terça-feira, 24 de novembro de 2009

Palestars escatológicas - XVI Vida Jovem - Várzea Alegre/Ce


Então virá o fim – Grande tribulação
Continuação.
Os selos quebrados – Ap 5:1 – 8:1
O primeiro grupo de eventos devastadores apresenta-se por uma série de selos de um rolo. O rolo é tirado da mão de Deus "sentado no trono" (Ap 5:6,7) por Cristo. A medida que Cristo abre o rolo, quebrando cada selo por vez, os vários eventos ocorrem. A natureza dos eventos sugere que começam logo após o início da tribulação e concluem na metade do período.
Os eventos apresentados pelos primeiros quatro selos quebrados são simbolizados por uma série de cavalos, cada qual de uma cor diferente e levando um cavaleiro.
O primeiro cavalo (Ap 6:1,2) é branco e carrega um cavaleiro que vai "para conquistar". Com nenhuma guerra aberta sendo denotada, é provável que a missão do cavaleiro é obrigar a viver em paz um mundo caracterizado por inquietação e distúrbios.
O segundo cavalo (Ap 6:3,4) é vermelho e o cavaleiro maneja uma espada, que ele possa "tirar a paz da terra". Aqui se vê a guerra representada, significando que um conflito de grandes proporções romperá logo após o término dos esforços do primeiro cavaleiro. Não há indícios da sua abrangência nem duração.
O terceiro cavalo (Ap 6:5,6) é preto e o cavaleiro carrega um par de balanças para pesar alimentos. O simbolismo é de fome, provavelmente resultando principalmente da guerra devastadora ante¬rior.
O quarto cavalo (Ap 6:7,8) é pálido (literalmente verde-amarelado) e o cavaleiro se chama Morte, possuindo poder "para matar à espada, pela fome, com a mortandade e por meio das feras da terra". Esta morte abrangedora resulta sem dúvida da guerra anterior e da fome.
O quinto selo quebrado (Ap 6:9-11) é bastante diferente, apresentando uma figura de santos no céu "mortos por causa da palavra de Deus". Aqui o simbolismo é de martírio. O significado claro é que perseguição tem acompanhado os outros eventos, provavelmente do começo do período da tribulação, com grandes números dos santos sendo mortos por sua fé.
O sexto selo quebrado (Ap 6:12-17) retrata convulsões enormes da natureza, que devastam a terra; homens em todo lugar, dos mais ricos aos mais pobres, clamarão em terror, "Escondei-nos da face daquele que se assenta no trono,...porque chegou o grande dia da ira deles". Estas revoltas são muitas vezes interpretadas como sendo um simbolismo de revoluções políticas na terra, mas podiam ter um significado literal, retratando convulsões reais da natureza (veja Mt 24:7).
O tempo envolvido
É provável que, com a abertura do sexto selo, a primeira metade da tribulação se finde. Isto é, os eventos simbolizados por estes seis selos quebrados acontecem nos primeiros três anos e meio do total de sete. Segue-se a seguinte evidência.
Primeiro: eventos de sofrimentos dobrados seguem estes acontecimentos acompanhando os selos quebrados. Várias considerações atestam esta conclusão.
(1) O texto (Ap 6:17) refere-se a pessoas chorando que o grande dia da ira de Deus chegou, como resultado do sexto selo sendo quebrado.
(2) Os castigos simbolizados pelas trombetas sendo tocadas e as taças sendo derramadas são descritos nos seguintes capítulos de Apocalipse como sendo mais severos que aqueles dos selos quebrados.
(3) Os primeiros versículos do próximo capítulo de Apocalipse (7:1-3) falam "dos quatro ventos da terra" sendo conservados por anjos até que 144 mil pessoas possam ser seladas para proteção deles; estes ventos representam os grandes julgamentos vindouros das trombetas tocadas e as taças quebradas. Dá a entender que o que está por vir é muito mais severo do que o que já aconteceu.
(4) A abertura do sétimo selo, de onde emergem as sete trombetas, é seguida por um silêncio marcante de meia-hora (Ap 8:1), sugerindo um senso de medo sinistro visto o que está prestes a acontecer.
Segundo: conforme Mateus 24:15-21, este aumento marcante de sofrimento vem imediatamente após o levantamento do "abominável da desolação, de que falou o profeta Daniel"; isto ocorre, conforme DanieI 9:27, no meio da tribulação.
Terceiro: Israel experimenta uma mudança marcante paralela no meio da tribulação. O Anticristo muda de ser um amigo leal de Israel e passa a ser um inimigo mortal. Então, Israel experimenta uma mudança brusca de quando gozava bons tempos e passa a enfrentar uma terrível perseguição.
As trombetas tacadas
Agora vamos considerar o primeiro grupo destas punições mais severas. Notem que estas ocorrem logo após o meado da semana de tribulação. Sete anjos, em pé na presença de Deus, recebem sete trombetas. À medida que cada um toca por sua vez a trombeta, os eventos de punição ocorrem. O soar das trombetas deve seguir o quebrar dos selos, visto que emergem do sétimo selo (Ap 8:1,2). As primeiras quatro trombetas, como os primeiros quatro selos, são semelhantes e podem ser tratadas juntas.
