sábado, 27 de junho de 2009

A Fonte da Impureza


Mc 7:14-23
“Convocando ele, de novo, a multidão, disse-lhes: Ouvi-me, todos, e entendei. Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa contaminar; mas o que sai do homem é o que o contamina. Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça. Quando entrou em casa, deixando a multidão, os seus discípulos o interrogaram acerca da parábola. Então, lhes disse: Assim vós também não entendeis? Não compreendeis que tudo o que de fora entra no homem não o pode contaminar, porque não lhe entra no coração, mas no ventre, e sai para lugar escuso? E, assim, considerou ele puros todos os alimentos. E dizia: O que sai do homem, isso é o que o contamina. Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem”.
Jesus chama a atenção para a verdadeira fonte da impureza, Jesus leva os seus discípulos para um debate que os levaria a um questionamento profundo sobre a purificação.
O Senhor convoca a multidão com o seguinte questionamento: como pode alguém estar puro diante de Deus?
Enquanto os pensamentos humanos afirmam que as influências externas são a causa da impureza, Jesus afirma o oposto: uma pessoa se torna impura por causa daquilo que está em seu coração.
A natureza moral humana é a fonte da impureza moral. O que contamina as pessoas não é aquilo que entra nelas, mas o que sai delas mesmas.
Jesus estava constantemente ensinando e treinando seus seguidores com o desejo de que eles compreendessem os princípios básicos de sua mensagem.
Jesus então menciona doze pecados que vem do coração do homem e que contaminam todo o indivíduo, estes pecados são frutos dos maus desígnios, dos pensamentos maus, destrutivos.
Temos então a identificação destes pecados que são:
1. A prostituição – Inclui aqui todo tipo de imoralidade sexual.
2. Os furtos - Este pecado consiste em tiram algo que pertence a outro. Levar em segredo algo que não lhe pertence. Devemos também lembrar que não honrar um compromisso financeiro é furto.
3. Os homicídios – que se bem observar é uma espécie de roubo, pois tirar de alguém a vida, a qual não lhe pertence.
4. Os adultérios – Jesus sempre deixou claro que o propósito de Deus desde a criação é a fidelidade vitalícia do casal. O casamento foi instituído por Deus e deve ser vivido dentro do que Ele estabelece. Portanto, cuidado com os olhos. Mt 5:28
5. A avareza ou cobiça – o desejo de se ter, do possuir, a ganância. Apego demasiado as coisas materiais. Alguém já disse que a avareza ou cobiça é uma peneira que nunca fica cheia.
6. A malícia – descreve a pessoa que busca ativamente prejudicar o outro. Que age de maneira que aparentemente quer o bem, mas na verdade usa as aparências para realizar seus desejos maliciosos.
7. O dolo – a má fé, hipocrisia. E fazer as coisas com a clara intenção de prejudicar alguém. A palavra usada para descrever este sentimento é explicada com a figura de um pescador que joga sua vara para pegar o peixe, mas ele pega o peixe usando uma isca.
8. A lascívia – Indecência. Significa a rebeldia contra as restrições morais e sociais estabelecidas por Deus. Uma pessoa lasciva desafia os padrões morais e faz, aberta e explicitamente, qualquer coisa que seus desejos insolentes pretendam.
9. A inveja – A inveja começa no olhar, é regado com pensamentos de ciúmes, germina com a raiz da amargura, e cresce em direção ao coração do homem e floresce em suas ações. Tg 3:16.
10. A blasfêmia – o insulto, uma ofensa a dignidade de alguém. Uma difamação a alguém, uma calúnia contra outro. Devíamos sempre antes de fazer qualquer comentário a respeito de alguém fazer as seguintes perguntas: É verdadeiro? Vai ajudá-lo esse comentário? Trará edificação?
11. A soberba – a arrogância é um pecado que faz o homem desprezar os outros, inflama o coração com orgulho, e faz o homem pensar que é mais importante do que os outros, e com isso, coloca o homem contra Deus.
12. A loucura – este último pecado aqui mencionado, não se refere a debilidade mental, mas a loucura aqui descrita esta no homem que é moralmente e espiritualmente insensível, ele não conhece e não deseja conhecer a Deus.
Está contente com sua insanidade, e seu desconhecimento a cerca de Deus lhe traz um conforto ilusório. Dois textos como exemplo: 1 Coríntios 2:14 - 1 Coríntios 3:19
Precisamos reconhecer que essa lista retrata fielmente o mal que há no coração humano. Vemos os resultados desses pecados nos anúncios dos jornais, na televisão, e a nossa volta no dia a dia. Esses males não podem ser corrigidos por meio de rituais ou receitas, não podem ser controladas por leis civis ou religiosas, pois são frutos de uma natureza caída.
O único remédio é um novo coração. É difícil Ter uma vida aceitável diante de Deus se não tivermos um novo coração.
O evangelho muda o homem de dentro para fora, aquele que experimenta o governo de Deus vive uma vida diferente, pois o homem bom tira boas coisas de seu bom tesouro, conforme Lc 6:45.
Tenhamos então um novo coração.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Batalha na Vida Cristã


Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor”
Filipenses 2:1
Batalhas na Vida cristã.
O apóstolo Paulo, ao escrever para os filipenses, exorta-os a colocar em pratica todo o conhecimento adquirido através do evangelho de Cristo. Os filipenses deveriam demonstrar em suas vidas o fruto do Espírito.
A salvação é um processo que se desenvolve na vida de um cristão, pois ela é uma batalha que se luta em várias frentes: contra o mundo que nos cerca; contra o inimigo, contra a carne e contra os falsos irmãos, como bem declarou aos corintos.
Paulo estava exortando aos filipenses, bem como, a todos os cristãos que não estacionam na vida cristã. Reconhecer a Cristo é o primeiro passo da caminhada da salvação, mais essa decisão tem que crescer, criando raiz para enfrentar as batalhas.
Paulo estava fazendo ciente aqueles irmãos que ele não estaria presente em todas as suas dificuldades. Por isso eles deveriam procurar o apoio em quem estaria, Deus.
A exortação de Paulo é: “Com temor e tremor, continuem a operar a vossa própria salvação independente da minha presença”.
Os lideres da igreja do Senhor hoje também devem ter a mesma visão do apóstolo. Eles não estarão com o rebanho todo o tempo, é necessário então exortá-los para que cresçam no seu andar cristão, a fim de continuarem de pé na batalha.
Com essa visão convocamos igrejas e líderes a estar alerta, para juntos nos prepararmos para enfrentar mais uma investida do inimigo, que se levantou em nossos dias, com um ensino denominado “Teísmo Aberto”.
Este ensino ataca de forma destruidora as doutrinas da graça. Por isso é dever de todo líder em especial, buscar conhecimento para se preparar para a batalha, meditando e se instruindo, para vencermos mais esta investida do inimigo para destruir a vida cristã.

domingo, 14 de junho de 2009

Algo Incomodava.

Todos reunidos em um mesmo salão, aguardando a mesma reunião. E algo incomodava ao irmão Gumercindo (nome fictício).
Não eram as vestimentas, pois todos se trajavam adequadamente. Não eram os cabelos. Não! Não eram os penteados, pois nada havia de exagerado. Não era a ausência de Bíblias, apesar de que alguns eram viciados em perderem as suas. Além de todos a possuírem, ainda havia diversidade de versões e estilos, revelando abundância da literatura santa.
Nada que fosse visível. Mas, algo incomodava.
Seriam as canções? Ou, pelo menos, a forma de manifestá-las? Haviam cânticos variados: hinos e hinetos, centralizados em um tema que a todos regiam em busca do conhecimento; visualizando a edificação pelo entendimento. Além disso, havia tantos que cantavam com maestria! Outros, nem tanto; porém, entoavam seus cânticos como expressão de louvor e gratidão ao Senhor do riso e pranto.
Hummm...
Seriam as pregações? Havia estudo consciente para quem quisesse ser gente, à luz da Revelação suficiente. Seu conteúdo era literalmente bíblico, e sua manifestação se dava por meio simples; o essencial para a compreensão de todos: cultos, incultos; idosos, jovens e crianças; antigos ou modernos.
Não! Não era algo visível, nem audível; mas, algo incomodava.
Seria o coração? Aquilo que não se vê, nem se ouve, diretamente. Gumercindo, então, se deu conta de que o incômodo vinha de dentro. De seu coração adormecido, sem reação positiva ao que via, lia, ouvia, compreendia e concordava. Precisava, urgentemente, de um remédio para curar o incômodo. Precisava de Deus! Não simplesmente o do Livro (Bíblia); o das histórias narradas; o da experiência dos outros; mas sim o que sensibilizava a alma. Precisava apreciar a beleza: cultivar a alegria; aprender com a tristeza; amadurecer na tribulação; saborear o conforto divino; enfim, ver Deus em todos os momentos, e em todas as pessoas. Precisava de menor rigor, e de mais amor.
Algo o incomoda?
Seria o seu coração? ...
“Enganoso é o coração, mais do que todas as cousas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá? Eu, o Senhor, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos...” (Jeremias 17.9s).

Autor: Pr. Wagner Amaral

Aceitar a Jesus!?


