quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Realizando Nossos Sonhos.


Salmo 127
É provável que nossos sonhos possam ser resumidos nestas quatro coisas:
- um lugar para morar, uma casa;
- segurança em nossa vida, uma cidade segura;
- um trabalho que nos realize e sustente;
- pessoas com quem compartilhar a vida, uma família.
Nestas coisas nós gastamos nosso tempo e nossa energia. Nossa vida.
Os peregrinos caminhando para cultuar a Deus em Jerusalém testemunhavam cantando que apenas com a bênção de Deus é que teremos um lugar para morar, segurança, trabalho para se manter, família (companheirismo).
Devemos saber que:
I – Nossos projetos só alcançarão êxito com a bênção de Deus.
Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam;
O salmista canta afirmando que se Deus não for o edificador, o resultado é uma edificação em vão (vazia, falsa, sem substância, sem valor, enganosa. Não leva a lugar nenhum.
É assim todo trabalho que é feito apenas debaixo do sol, sem considerar a dimensão da eternidade (Ec 1.3), fica um trabalho sem proveito. Nada permanece.
Como disse Dallai Lama: o homem gasta toda a sua saúde para adquirir dinheiro, e depois gasta todo o dinheiro para adquirir sua saúde.
Só como presente de Deus é que o homem pode ver o bem de seu trabalho.
II - Nossa segurança depende da bênção de Deus.
se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. A cidade era o centro de segurança, mesmo para os que moravam fora. As muralhas garantiam a proteção contra os inimigos. Foi assim que o rei de Jericó achou que poderia sobreviver ao ataque do povo de Israel, confiaram nas suas muralhas e viram elas ruírem ao toque da trombeta.
Se Deus não guardar, o alerta do vigia não adianta nada.
De quem estamos dependendo para nossa segurança? Vemos hoje cercas elétricas, câmeras de TV gravando todos os movimentos. Não é desprezo aos recursos que Deus tem disposto para nosso uso, mas simplesmente não idolatrá-los, ou nos tornarmos dependentes deles?
III – Nosso trabalho só dará resultado com a bênção de Deus.
Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão que penosamente granjeastes; aos seus amados ele o dá enquanto dormem. O salmista manifesta aqui a convicção da inutilidade de um trabalho sem Deus. É em vão:
1. Levantar cedo: idéia de ser diligente em um trabalho; insistência, persistência; dedicar-se; ser contínuo.
2. Trabalhar até tarde: demorar, tardar, ficar atrás.
Sem Deus, o resultado do trabalho árduo é penoso, angustiante. As pessoas conseguem seu conforto e sustento com amargura, a vida é como um fardo.
O salmista faz um contraste. A Bênção de Deus aos seus amados. Aquele que caminha com Deus está comprometido com os projetos de Deus. A estes Deus dá sem ansiedade, permitindo um sono tranqüilo, sem preocupações.
Satisfação, segurança, sustento, aquilo que é da vontade de Deus dar aos Seus amados, não depende inteiramente do zelo e das habilidades deles, pois Ele lhes outorga Sua bênção mesmo quando estão a dormir.
Não é um viver preguiçoso, mais uma labuta sem tensão.
Trabalhar muito não é a resposta para uma vida vazia; pode aumentar a escravidão.
IV – Nossa família só será constituída com a bênção de Deus.
Herança do SENHOR são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão. Como flechas na mão do guerreiro, assim os filhos da mocidade. Feliz o homem que enche deles a sua aljava; não será envergonhado, quando pleitear com os inimigos à porta.
Filhos são resultados da bênção de Deus. Herança num duplo sentido: para manter a terra, e para manter o nome. Vinha de Deus, e preservava o que Deus dera.
Galardão. Filhos devem ser meios de segurança. Os filhos devem ser vistos como prêmios. Ao contrário de nossos dias, onde o filho é visto como um problema, Deus os vê como algo digno de felicidade.
O povo de Israel tinham os filhos como uma dádiva de Deus. Eles suplicavam a Deus por filhos e consideravam ter uma grande família como um benefício. Muitas pessoas vêem os filhos como uma maldição e uma praga a ser erradicada. Por que temos tantos filhos indesejados hoje em dia? Muito simples, as pessoas não temem o Senhor e não andam em seus caminhos.