Quando a primeira trombeta soa (Ap 8:7), um terço das árvores e toda a relva se queimam.
Ao soar da segunda (Ap 8:8,9), um terço do mar se torna em sangue, resultando na perda de um terço de todos os navios e vida marinha.
Quando a terceira toca (Ap 8:10,11), uma estrela grande, chamada Absinto (Amargura), cai e contamina um terço dos rios.
E ao tocar da quarta (Ap 8:12), uma terça parte do sol, lua e estrelas se escurecem, diminuindo em um terço a luz brilhando durante dia e noite. Existe uma vasta diferença de opinião sobre a natureza da destruição e a identidade dos objetos destruídos. Uns acreditam que os itens alistados aqui deviam ser considerados simbolicamente, representando entidades como: governo humano, o império Romano, religião apóstata, pessoas Importantes do período da tribulação, etc. Porém, parece sábio considerá-los literalmente.
Vamos prosseguir para considerar as três últimas trombetas. Estas claramente envolvem sofrimento ainda mais severo; os sofrimentos revelados na medida que as trombetas soam são descritos como "ais".
O primeiro destes ais (quinta trombeta, Ap 9:1-12) envolve uma multidão de criaturas chamadas "gafanhotos" que trazem terrível tormento aos homens em geral, exceto aqueles que “foram selados ...em suas frontes", isto é, os 144 mil (Ap 7:3,4).
O segundo ai (sexta trombeta, Ap 9: 13-19) envolve um exército de 200 milhões de cavaleiros, que matam uma terça parte dos homens. Desde que as armas deste vasto exército são fogo, jacinto e enxofre (Ap 9:17). Note um contraste entre estes dois julgamentos: O primeiro traz somente tormento severo; o segundo traz a morte.
O terceiro ai (sétima trombeta, Ap 11: 15-19), que segue após a descrição de vários outros assuntos (Ap 10:1-11; Ap 13), toca, em contraste com os outros dois, o estabelecimento do milênio de Cristo. E se qualifica como um "ai" julgamento, igual aos outros dois, porque fala da destruição de poderes hostis ao programa de Deus, particularmente ao Anticristo. Porque esta sétima trombeta representa a implantação do reino, é evidente que as sete trombetas juntas simbolizam eventos cobrindo a segunda metade inteira da semana de tribulação.
As taças de ira derramadas
Devido o fato de os julgamentos das trombetas caírem sobre os três anos e meio do período, uma questão é levantada sobre quando ocorrerão os últimos julga¬mentos.
Uma resposta sugerida é que os julgamentos das taças acontecem simultaneamente aos julgamentos das trombetas e representam basicamente as mesmas formas de castigo.
A base para esta opinião se encontra em certas semelhanças marcantes que existem entre as trombetas e as taças.
Uma das dificuldades com este ponto de vista é que Apocalipse 15:1 fala das taças como representando os "sete últimos flagelos"; e também há diferenças tanto quanto semelhanças entre os dois grupos de juízos.
Uma idéia melhor é pensar que os julgamentos das taças acontecem num curto período de tempo, bem no fim do período inteiro. Seguiriam a maioria dos julgamentos das trombetas, mas nem todos, porque pelo menos o sétimo julgamento da trombeta, tratando do estabelecimento do reino, vem um pouco depois do fim da tribulação.
As seguintes semelhanças existem entre os dois grupos de julgamentos:
Os primeiros quatro julgamentos de cada grupo tocam os mesmos aspectos do universo: o primeiro com a terra (Ap 8:7;16:2), o segundo com o mar (Ap 8:8,9;16:3), o terceiro com rios (Ap 8:10,11;16:4-7), e o quarto com o espaço (Ap 8:12;16:8,9).
E o sexto julgamento de cada grupo menciona o Rio Eufrates como ligado às forças destrutivas (Ap 9:13-19;16:12-16). O sétimo julgamento refere-se claramente ao fim do período de sete anos.
Há diferenças marcantes, não somente em muitos aspectos detalhados dos julgamentos correspondentes, mas também em duas áreas gerais.
Primeiro, os dois grupos de julgamentos contêm caracterizações básicas contrastantes. Os julgamentos das trombetas são proclamados publicamente pelo soar das trombetas, assim enfatizando a extensão do seu efeito. Os julgamentos das taças, sendo enviados pelo derramamento das taças da ira de Deus, são apresentados como castigos planejados decididamente por Deus.
Segundo, os julgamentos das taças, diferente dos julgamentos das trombetas, são semelhantes às pragas de Egito, (Ap 15:1,6) e mostram alguns paralelos nos tipos de pragas envolvidas.
Os sete julgamentos das taças
O conteúdo despejado da primeira taça de ira (Ap 16:2) resulta num surto de úlceras terríveis saindo na pele dos seguidores do Anticristo (assim correspondendo à sexta praga, Êx 9:8-12). Estas feridas parecem durar até o tempo do quinto julgamento (Ap 16:11).
