqui anjos e homem com um só sentimento: reverência diante de Deus. Reverenciar é reconhecer a superioridade. No caso de Deus é reconhecer a sua soberania, sua majestade.
O excesso de intimidade gera irreverência. Ser irreverente com relação a Deus é rebaixar Deus ao nosso nível, é tratá-lo como se fosse um de nós.
“O primeiro sinal da decadência de um povo é o abandono de um elevado conceito de Deus” (A. W. Tozer)
Um conceito distorcido de Deus nos leva a uma falsa intimidade ou a um excesso de intimidade, o que acaba sendo a mesma coisa.
A Bíblia Sagrada é o manual de adoração por excelência e não podemos prescindir dela se quisermos adorar a Deus como se deve. Quando vamos a ela e nos deparamos como expressões como: “Pensavas que eu era teu igual?” (Sl 50:21)
Os anjos clamavam: santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos, toda a terra está cheia de Sua glória. Isaías declarava: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos! Você o que diz quando está diante de Deus?
Em muitas igrejas falta este sentimento de reverencia a presença de Deus no culto. As pessoas se comportam de qualquer maneira. Não se dá a devida importância a leitura das Escrituras e a pregação da palavra.
Pessoas testemunham que Martin L. Jones lia a Bíblia com tanta reverência que se sentia a presença de Deus.
A cultura cristã de hoje não sabe ou não entende o que é reverência. Acham que reverência é fica de pé para lê as Escrituras. Ou mudar a tonalidade da voz.
Adorar com reverência é um sentimento que deve ser natural. É ouvir a pregação da palavra como se daquelas palavras dependesse toda a sua vida.
O ato de adorar segue um padrão estabelecido por Deus, não é de acordo com a nossa compreensão. Deus não receberá a nossa adoração a luz da nossa compreensão, mas a luz da Sua Palavra. Ap 1:17 – 18 / Hb 12:28 – 29.
A reverência que manifestamos no culto é uma resposta da nossa compreensão de Deus. Por perde a dimensão de quem é Deus, muitos busca adorá-lo sem reverência.
Alguns acham que culto é lugar de repouso, por isso temos tantas pessoas a vontade e os que dormem. Outros acham que culto é ir à praça pública, se vai de qualquer jeito, a qualquer hora, fazendo o que dá vontade.
Temos aqueles que não respeitam á hora, vestem qualquer roupa, homens que vão ao culto de short, e aqueles que aproveitam o culto para brincar com as crianças, fazer caretas para os amigos, etc.
Expressões como as que encontramos nos anjos e em Isaías nos dão conta do abismo infinito que existe entre nós e o nosso Deus, que nos colocam em nosso lugar gerando em nós um senso de intimidade reverente.
Creio então que a primeira situação que manifesta a maravilhosa graça de Deus na adoração é através de um sentimento de reverência a Deus.
Um segunda situação que é manifestada a graça na adoração é:
2. Na atitude de Deus em nos aproxima dEle. V.6-7
Isaías sentiu essa maravilhosa graça. Um anjo voou em direção a ele, e na purificação promovida por Deus, Isaías pode estar na presença de Deus.
Houve um momento no céu que Deus puxou a espada da ira e a cravou em Cristo. Isto ocorreu na cruz do calvário.
O ato de adorar ocorre por que Deus por Sua graça nos aproximou dEle por meio de Cristo. A verdadeira adoração além de estar centralizada em Deus está centralizada também na obra e sacrifício de Cristo.
Quando João Batista viu a Jesus logo declarou: “eis o cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo”. Jesus sofreu os nossos sofrimentos, Ele morreu a nossa morte, Ele recebeu a ira que pertencia a nós. Tudo o que eu e você não podíamos fazer para nos aproximarmos de Deus, Ele fez.
Em Cristo somos purificados e temos então acesso a Deus. I Jo 1:7 / I Jo 3:3
Muitas igrejas e muitos crentes ainda não entenderam isso, por isso eles classificam igrejas e cultos de acordo com seus interesses. Vejamos alguns textos:
• Sl 4:6-7 – Alegria maior que uma safra abundante?
• Sl 27:4 – Em meio a perseguição o normal seria pedir liberdade, Davi pede a presença de Deus.
Em muitas igrejas a obra de Cristo e o seu sacrifício está em segundo plano. A cruz do calvário serve apenas de isca, é um meio para as pessoas chegarem a igreja. Então vem a prosperidade e outras coisas mais.
Estas igrejas bem como muitos que estão na igreja do Senhor esqueceram ou ignoram que a obra de Cristo, o seu sacrifício é o inicio, o meio e o fim da nossa união com Deus. Perderam a cruz de vista. Não enxergam a cruz do calvário. Devemos saber que se a obra e o sacrifício de Cristo não estar em nossa adoração, ela é vazia. Sem Cristo não há culto, não há adoração.
Creio então que a primeira situação que manifesta a maravilhosa graça de Deus na adoração é através de um sentimento de reverência a Deus.
Um segunda situação que é manifestada a graça na adoração é a atitude de Deus em nos aproxima dEle. Isaías foi purificado e pode adorar ao Senhor. Em Cristo somos purificados e podemos nos aproximar de Deus.
Que Deus nos abençoe.