Nossa família só será constituída com a bênção de Deus.
Conclusão
Construir, guardar, desfrutar, preservar. Só há duas opções: ou buscamos a bênção de Deus; ou nossas realizações serão infrutíferas.
Gastar nosso tempo e energia naquilo que Deus não abençoa é um trabalho fútil, vazio.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009



E Então Virá o Fim
Continuação...
O ESTADO FINAL DOS PERDIDOS
Sua Habitação
Após o seu julgamento, os perdidos serão lançados no Lago de Fogo (Ap 20:15) um lugar na sua origem preparado para Satanás e os anjos dele (Mt 25:41).
Sua Experiência
Os não salvos no Inferno experimentarão vários tipos de tormentos mentais, solidão, desespero e inquietação. Haverá sofrimento e tormento conscientes (Ap 14:10-11; Rm 2:8-9), pranto e ranger de dentes (Mt 13:42), solidão absoluta (2 Ts 1:9), perdição mas não aniquilamento, Mt 25:46 e o terror de trevas infindas (Jd 13). Não haverá comunicação social com outros no Inferno. Só haverá a experiência terrível da ira infinda de Deus (Ap 14:10-11; Rm 9:22) e desamparo (Mt 7:23).
Sua Duração
Ao contrário de tais posições falsas como o aniquilamento dos ímpios e a sua futura soltura e restauração a Deus, as Escrituras ensinam que os ímpios sofrerão por seus pecados para sempre (Mt 25:46; Ap 14:11). A sua ruína espiritual e culpa serão perpetuadas (Jo 3:16,18).
O ESTADO FINAL DOS REMIDOS
A Sua Habitação
Os remidos habitarão com Deus para sempre. A sua residência será a Nova Jerusalém que descerá do Céu para a terra (vs. 2,9,10). Através da história humana pessoas anelaram esta cidade que as oferecerá uma morada permanente e segura (Hb 11:10, 13-16; 13:14; Ap 3:12; Jo 14:1-3).
João descreve a cidade como a forma dum cubo (Ap 21:16), com lados de 2.218 kms de comprimento. É feita de ouro puro (v. 18), cercada por um muro de jaspe de 66 metros de altura(v. 17). Este muro é posto sobre doze fundamentos que são adornados com pedras preciosas (vs. 14,19,20) e perfurados por doze entradas, três em cada lado e cada uma tendo uma porta de pérola (vs. 12,13,21). Cada porta é atendida por um anjo e tem escrito sobre ela o nome duma tribo de Israel (v. 12). No meio da cidade há uma larga praça central ("rua") de ouro puro (v. 21), pela qual flui o rio da Água da Vida (Ap 22:1-2). Este rio emana do trono de Deus para aguar a Árvore da Vida que a abraça. Alimentada pela Água da Vida, a Árvore da Vida perpetuará eternamente as vidas de todos que se alimentam dela (Gn 2:9; 3:22; Ap 2:7). Este cidade não terá nenhum edifício como templo nem uma luz externa, seja esta artificial seja natural (Ap 21:22-23; 22:5), porque o Pai e o Senhor Jesus são o seu templo e a sua luz (21:21,23). Os injustos jamais poderão entrar nela pelas portas abertas (21:25-27), e não haverá ali nem noite nem maldição (21:25; 22:3).
A Sua Experiência
Se a presença do Espírito Santo e as bênçãos do ministério dEle em nossas vidas representam um antegozo do bem futuro (Ef 1:14), então que maravilhas Deus tem preparado para nós (1 Co 2:9; 1 Pe 1:4)! As Escrituras revelam que os remidos terão comunhão livre com Deus (Ap 21:3); que tudo será novo (Ap 21:4-5); que haverá segurança absoluta (Hb 12:28), novo conhecimento(1 Co 13:12), repouso das tribulações e do labor atuais (Hb 4:9; Ap 21:4), gozo infindo (Sl 16:11), companheirismo amoroso (Jo 14:3; 1 Ts 4:17), plena satisfação de cada desejo (Ap 21:6), e adoração incessante (Ap 5:11-14).