O conteúdo da segunda taça (Ap 16:3) faz morrer tudo nos mares, tornando-se em "sangue como de morto" (correspondendo à primeira praga, Êx 7:20,21).
O conteúdo da terceira taça (Ap 16:4-7) muda os rios em sangue, fazendo com que as pessoas que "derramaram sangue de santos e de profetas" tenham que beber desse sangue (também correspondendo à primeira praga).
O conteúdo da quarta taça (Ap 16:8,9) dá poder ao sol de matar pelo calor excessivo.
O conteúdo da quinta taça (Ap 16:10,11) traz escuridão sobre o reino da "besta" o Anticristo (assim correspondendo à nona praga, Ex 10:21-23); este julgamento parece antecipar a destruição completa que virá logo às mãos de Cristo.
O conteúdo da sexta taça (Ap 16:12-16) fará o Rio Eufrates secar e "três espíritos imundos semelhantes a rãs" (correspondendo à segunda praga, Êx 8:1-6) emergirem das bocas respectivamente do "dragão" (Satanás), da "besta" (o Anticristo), e do "falso profeta" (o sócio religioso do Anticristo). Estes três espíritos reúnem os reis da terra na batalha em Armagedon.
O conteúdo da sétima taça (Ap 16:17-21) causa grandes convulsões naturais, trovão, relâmpagos e terremotos de grande intensidade, que completamente derrubam a organização dos homens e trazem ao fim a semana da tribulação.
Religiões Falsa e Verdadeira
Ao mesmo tempo que estes três grupos de julgamentos acontecem, há um desenvolvimento significativo tanto na religião falsa quanto na religião verdadeira. Por um lado, a igreja apóstata cresce e assume uma alta posição de poder; por outro lado, um número importante de pessoas, conhecidas como santos da tribulação, exercem fé pessoal em Cristo para a salvação.
Existe pouca relação entre os dois grupos em termos do seu respectivo desenvolvimento, mas, logo depois do começo da tribulação, o primeiro grupo, mais poderoso, persegue severamente o segundo.
A Igreja Apóstata
Mesmo que não houvesse descrição de uma igreja apóstata nas Escrituras, como existente durante a semana da tribulação, poderia se adivinhar que estaria presente. Tal igreja existe hoje; seus membros não serão incluídos no arrebatamento da igreja verdadeira. Com a igreja verdadeira extraída, somente a igreja apóstata existiria, e não haveria razão para se pensar que iria se desfazer.
Muito pelo contrário, porque sendo a natureza humana religiosa, pode se esperar que esta igreja ganhe muitos adeptos e se firme no poder mundial. A igreja sempre teve grupos apóstatas, mas na história recente, com o avanço do modernismo, cresceu a amplitude da apostasia. Este crescimento vem sendo ajudado pelo movimento ecumênico, que prega a unificação de várias denominações em federações de igrejas. Cada vez que tal união foi feita, foram necessários comprometimentos de princípios, resultando numa maior deturpação da verdade.
O livro de apocalipse fala muito sobre este grupo religioso, especialmente nos capítulos 17 e 18, usando a figura de uma meretriz e o nome “Babilônia”. É evidente que refere-se à igreja apóstata devido a vários fatores:
1. A figura de uma mulher infiel encaixa com a igreja apóstata porque a igreja verdadeira se compara muito a uma noiva no Novo Testamento (veja Rm 7:4; 2 Co 11:2; Ef 5:25-33; Ap 19:7,8). A igreja verídica é assim uma noiva fiel enquanto a igreja apóstata é uma infiel.
2. Há um contraste evidente entre a mulher apresentada em Apocalipse 17 e a apresentada em Apocalipse 12; a última é identificada (corretamente) como Israel. Porque o Antigo Testamento usa a figura de uma esposa em relação a Israel, este contraste da esposa infiel em Apocalipse 17 encaixa bem.
3. O nome “Babilônia” liga esta pessoa com a cidade de Roma, porque o termo babilônia quase certamente era usado figurativamente para indicar Roma já nos tempos da igreja primitiva. “Babilônia” e Roma eram cidades especialmente fortes e dominantes nos seus respectivos períodos e ambas oprimiram o povo de Deus.
4. Esta mulher não pode ser Roma como uma entidade política porque ela monta a "besta" em Apocalipse 17, e, conforme Apocalipse 13:1-10, esta besta simboliza a Roma política. Ela é, sem dúvida, a Roma eclesiástica, isto é, Roma como a sede geográfica da igreja apóstata.
A figura da mulher montando a besta mostra a Roma política apoiando a igreja apóstata, e a igreja influenciando grandemente o rumo da Roma política. Outra razão por que a mulher não podia ser a Roma política é que finalmente os dez reis da Roma política chegam a matá-Ia (Ap 17:16).
O significado da igreja apóstata sendo simbolizada como uma meretriz se torna evidente - isto é, para demonstrar como este grupo deturpa o propósito da igreja verdadeira.
Perseguição dos santos da tribulação
Como notamos anteriormente, um outro grupo religioso existirá durante o período da tribulação. Será composto de pessoas chamadas geralmente de "santos da tribulação"; sobre eles a igreja apóstata fará extrema perseguição.