Nosso relacionamento com Cristo é uma questão de vida ou morte. O homem que conhece a Bíblia sabe que Jesus Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores e que os homens são salvos apenas por Ele, sem qualquer influência por parte de quaisquer obras praticadas.
"O que devo fazer para ser salvo?", devemos aprender a resposta correta. Falhar neste ponto não envolve apenas arriscar nossas almas, mas garantir a saída eterna da face de Deus.
Os cristãos "evangelicais" fornecem três respostas a esta pergunta ansiosa: "Creia no Senhor Jesus Cristo", "Receba Cristo como seu Salvador pessoal" e "Aceite Cristo". Duas delas são extraídas quase literalmente das Escrituras (At 16:31; João 1:12), enquanto a terceira é uma espécie de paráfrase, resumindo as outras duas. Não se trata então de três, mas de uma só.
Por sermos espiritualmente preguiçosos, tendemos a gravitar (flutuar) na direção mais fácil a fim de esclarecer nossas questões religiosas, tanto para nós mesmos como para outros; assim sendo, a fórmula "Aceite Cristo" tornou-se uma panacéia de aplicação universal, e acredito que tem sido fatal para muitos. Embora um penitente ocasional responsável possa encontrar nela toda a instrução que precisa para ter um contato vivo com Cristo, temo que muitos façam uso dela como um atalho para a Terra Prometida, apenas para descobrir que ela os levou em vez disso a "uma terra de escuridão, tão negra quanto as próprias trevas; e da sombra da morte, sem qualquer ordem, e onde a luz é como a treva".
A dificuldade está em que a atitude "Aceite Cristo" está provavelmente errada. Ela mostra Cristo suplicando a nós, em lugar de nós a Ele. Ela faz com que Ele fique de pé, com o chapéu na mão, aguardando o nosso veredicto a respeito dEle, em vez de nos ajoelharmos com os corações contritos esperando que Ele nos julgue. Ela pode até permitir que aceitemos Cristo mediante um impulso mental ou emocional, sem qualquer dor, sem prejuízo de nosso ego e nenhuma inconveniência ao nosso estilo de vida normal.
Para esta maneira ineficaz de tratar de um assunto vital, podemos imaginar alguns paralelos; como se, por exemplo, Israel tivesse "aceito" no Egito o sangue da Páscoa, mas continuasse vivendo em cativeiro, ou o filho pródigo "aceitasse" o perdão do pai e continuasse entre os porcos no país distante. Não fica claro que se aceitar Cristo deve significar algo? É preciso que haja uma ação moral em harmonia com essa atitude!
Ao permitir que a expressão "Aceite Cristo" represente um esforço sincero para dizer em poucas palavras o que não poderia ser dito tão bem de outra forma, vejamos então o que queremos ou devemos indicar ao fazer uso dessa frase.
"Aceitar Cristo" é dar ensejo a uma ligeira ligação com a Pessoa de nosso Senhor Jesus, absolutamente única na experiência humana. Essa ligação é intelectual, volitiva e emocional. O crente acha-se intelectualmente convencido de que Jesus é tanto Senhor como Cristo; ele decidiu segui-lo a qualquer custo e seu coração logo está gozando da singular doçura de Sua companhia.
Esta ligação é total, no sentido de que aceita alegremente Cristo por tudo que Ele é. Não existe qualquer divisão covarde de posições, reconhecendo-o como Salvador hoje, e aguardando até amanhã para decidir quanto à Sua soberania.
O verdadeiro crente confessa Cristo como o seu Tudo em todos sem reservas. Ele inclui tudo de si mesmo, sem que qualquer parte de seu ser fique insensível diante da transação revolucionária.
Além disso, sua ligação com Cristo é toda-exclusiva. O Senhor torna-se para ele a atração única e exclusiva para sempre, e não apenas um entre vários interesses rivais. Ele segue a órbita de Cristo como a Terra a do Sol, mantido em servidão pelo magnetismo do Seu afeto, extraindo dEle toda a sua vida, luz e calor. Nesta feliz condição são-lhe concedidos novos interesses, mas todos eles determinados pela sua relação com o Senhor.
O fato de aceitarmos Cristo desta maneira todo-inclusiva e todo-exclusiva é um imperativo divino. A fé salta para Deus neste ponto mediante a Pessoa e a obra de Cristo, mas jamais separa a obra da Pessoa. Ele crê no Senhor Jesus Cristo, o Cristo abrangente, sem modificação ou reserva, e recebe e goza assim tudo o que Ele fez na Sua obra de redenção, tudo o que está fazendo agora no céu a favor dos seus, e tudo o que opera neles e através deles.
Aceitar Cristo é conhecer o significado das palavras: "pois, segundo ele é, nós somos neste mundo" (1 João 4:17). Nós aceitamos os amigos dEle como nossos, Seus inimigos como inimigos nossos, Sua cruz como a nossa cruz, Sua vida como a nossa vida e Seu futuro como o nosso.
Se é isto que queremos dizer quando aconselhamos alguém a aceitar a Cristo, será melhor explicar isso a ele, pois é possível que se envolva em profundas dificuldades espirituais caso não explanarmos o assunto.

Autor: A. W. Tozer