Isto não significa que a eternidade será como um culto comprido na igreja. A frase: "nos séculos vindouros" (Ef 2:7) sugere que o Senhor e Seu povo serão envolvidos em novos programas, ou projetos e tarefas que ainda não ficaram revelados.
Este é o fim. Você deve está preparado para ele.

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Bibliografia:
Panorama de Escatologia – Leon J. Wood
Apostila de Escatologia – Pr. Almir Marcolino Tavares

Palestras Escatológicas - XVI Vida Jovem - Varzéa Alegre/Ce


Então Virá o Fim
O Grande Trono Branco e Novos Céus e Nova terra
Introdução:
Temos estudados os eventos que antecedem o fim.
O fim virá. Mais alguns eventos estão envolvidos nos momentos que precede este fim.
Dividimos nosso estudo em cinco partes: Sábado vimos os sinais dos tempos, sinais gerais e específicos; domingo pela manhã observamos a grande tribulação; domingo a noite meditamos sobre o arrebatamento; hoje pela manhã observamos a segunda vinda e milênio; hoje a noite observaremos o grande trono branco e novos céus e nova terra. Hoje chegaremos o fim.
O reino milenar do Senhor findará com uma revolta dirigida por Satanás (Ap 20:7-10). Satanás será solto por pouco tempo para "seduzir as nações" (Ap 20:8). Ele terá sucesso no começo, reunindo um exército para lutar contra Deus.
As pessoas nascidas durante estes mil anos não receberão Jesus como seu salvador, apesar de não terem a influencia de satanás, eles tem a natureza pecaminosa. Ao final deste tempo Deus soltará Satanás e seus demônios do abismo e os utilizará para provar estes descrentes que ainda vivem. Satanás os conduzirá contra Jerusalém onde serão mortos por fogo. Satanás mesmo será lançado no Lago de Fogo.
Esta revolta demonstrará para sempre o fato que pessoas não salvas são incuravelmente más e incapazes de corrigirem o seu estado espiritual. Apesar de um governo perfeito e ambiente livre de tentação externa, ainda precisam nascer de novo. A sua depravação se manifesta na sua revolta contra o Senhor. Sem o novo nascimento as pessoas permanecem pecadoras e fora do reino espiritual de Deus. A sua disposição e caráter inerentes são as mesmas do seu pai espiritual, o diabo (Jo 8:44).
Imediatamente após esta revolta e o juízo sobre ela, Deus operará a dissolução do universo presente (2 Pe 3:10-13; Mt 24:35).
O GRANDE TRONO BRANCO
O acontecimento seguinte e a ressurreição e o juízo dos seres humanos não salvos, a parte final da obra messiânica de nosso Senhor relacionada com a presente ordem universal (Ap 20:11-15; 1 Co 15:25-26; Jo 5:28-29).
A SUA CENA (Ap 20:11)
Com os céus e a terra passados (Mt 24:35; 2 Pe 3:10-13), vemos "um grande trono branco", refletindo a grandiosa majestade e santidade consumidora de Deus. O ocupante será o Senhor Jesus Cristo, Juiz do Universo (Jo 5:22; At 10:42; 17:31). OS SEUS SÚDITOS (vs. 12, 13)
São chamados "os mortos" embora têm se ressuscitado (Jo 5:28; At 10:42; Ap 20:5a). Estes são os não salvos que, estando nos seus pecados e mortos para com Deus, estão espiritualmente mortos (Ef 2:1; 4:18). Independente da sua posição na vida terrestre, todos comparecem de igual modo perante Deus, sem terem nenhum lugar para esconder-se.
A natureza do corpo ressurreto dos perdidos provavelmente será semelhante àquela dos salvos, para que possa existir para sempre (Mt 25:46).
Provavelmente a descrição do corpo ressurreto por Paulo em 1 Co 15 se aplica tanto àquele do não salvo quanto àquele do salvo, desde que a natureza da ressurreição parece ser a mesma, independente do participante. Assim sendo, a verdade de Colossenses 1:20 poderá aplicar-se aos corpos dos perdidos a fim de lhes imprimir existência eterna. Apesar disso, os não salvos terão que sofrer eternamente no Inferno o castigo devido os seus pecados.