Apocalipse 7:9-17 estabelece a existência deste grupo. Ali o grupo é descrito como "grande multidão que ninguém podia enumerar" em pé diante do trono de Deus (v. 9), tendo saído "da grande tribulação" com vestiduras lavadas "e as alvejaram no sangue do Cordeiro" (v. 14).
Dá-se a entender que estas pessoas morreram como mártires durante a tribulação, e que agora suas lágrimas, resultantes dos sofrimentos, estão sendo enxugadas de seus olhos (v. 17).
São gentios, visto que no contexto são distinguidos de outro grupo que definitivamente é composto de judeus (Ap 7:4-8). Isto é esclarecido pela declaração que vêm de "todas as nações, tribos, povos e línguas" (v. 9).
Note também que o martírio ocorre na primeira metade da semana de tribulação, porque esta descrição de Apocalipse 7:9-17 vem entre a abertura dos sexto e sétimo selos (cf. Ap 6;12; 8:1). De fato, existe evidência que haverá considerável martírio até o tempo representado pelo quinto selo. Quando este selo estiver aberto, se verá uma multidão no céu "aqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus" (Ap 6:9-11).
Três pontos referentes a este grupo de santos merecem consideração especial.
O primeiro trata da maneira como estas pessoas serão informadas sobre o Evangelho, para que possam se tornar santos de Deus. Quem testemunhará para eles, quando a igreja já tiver sido levada para o céu?
É bom esclarecer o seguinte: o apóstolo adverte as pessoas contra o pensamento que a tribulação será um tipo de "segunda chance” para pessoas que ouviram o evangelho, mas não aceitaram serão salvas. Os que pensarem em se arriscar, não aceitando Cristo quando havia a oportunidade durante esta época, serão iludidos a crer no Anticristo, porque ele terá poder para fazer “sinais e prodígios da mentira”. Porém, a fonte primária provavelmente será Bíblias, livros religiosos, folhetos que ainda estarão aqui na terra. Da leitura destes, as pessoas poderão aprender do Evangelho e ser tocadas e pôr sua confiança em Cristo.
O certo é que este grupo numeroso de pessoas, realmente exercitando fé em Cristo, sofrerá perseguição intensa nas mãos da igreja apóstata. Vê-se a evidência não somente pela existência de tantos mártires no céu, mesmo no meio da tribulação, mas também por declarações diretas em Ap 17:6 e 18:24.
Em 17:6, a mulher montada na besta é vista "embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus".
Em 18:24, a declaração é feita que na igreja apóstata "se achou sangue de profetas, de santos, e de todos os que foram mortos sobre a terra". Nesta atividade terrível, certamente a igreja apóstata terá o apoio, senão o incentivo, do Anticristo, que em outras passagens é descrito como trazendo perseguição severa sobre os santos de Deus (Ap 13:7; cf. Dn 7:25).
Milhares sofrerão martírio, e outros milhares sofrerão de outras maneiras horríveis. O destino dos santos da tribulação não será fácil.
A revelação de Cristo
É um termo usado para designar a volta de Cristo à terra no fim da grande tribulação. Trata-se do retorno de Cristo com os santos da igreja, os arrebatados anteriormente, para resgatar Israel que está sendo oprimido pelo Anticristo.
Concluímos então, que a grande tribulação tem o propósito é retribuir as nações do mundo por seus pecados. O outro propósito para a tribulação é preparar o Israel para receber o seu Messias.
Será um período de sofrimento sem precedente, e não pode ser visto como uma segunda chance para os amigos do evangelhos.

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Bibliografia:
Panorama de Escatologia – Leon J. Wood
Apostila de Escatologia – Pr. Almir Marcolino Tavares

Palestras Escatológicas - Congresso Vida Jovem - Várzea Alegre/Ce


Então virá o Fim – A Grande Tribulação
Enquanto a igreja arrebatada descansa no céu, um período de sete anos de tribulação ocorrerá na terra. As Escrituras descrevem claramente este período.
Geralmente as referências bíblicas sobre este período são apresentadas de dois modos distintos.
1. Como a época de tribulações mais severas na história
Há quatro passagens clássicas das Escrituras que falam deste tempo como sendo de um sofrimento mais terrível do que em qualquer outro período da história. As quatro passagens devem se referir ao mesmo período porque só pode haver um tempo assim descrito. A mais conhecida das quatro fica no Novo Testamento, e designa este tempo de "grande tribulação". (Mt 24:21 cf. Mc 13:19)
As outras três passagens se encontram no Antigo Testamento. Uma é Jeremias 30:7; Outra em DanieI12:1; e a terceira é JoeI2:2.
2. Como "o dia do Senhor"
Muitas outras passagens das Escrituras se referem a este período como "o dia do Senhor". Devido a importância deste termo, é preciso alguns esclarecimentos.