A SUA INDAGAÇÃO (vs. 12, 13)
Não é o propósito deste juízo determinar o estado espiritual das pessoas, nem o destino delas. Estas coisas ficam definidas durante a vida terrestre do homem (Jo 3:36). Mesmo assim, possuindo autodeterminação e consciência moral, todos os injustos têm que responder por suas obras e receber a sua recompensa (Rm 2:6).
Os não salvos serão julgados de acordo com o conteúdo de certos livros (vs. 12). Estes livros parecem incluir aqueles que têm um registro completo e acurado de suas obras; as Escrituras que revelam o padrão absoluto de certo e errado e revelam a vontade de Deus para com a humanidade (Jo 5:45-46; 12:48; 17:17); e o "livro da vida" que é um registro de todos que são salvos (também vs. 15; Fp 4:3; Ap 3:5; 13:8; 17:8; 21:27; 22:19). Com o registro de suas obras aberto diante deles os não salvos responderão pela totalidade da sua vida - os seus feitos (Rm 2:6), palavras Mt 12:36-37), pensamentos (1 Cr 28:9; Hb 4:12), segredos (Rm 2:16), motivos (Hb 4:12), omissões (Tg 4:17), atitudes (Ef 5:3-6), e resposta à revelação de Deus (Rm 1:18), tanto geral (vs. 19-20) quanto especial (Jo 3:18; 12:48). A memória confirmará tudo como certo.
A SUA SENTENÇA (vs. 12-15)
Sendo a sentença de acordo com as obras da pessoa (vs. 12-13b), cada pessoa receberá aquilo que lhe é devido. Apesar de todos compartilharem o mesmo destino (Mt 25:41, 46), como pessoas encarceradas na mesma prisão, mesmo assim haverá graus de castigo de acordo com as medidas da culpa (Mt 10:15; 11:21-24; Lc 12:47-48; Rm 2:5-6).
Esta medida de culpa será determinada pela quantidade de luz ou conhecimento que a pessoa tinha da verdade de Deus (2 Pe 2:21) e a impiedade do seu pecado (Mc 14:21). Enquanto nenhum será isento de culpa (Rm 1:18-20; 3:19), alguns terão pecado contra maior luz do que outros. Conhecendo totalmente a todos e todas as circunstâncias de sua vida, o Juiz pronunciará uma sentença justa sobre cada pessoa (Jo 2:25; Ap 19:11; Gn 18:25).
Cada um cujo nome não está escrito no livro da vida será lançado no Lago de Fogo, que é chamado a "segunda morte" (Ap 20:14-15). A primeira morte do homem termina a sua carreira na terra com a separação entre a sua natureza não material e o corpo (Tg 2:26). A segunda morte será a separação eterna e consciente entre o não salvo e Deus (Mt 7:23) no sentido de uma alienação terrível e abandono (25:46; 27:46).

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Palestras Escatológicas - XVI Vida Jovem - Varzéa Alegre/Ce



Então será o fim.
Continuação...
OS SEUS CIDADÃOS
Ao estabelecer o Seu reino terrestre, o Senhor Jesus só permitirá a entrada de pessoa salvas para morar no Seu reino terrestre que incluirá a terra toda (Mt 7:21-23; 25:31-46; Jo 3:5;Hb 8:11). Os salvos habitantes da terra entrarão no reino com corpos não redimidos a fim de repovoarem a terra (Ez 36:10-11; 47:22; Jr 30:18-20; Is 65:20-25). Por terem o pecado original e por pecarem, as pessoas que nascem durante o reino terão necessidade de nascer de novo. O caráter enganoso e rebelde do pecado é revelado pelo fato que muitos não receberão Jesus para sua salvação (Ap 20:8-9).
A SUA ADMINISTRAÇÃO
O Senhor Jesus Cristo será o regente soberano do reino (Ap 19:15-16; Is 9:6-7). A Sua autoridade será mundial (Sl 72:8-11; Mt 11:27; 28:18), com a sede do Seu governo em Jerusalém(Is 24:23; 2:3; Zc 14:16-17; Mt 5:35). Surge uma pergunta interessante sobre certas passagens que falam que "Davi" vai reinar durante o milênio. São elas Jeremias 30:9; Ezequiel 34:23,24; 37:24,25; e Oséias 3:5. Que relacionamento existe entre este "Davi" e Cristo? O nome "Davi" aqui é outro nome para Cristo, ou se refere ao rei Davi, que então estaria na sua forma ressurreta? Não é uma pergunta fácil de ser respondida. Os Doze Apóstolos como regentes das tribos individuais de Israel (Mt 19:28), possivelmente Paulo como governador das nações gentias (Rm 15:15-16), e os fieis santos de antes da cruz, os da igreja e os mártires salvos da tribulação ocupando outras posições administrativas como galardões (Ap 2:26-27; 20:4; Mt 25:21).
Aparentemente os anjos não terão posições administrativas sobre os moradores da terra. O caráter da regência de Nosso Senhor será único na história humana (Is 11:1-5). Tendo sabedoria e conhecimento divino, Jesus não precisará de conselheiros. Ele regerá com eqüidade, fidelidade e severidade porque Ele será revestido do Espírito Santo que o capacita para todas as Suas obras messiânicas (Is 61:1-2). Rebelião contra o Rei será resolvida diretamente e sem atenuação(Is 65:20; Mt 5:29-30). Com a prisão de Satanás e seus agentes demoníacos, não haverá nenhuma tentação externa nem poluição moral (Ap 20:1-3). Mesmo assim, possuindo o princípio do pecado, os moradores da terra com corpos não remidos, pecarão. Mas haverá disponível para os perdidos salvação pela fé em Jesus e na Sua obra expiatória e para os salvos a purificação do pecado (Ez 43:19-27, que não significa por necessidade uma volta ao rito mosaico, mas possivelmente um ato simbólico que representa a obra expiatória de Nosso Senhor e o recebimento pessoal que é necessário para a purificação do pecado).
AS SUAS BÊNÇÃOS
O nosso mundo pecaminoso tem sonhado com uma utopia terrestre, mas jamais conseguiu realizá-la. Contudo, o zelo do Senhor realizará aquilo que o homem pecaminoso não poderá fazer (Is 9:6-7).
1. As Suas Bênçãos Espirituais
Todos os que entram no reino terrestre do Senhor serão pessoas salvas e gozarão as bênçãos que acompanham a salvação (Jr 31:31-34; Ez 36:26-28). O Espírito Santo será derramado sobre todos (Jl 2:28-29), trazendo-lhes as bênçãos de Seu ministério multiforme. Todo o mundo (que é salvo) "conhecerá" ao SENHOR com aquele conhecimento que procede de um relacionamento pessoal com Ele (Jr 31:33-34).
2. As Suas Bênçãos Éticas
Com a prisão de Satanás e seus aliados demoníacos (Ap 20:1-3), não haverá nenhuma tentação externa nem poluição moral. A Palavra do SENHOR sairá de Jerusalém (talvez através da profecia) pelo mundo inteiro (Is 2:3; Jl 2:28). Será o padrão de todas as decisões e valores morais. Será ensinada tanto a crianças quanto a adultos (Is 54:13; 2:3). As pessoas salvas serão motivadas e capacitadas para obedecerem ao Senhor (Ez 36:27; Jr 31:33). Também terão discernimento moral(Is 32:4-5; Ml 3:18).
3. As Suas Bênçãos Sociais
Toda a guerra será definitivamente banida (Sl 46:9; Is 2:4; Mq 4:3-4). Absoluta justiça social prevalecerá em todos os lugares (Sl 72:4,12-13; Is 11:4). Os desamparados e sem esperança serão revivificados (Is 35:5-6), e todos terão um cuidado tenro (Is 40:11; 42:1-4; Zc 8:1-8). Com a revogação da maldição de Babel, haverá uma única língua universal (Sf 3:9).
4. As Suas Bênçãos Políticas
Sendo Israel, a esposa do SENHOR (Yahweh), exaltado sobre as nações (Sl 47; Is cap. 60), os Gentios também serão grandemente abençoados (Rm 11:11-12; Mq 4:1-7). O Rei fará decisões sábias e imparciais, contribuindo para o bem de todos, e também poderá executá-las (Is 2:3-4; 11:2-5; Jr 23:5-6). Nações conviverão na paz perpétua e gozarão prosperidade sem precedentes enquanto honram ao Rei (Zc 14:16-18).