O termo ocorre freqüentemente em ambos, Antigo e Novo Testamentos. No Antigo, vemos, "o dia do Senhor (Yahweh)" (cf. Is 2:12; 13:6,9; Ez 13:5; 30:3; Jl1:15; 2:1,11; Am 5:18,20; Ob 15; Sf 1:7,14; Zc 14:1; MI4:5); e no Novo, como: "o dia do Senhor (kuriou)"; (veja At 2:20; 1 Ts 5:2; 2 Ts 2:2; 2 Pe 3:10).
Uma forma breve, "o dia" "aquele dia" ou "o grande dia" ocorre ainda mais freqüentemente em contextos bastante similares para sabermos que se fala geralmente do mesmo período. Em tais passagens o pensamento normalmente trata de castigo e sofrimento, através do qual a ira de Deus está sendo derramada em julgamento.
Nos textos do Antigo Testamento, falando dos tem¬pos antes do cativeiro, o sofrimento, tratado refere-se ao presente e ao futuro. Isto é, duas ocasiões foram profetizadas quando sofrimentos seriam experimentados: Uma no futuro próximo e outra no futuro distante, com a última sendo mais severa. O sofrimento do futuro próximo falava do cativeiro babilônico, e do futuro distante, a grande tribulação.
Conforme as Escrituras o Período da Tribulação serve para dois propósitos principais:
1º) Castigo para a terra
Um propósito é retribuir as nações do mundo por seus pecados. Todo homem tem sido pecador; e todas as nações, como grupos de indivíduos, também têm seguido caminhos desagradáveis a Deus. O mundo nunca testemunhou a existência abençoada possível na terra, porque o pecado tem impedido que recebamos os benefícios graciosos que Deus guarda para nós. Um dia experimentaremos estas bênçãos quando Cristo reinar em justiça e perfeição durante o milênio. Antes desse tempo, entretanto, é preciso uma prestação de contas, um período de retribuição para as nações da terra.
Apocalipse 3:10 fala desse tempo como "a hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra".
Em Salmo 2:5, após contar da oposição contínua que o mundo faz contra Deus e Sua vontade, o Salmista diz, "Na sua ira, a seu tempo, lhes há de falar, e no seu furor os confundirá". Na seqüência, claramente, o escritor se refere diretamente ao período milenar.
O segundo propósito é descrito como:
2. "O tempo de angústia para Jacó
O outro propósito para a tribulação é preparar o Israel para receber o seu Messias. O povo de Deus deverá ter uma atitude receptiva ao seu Messias. Os judeus não estavam prontos para receber Cristo na primeira vez que Ele veio, e ainda não estão prontos hoje em dia. Portanto, uma mudança é necessária. Tal mudança fará com que eles se preparem para aceitar Aquele que rejeitaram por tanto tempo. Eis a razão do sofrimento extremo do período da tribulação.
Jeremias expressa este pensamento na sua descrição da tribulação como "o tempo de angústia para Jacó" (30:7). Zacarias fala do grau de sofrimento envolvido em linguagem muito sóbria ao falar, "Em toda a terra, diz o Senhor, dois terços dela serão eliminados, e perecerão; mas a terceira parte restará nela" (13:8).
Dois terços do povo serão cortados da terra, uma devastação que desafia a plena compreensão, porque nunca antes nada igual aconteceu. Então Zacarias declara o significado desta devastação, dizendo, "Farei (Deus) passar a terceira parte pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a prata, e a provarei, como se prova o ouro". E conclui, dizendo o resultado desta experiência arrasadora: "Ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei; direi: É meu povo, e ela dirá: O Senhor é meu Deus" (13:9).
Duração do Período
O período da tribulação freqüentemente é designado como a Semana da Tribulação. Este termo vem da visão de Daniel das setenta semanas (Dn 9:20-27); o período da tribulação é identificado como a septuagésima semana. Visto que a duração desse período é tirado em grande parte desta citação, devemos debater a visão e mostrar a validade da mesma.
A visão se encontra em Daniel 9. Nos versículos 3-19, Daniel ora para que Deus perdoe o pecado do Seu povo e que Deus se alegre em logo trazer ao fim os setenta anos de cativeiro na Babilônia. Nos versículos 20-23, o anjo Gabriel aparece ao profeta enquanto ora, para externar a resposta de Deus a esta oração. A resposta não vem na forma direta, mas como uma declaração dos planos futuros de Deus para com os judeus. Embora não dita claramente, infere-se a volta judaica do cativeiro, porque seria necessário para efetuar os planos divinos. Os planos referem-se a um período de setenta semanas em que certos assuntos seriam tratados.
Estas semanas não são semanas de dias, e sim semanas de anos. A palavra hebraica traduzida "semanas" significa "setes", e se aplica tanto a setes de anos, quanto a setes de dias. Os judeus eram familiarizados com a idéia de setes de anos, devido o ano de descanso, que vinha ao fim de cada período de sete anos (veja Êx 23:10,11; Lv 25). De fato, os judeus estavam familiarizados com a idéia de setenta "semanas" de anos, porque o cativeiro de setenta anos, terminando quando Daniel recebeu esta visão, tinha que ser um período de setenta semanas.
Estes setenta anos tinham que ficar no lugar dos setenta anos de descanso anteriores que não foram cumpridos pelo povo por causa da desobediência (veja Lv 26:34,35; 2 Cr 36:21).
Explicando o que aconteceria durante estas setenta semanas de anos (490 anos), primeiro o anjo descreve duas divisões das setenta, um grupo de sete semanas e um grupo de sessenta e duas semanas; o total de sessenta e nove (483 anos) semanas terminaria com o aparecimento do Messias (Dn 9:25).
No fim destas sessenta a nove semanas dois eventos ocorreriam: a eliminação do Messias, se referindo à crucificação de Cristo, e a destruição da "cidade e do santuário", se referindo à destruição de Jerusalém e do Templo em d.C. 70, uns quarenta anos após a crucificação. Somente após a descrição destes dois eventos o anjo chega à terceira divisão do tempo total, a septuagésima semana.
Esta é a semana desta discussão, a semana identificada com o período da tribulação. Se esta identificação for correta, um lapso longo de tempo tem que ser colocado entre as primeiras sessenta e nove semanas e esta última, uma brecha estendendo-se desde a primeira Vinda de Cristo até o começo da tribulação.
Existem evidencias numerosas para sustentar a idéia desta brecha. Exemplo: A septuagésima semana é tratada no texto separadamente das outras sessenta e nove. Isto sugere algo diferente sobre ela, como uma separação no tempo. A visão de Daniel, sobre as semanas, já se refere à existência de um espaço de tempo. Em Mateus 24:15 (cf. Mc 13:14), Jesus menciona "o abominável da desolação, de que falou o profeta Daniel", como parte do período da tribulação; Dn 9:27). Assim, Jesus se refere a este versículo como tratando da tribulação.
A divisão da semana de tribulação
Diante destas evidências, podemos concluir corretamente que a septuagésima semana de Daniel pode ser identificada como sendo a tribulação que fixa sua duração em sete anos. Note também que este período se divide em metades iguais de três anos e meio cada, como estabelecido por esta passagem.
Em Daniel 9:27, Gabriel declara que no começo da septuagésima semana, um acordo de algum tipo será feito, provavelmente um tratado de não-agressão e respeito-mútuo entre o Anticristo e Israel. Tal acordo asseguraria um período de tranquilidade para Israel.
Portanto, no meio da semana, esta aliança será quebrada. O Anticristo fará cessar os sacrifícios e ofertas judaicas e após isto iniciará um tempo de aflições severas. Isto significa que a semana será divida numa primeira metade de paz para Israel e uma segunda metade de dificuldades. O termo de Jeremias "o tempo da angústia de Jacó" aplica-se a esta segunda parte.
Sofrimento sem precedente
O sofrimento de Israel virá mais pelas atividades do Anticristo, mas o sofrimento do mundo virá principalmente de eventos mundiais devastadores, simbolizados no livro de Apocalipse pelas figuras de selos quebrados, trombetas tocadas, e taças de ira derramadas. Estes eventos serão direcionados aos gentios, com a nação de Israel sendo poupada deles em grande parte. Sugere-se isto em trechos como Is 26:20,21.

sábado, 7 de novembro de 2009

palestras Escatológicas - XVI Vida Jovem - Várzea Alegre/Ce


Continuação.
E Então Virá o Fim.
O Tribunal de Cristo e Bodas do Cordeiro
O tribunal de Cristo é o lugar onde Cristo julgará os cristãos, imediatamente após o arrebatamento, com base na sua conduta como crentes, com o resultado que alguns receberão galardões e outros sentirão a perda de prêmios por omissão.
Acontecerá logo após o encontro inicial com o Salvador. O caso a ser tratado não se refere ao estado "salvo" ou "perdido" dos réus, porque somente aqueles já pertencentes à igreja serão julgados neste tempo. Quem não creu em Cristo como Salvador pessoal e que não foi justificado pelo Pai não estará presente. O assunto será outro, a conduta de vida de cada pessoa desde que se converteu á Cristo.
O termo usado nas Escrituras para se referir a esta ocasião é "o tribunal de Cristo"; emprega-se em 2 Co 5:10 e Rm 14:10. O "tribunal" (grego - bema) do mundo Grego e Romano era o lugar onde um juiz sentava. Por exemplo, usa-se a palavra "bema" do lugar onde Pilatos sentou quando se pronunciou sobre Cristo (Mt 27:19; Jo 19:13) e do lugar onde Gálio sentou quando Paulo foi levado perante ele em Corinto (At 18:12,16; cf. 25:6). Então, o tribunal de Cristo será o lugar onde Cristo promulgará julgamento aos santos arrebatados, glorificados da igreja.
A Necessidade do tribunal
As escrituras são bem claras que todos os homens salvos ou perdidos, são responsáveis perante Deus. Isto significa que deverá haver um período de julgamento para cada pessoa.
O tribunal de Cristo é onde isso vai acontecer para os salvos. Várias passagens indicam a necessidade desta ocasião de juízo.
Em Mateus 12:36, Jesus diz que "toda palavra frívola que proferirem os homens" será chamada à prestação de contas; isto é uma declaração geral, na certa se referindo aos salvos e perdidos.