5. As Suas Bênçãos Físicas
Todo o mundo gozará boa saúde e vida longa, com os salvos vivendo através do milênio (Is 35:5-6; 33:24; 65:22). Enquanto os moradores da terra experimentarão os eventos naturais da procriação, nascimento, e desenvolvimento, não morrerão a não ser que sejam pecadores rebeldes que recusam submeter-se à autoridade do Rei (Is 11:4; 65:20; Jr 31:30). Todos os não salvos que sobrevivem até o final do milênio morrerão na revolta final (Ap 20:7-9). Aparentemente os perigos ordinários da existência humana serão eliminados (Ez 34:23-31; Sl 91:10-12; Is 11:9; 65:23-25).
Com a maldição edênica retirada áreas desoladas serão recuperadas e habitadas (Is 61:4), animais viverão em paz uns com os outros e com o homem (Is 11:6-8; Os 2:18; Ez 34:25), a terra será mais produtiva (Is 32:13-15; 35:1-2; Ez 34:29; 36:4-11,29-30; Am 9:13). Haverá mais precipitação de chuvas e novas fontes de águas nos desertos (Jl 2:23; Is 35:6-7; 32:15). A luz natural também será ampliada (Is 30:26; 60:19-20). A topografia da Palestina (e possivelmente de toda a terra) será mudada, com o Mar Morto sendo alimentado por um rio fluindo de Jerusalém que sustenta a vida (Zc 14:10; Ez 47:1,8-12; o "mar" do verso 8 é o Mar Morto, o "mar" do verso 10 é o Mediterrâneo).
A SUA ADORAÇÃO
As pessoas adorarão ao Senhor em todos os lugares (Ml 1:11), mas a adoração formal será observada em Jerusalém, a cidade do Rei (Zc 6:12-13; 14:16-17; Jr 33:15-18). Ezequiel capítulos 40 - 48 parecem dar os detalhes do templo milenar (cap. 40-43), adoração cap. 44-46) e terra(cap. 47-48). Os cultos de adoração incluirão ofertas e festas semelhantes àquelas do rito mosaico(Jr 33:18; Ez 43:18-27; 45:21; 46:4).
À semelhança da Ceia do Senhor estas ofertas e festas parecem ter significado simbólico e comemorativo, celebrando os vários aspectos da obra expiatória de Nosso senhor e seus benefícios ao adorador. Estas não substituirão a obra expiatória do Senhor, mas relembrarão o adorador desta obra e de sua responsabilidade de tomar posse dela para suas próprias necessidades (1 Co 11:24-26; 2 Co 7:1; 1 Jo 1:9).
Haverá um sacerdócio, como Jesus Cristo sendo o Sumo-sacerdote (Hb 5:5-6; Zc 6:13). As pessoas que negligenciam adoração serão visitadas com castigo divino (Zc 14:16-19).
Cristo irá batalhar contra o inimigo, obterá vitória e concederá a aqueles que manifestarem amor a seu povo Israel, a entrada no reino milenar.
Neste reino, todas as promessas de Deus para seu povo serão cumpridas, o povo será abençoado em todas as áreas da vida. Será um tempo de paz, alegria e bonança.
Mas ainda não é o fim.

Palestras Escatológicas - XVI Vida Jovem - Varzéa Alegre/Ce


Então Virá o Fim – Segunda Vinda e Milênio
Introdução:
Atualmente o reino do Senhor na sua forma terrestre e visível é representado pela Cristandade, tudo que representa Cristo neste mundo incluindo todos os crentes professos e suas instituições (Mt 13). Na sua forma real o reino é espiritual, não geográfico, apolítico, incluindo todos os salvos, vivos e mortos (Cl 1:13).
No futuro este reino na sua forma real será político e terrestre, incluindo naquele tempo a totalidade da população mundial. Mesmo assim, como veremos, ele terá qualidades espirituais junto com características físicas.
Mas antes de observar o reino milenar, precisamos conhecer o propósito da segunda vinda de Cristo.
Ao voltar a segunda vez para a terra, O Senhor Jesus completará a obra messiânica que o Pai havia designado (Ap 11:15-18). Esta obra incluirá o Seu tratamento com aqueles que O opõem (Ap 19:17-20:3; Mt 25:41), a libertação do Seu povo dos inimigos dele (Dn 12:2-3; Zc 14:3; Rm 11:26) e a bênção do Seu povo (Ez 36:24-30; Mt 25:34), o estabelecimento do reino milenar da profecia por Ele e Seu reinado até subjugar totalmente todos os inimigos (Ap 19:15; 1 Co 15:25), o cumprimento das grandiosas promessas das alianças (2 Co 1:20), e o julgamento dos perdidos(Ap 20:11-15).
A Batalha de Armagedom
Designação tirada de Apocalipse 16:16, nomeia a batalha em Israel que traz ao clímax a grande tribulação à medida que o Anticristo vence os judeus para tomar a pátria deles para si. Uma parte da luta, provavelmente o começo, acontece no cenário histórico do Megido, ao norte de Jerusalém, mas passagens descritivas mostram que findará em Jerusalém.
A carnificina desta batalha é descrita como sendo uma ceifa de uvas, pisadas no lagar (Ap 14:17-20). O sangue fluirá em toda a extensão da Palestina (288 kms) até a altura do freio do cavalo (um metro e meio). É também descrita como "a grande ceia de Deus", para qual os urubus são convidados para comer a carniça (Ap 19:17-18; Lc 17:34-37; Is 34:2-3; Ez 39:17-20). Esta batalha terminará toda a resistência contra o estabelecimento da autoridade do Senhor sobre a terra. Não só os Seus inimigos humanos serão destruídos mas também Satanás e os confederados dele serão presos no abismo por mil anos (Ap 20:1-3; Is 24:21-22; 14:9-17).
Desde que o Senhor virá ao Monte das Oliveiras (ao leste de Jerusalém) e pisará os Seus inimigos fora da cidade (Zc 14:4; Ap 14:20), parece que este conflito se estende através da Palestina, tendo Jerusalém como enfoque.
Julgamento
Após a batalha de Armagedom com a destruição do poder militar do mundo, o Senhor enviará os Seus anjos para trazer a Ele todos os viventes da terra (Mt 24:31; Jr 16:16-17). Isto será para verificar entre os moradores da terra quem é capaz para entrar no Seu reino milenar. Somente os que nasceram de novo serão qualificados (Mt 7:13-14,21-23; Jo 6:29; 3:1-7). A fim de verificar isto Ele julgará os sobreviventes judeus e gentios. Dois acontecimentos tem grande destaque nesta ocasião. Primeiro a Ressurreição dos Santos de Antes da Cruz e da Tribulação.
A passagem principal é Apocalipse 20:4-6, que fala desta ressurreição como sendo "a primeira ressurreição" (vs. 5,6). Levanta-se a pergunta de como esta ocasião pode ser chamada "primeira" quando a ressurreição dos santos da igreja já teria acontecido sete anos antes. A resposta se encontra no termo "primeiro". Este termo é usado para determinar o tipo de ressurreição, isto é, a ressurreição dos justos, em vez de contar o número de ressurreições.
Esta idéia esclarece a ressurreição do "ímpios ser chamada da segunda ressurreição, assim correspondendo com a "segunda morte", notada em Apocalipse 20:6,14. Aqui também, a idéia é do caráter do ressurreição, e não do número. Refere-se ao tipo de morte que é eterna.
O Apocalipse 20:4-6 indica que aqueles que foram "decapitados por causa do testemunho de Jesus", e que não "adoraram a besta", e nem "receberam a marca na fronte e na mão", serão ressurretos para viver e reinar "com Cristo durante mil anos".
O versículo 6 declara-os bem-aventurados e santos, afirmando que a "segunda morte" não terá autoridade sobre eles para fazê-Ios experimentar o tormento do inferno eterno. E repete que reinarão com Cristo por mil anos.
A ressurreição de que Daniel 12:2 fala deve ser a mesma, porque ocorre imediatamente após a tribulação. A tribulação é o assunto tratado no contexto, portanto, quando o versículo fala da ressurreição de "muitos dos que dormem no pó da terra", fala daqueles que viveram e morreram durante os sete anos da tribulação.