Em Gálatas 6:7, Paulo dá o princípio que todos vão colher o que semearam. E em Colossenses 3:24,25, Paulo fala em particular aos cristãos quando diz que os que servirem bem ao Senhor receberão "do Senhor a recompensa da herança”, mas os que fizerem errado colherão pelo errado que fizeram.
E mais, ambos os textos mencionados e identificados na ocasião são significantes. Romanos 14:10-12 diz que “cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus", referindo claramente aos cristãos. Indica que ninguém estará isento nesta questão.
O mesmo pensamento é expressada em 2 Coríntios 5:10 com as palavras: "Importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo".
O tempo do julgamento
Este julgamento de cristãos acontecerá logo após o arrebatamento e certamente durante o período de sete anos de tribulação:
Em primeiro lugar, é sustentado por dedução lógica. Se crentes hão de ser julgados pelas obras feitas antes do arrebatamento, faz sentido que tal julgamento seguir-se-á de perto ao arrebatamento. Parece lógico fazer saber os resultados do julgamento o mais cedo possível.
Em segundo lugar, em Lucas 14:14, Jesus diz que a recompensa pelas obras praticadas será entregue "na ressurreição dos justos", e isto acontecerá, como vimos, na época do arrebatamento.
Em terceiro, 1 Coríntios 4:5 e Apocalipse 22:12 indicam que Cristo conferirá galardões na época de Sua vinda para os Seus, com a sugestão que acontecerá muito perto daquela vinda.
Os resultados do julgamento
Os resultados do julgamento serão ou um galardão por obras aprovadas ou uma sensação de perda por feitos desaprovados. Isto é claro pela maneira como Paulo trata o assunto em 1 Coríntios 3:9-15. Ele fala sobre material de construção de duas categorias: "ouro, prata, pedras preciosas" não sujeitas a destruição de fogo, e "madeira, feno, palha" que o são.
Ele declara que os "cooperadores de Deus" podem construir com materiais de uma ou outra classe no seu serviço por Ele; mas o fogo do juízo revelará de que classe vêm. Aquele cujas obras são da primeira categoria "receberá galardão", mas aquele cujas obras não resistem ao fogo, "sofrerá ele dano". As obras que agradam a Deus, que fazem uma contribuição digna ao "edifício de Deus", serão declaradas "ouro, prata, pedras preciosas"; os feitos que não O agradam, que não contribuem ao edifício, serão julgados "madeira, feno, palha".
Nesta passagem não há descrição da natureza dos galardões a serem recebidos pelas obras aceitáveis, mas passagens paralelas sugerem que a recompensa tomará a forma de "coroas". Distingue-se cinco "coroas" distintas em vários textos:
(1) a "coroa incorruptível" para aqueles que dominam a velha natureza (1 Co 9:25);
(2)uma "coroa em que exultamos" para aqueles que levam outros a Cristo (1 Ts 2:19);
(3) uma "coroa de justiça" para os que amam a vinda de Cristo (2 Tm 4:8);
(4) uma "coroa da vida" para aqueles que mantém o seu amor pelo Senhor no meio de tribulação (Tg 1:12);
(5) uma "coroa de glória" para aqueles que são bons pastores do rebanho de Deus (1 Pe 5:4).
Não foi revelado se coroas verdadeiras de vários estilos serão entregues ou se a palavra "coroa" é simbólica. De certo, Deus conferirá com justiça, conforme o que cada pessoa merece. A perda experimentada por aqueles cujas obras foram queimadas não diz respeito à salvação da pessoa. Paulo esclarece isto na passagem tratada ao acrescentar, "mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo"(1 Co 3:15).
A perda trata de galardões. A pessoa não receberá uma coroa, resultando num senso de vergonha e perda que não utilizou melhor o seu tempo na terra.
Paulo parece ter previsto tal possibilidade para si e desejava ardentemente evitá-Ia, ao escrever, "esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado" (1 Co 9:27). Ele não falava de perder a salvação, porque não se pode perder isto, mas de perder a sua utilidade na construção do "edifício de Deus" e, como resultado, perder o seu galardão.
Todo cristão deveria considerar cuidadosamente o fato deste tempo vindouro de juízo. Uma vida desperdiçada vai parecer muito tola ao ficar perante Cristo naquele dia.
As Bodas do Cordeiro
Há um segundo evento que ocorre para os santos da igreja logo após o arrebatamento. Apocalipse 19:7-9 refere-se a isto como "as bodas do Cordeiro". Nesta ceia Cristo será o Noivo e a igreja será a Sua noiva.
As figuras de um noivo e sua noiva em se referir a Cristo e Sua igreja são usadas freqüentemente em outras passagens do Novo Testamento (veja, por exemplo, Jo 3:29; Rm 7:4; 2 Co 11:2; Ef 5:25-33).
As bodas celebrarão a união formal de Cristo com a Sua igreja num relacionamento eterno. Até este momento estavam separados, Um no céu e a outra na terra, mas deste instante em diante estarão sempre juntos.