Este versículo sozinho não parece incluir os santos do Antigo Testamento, mas, ao compararmos com Daniel 12:13, se torna evidente esta conclusão.
Segundo acontecimento de destaque é a prisão de satanás. Ocorrerá que antes da inauguração do milênio será o aprisionamento de satanás. Durante a presente época, satanás está livre para ir onde quer, se promovendo, e impedindo o progresso do evangelho. Isto não acontecerá durante o milênio. Ap 20:1-3 trata do assunto da prisão de satanás.
A passagem fala de um anjo que desce do céu com a chave do "abismo" (grego, abussou), e "uma grande cor¬rente" na sua mão. Com a corrente o anjo prende Satanás. Satanás se chama aqui por quatro termos, "dragão", "ser¬pente", "diabo", e "Satanás", para identificá-lo claramente. Em seguida o anjo o lança "no abismo", onde estará seguro durante mil anos, o milênio. Ao fim deste período Satanás será solto por pouco tempo para "seduzir as nações" (Ap 20:8).
Agora vamos considerar o reino milenar.
A SUA DURAÇÃO
Na Sua segunda vinda para a terra, o reino terrestre de nosso senhor continuará por mil anos (Ap 20:1-7). Ao findar-se o tempo, Seu reino milenar ficará fundido com o reino universal do Pai (1 Co 15:24-28; Lc 1:33), e o Pai e o Senhor Jesus reinarão conjuntamente para sempre. Mesmo assim, Jesus como um homem continuará sendo o servo do Pai e Lhe ficará em sujeição para sempre(1 Co 15:28). Isto indica que haverá outros projetos divinos para o Senhor Jesus executar nos séculos vindouros (Ef 2:7), que ainda não foram revelados. O Seu povo servirá com Ele nesses projetos.
OS SEUS OBJETIVOS
Sendo os mesmos que pertencem à Sua obra messiânica, os seguintes objetivos do reino intermediário serão completados pela regência de nosso Senhor.
O Domínio da Terra e de Suas Criaturas (Hb 2:5-8)
O Senhor Jesus conseguirá realizar aquilo que Adão e sua posteridade não alcançaram (Gn 1:26,28; Sl cap. 8). Ele reinará sobre a terra duma maneira que refletirá a autoridade sábia e benéfica e que glorificará o Pai (Jo 12:28; 17:4).
A Sujeição de Todos os Rebeldes Contra Deus (1 Co 15:25; Fp 3:21)
Ao estabelecer o Seu reino, o Senhor Jesus lançará Satanás e os aliados demoníacos deste no abismo (Ap 20:1-3) e julgará os moradores da terra para verificar quem está qualificado para entrar no Seu reino (Mt 25:31-46). Os súditos não salvos que nasceram durante o milênio serão tratados no final do Seu reinado (Ap 20:7-9). Finalmente, sendo relacionados com o corpo não redimido, a morte e o pecado serão abolidos, com a transformação física dos moradores salvos da terra para a imortalidade e a ressurreição dos mortos não salvos (1 Co 15:25-26; Tg 1:15; Ap 20:12-14).
A Restauração da Terra ao Seu Estado Primordial (Cl 1:20)
Ao estabelecer o Seu reinado terrestre, o Senhor removerá a maldição divina imposta sobre a criação (Gn 3:17-19; Rm 8:19-23; Is 11:6-9), purificará a terra de sua poluição, a restaurará sua formosura e fecundidade original (Is 35).
O Cumprimento das Promessas Divinas da Aliança (Nm 23:19)
Quase todas estas promessas foram feitas a Israel (Rm 9:4), incluindo a terra (Gn 15:18; 17:8), a sua restauração para a terra (Dt 30:3-5), e o serem governados pela casa de Davi (2 Sm 7:16; Lc 1:31-33), jamais serem dispersos outra vez (2 Sm 7:10). Também o verdadeiro Israel junto com os gentios salvos gozarão as bênçãos da Nova Aliança (Jr 31:31-34; Hb 12:24; 8:6).
É digno de nota que o alvo supremo de tudo que o Senhor faz nas Suas obras messiânicas é glorificar o Pai (Jo 12:28; 14:13; 17:4; Fp 2:8-11). Isto também deve ser nosso alvo (1 Co 10:31).