O período do casamento
Linho fino é a roupa adequada para um servo na presença de um rei (Gn 41:2). Foi usado nas vestes sacerdotais no Velho Testamento (Êx 8:5,6,8,15,39,42).
Deus vestiu sua esposa em linho fino (Ez 16:10,13). Linho finíssimo mostra a pureza dos servos de Deus. A noiva que se apresenta a Cristo é vestida de linho fino.
O casamento ocorrerá entre o arrebatamento e a volta de Cristo à terra após a tribulação. Não precederá o arrebatamento, porque até aquele momento os dois permanecem separados.
Não será após a vinda ao fim da tribulação, porque, em primeiro lugar, a descrição das bodas antecipa o relato daquela volta em Apocalipse 19:11-21.
E, segundo, a igreja vem com Cristo como Sua noiva, naquela volta. Provavelmente segue o "tribunal de Cristo", porque nas bodas a igreja será vestida em "atos de justiça dos santos". Isto sugere que esta justiça já terá sido julgada e achada válida. O tempo deste evento não pode ser estabelecido mais do que isto.
Pode haver significado no fato de ser descrito em Apocalipse logo antes da vinda de Cristo a terra. Por outro lado, a lógica aponta uma ocasião mais cedo, logo após o julgamento; visto que a igreja estará na presença de Cristo do tempo do tribunal em diante, não parece haver necessidade para atrasos. Tudo que pode ser dito é que ocorre em algum ponto entre o tribunal e a volta após a tribulação.
Concluímos com a certeza que o arrebatamento é o primeiro evento do inicio do fim. Acontecerá de maneira repentina e sem aviso. Os mortos em Cristo ressuscitarão primeiros e os servos de Cristo vivos terão seus corpos transformados.
Ocorrerá na ocasião o tribunal de Cristo, onde os servos do Senhor serão julgados segundo suas obras. Não é um julgamento para salvação. os. Haverá entrega de galardões para aqueles que realizaram a obra do Senhor com a motivação correta, também haverá vergonha por obras reprovadas. Segue após o tribunal de Cristo a bodas do cordeiro, que é a celebração da união formal de Cristo com a Sua igreja.
Enquanto isso estará ocorrendo na terra, a grande tribulação.
Você esta preparado para a vinda do Senhor?


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Bibliografia:
Panorama de Escatologia – Leon J. Wood
Apostila de Escatologia – Pr. Almir Marcolino Tavares

Palestras Escatológicas - XVI Vida Jovem - Várzea Alegre/Ce


Continuação.
Então Virá o Fim
Arrebatamento
Introdução:
Já vimos que os eventos circunstancias do fim se inicie, é chamado dentro da escatologia de Sinais dos tempos. São alguns sinais de ordem geral e outros específicos.
Você está preparado para observar os sinais que precederam o fim?
O primeiro acontecimento na série de eventos dos últimos dias é o arrebatamento da igreja, fizemos uma inversão hoje ao apresentar o segundo evento, a grande tribulação, mas por conta da quantidade de informações que o tema exigiu.
Não há meio de saber quando ocorrerá, mas, ao acontecer, desencadeará outros eventos que, por sua vez, seguir-se-ão de uma maneira previsível. Significa Que o arrebatamento é o evento profético que a igreja aguarda, e pode acontecer a qualquer momento.
Como sinal da sua importância, menciona-se o arrebatamento muitas vezes nas Escrituras. Jesus falou dele ao começar a Sua última mensagem aos discípulos antes da crucificação, dizendo, "voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou estejais vós também" (Jo 14:3). A passagem revela várias coisas sobre o arrebatamento.
Primeira, será um evento programado; na hora da Sua despedida, Cristo já visava seu retorno para os discípulos.
Segunda, é relevante aos seguidores de Cristo. Ele falava somente aos discípulos quando fez a promessa.
Terceira, o retorno de Cristo para os seus será pessoal. Ele próprio virá em vez de manda um anjo, ou dar uma permissão geral para a igreja se juntar a Ele.
Quarta, o resultado do arrebatamento é que a igreja sairá do mundo. A igreja não permanecerá aqui na terra em alguma posição melhorada, mas será levada da terra para o céu.
Outra passagem importante é 1 Coríntios 1:7, onde Paulo se refere ao arrebatamento com as palavras, "aguardando vós a revelação de nosso Senhor Jesus Cristo". Neste pensamento ele baseou a exortação aos crentes de Corinto, "de maneira que não vos falte nenhum dom", enquanto procuravam servir e viver para Deus. Assim Paulo diz que a esperança do arrebatamento dá sentido para que a vida do cristão seja totalmente dedicada a Deus.
Em Filipenses 3:20 Paulo fala do arrebatamento como sendo o tempo quando os cristãos irão ao lugar da sua verdadeira cidadania. O pensamento é que, uma vez que o lar final do crente é o céu e não este mundo, ele anseia chegar lá.
O escritor do livro aos Hebreus menciona o arrebatamento ao contrastar o propósito da segunda vinda de Cristo ao alvo da primeira vinda, Hb 9:28.
O pensamento é que Cristo veio à primeira vez para pagar a penalidade do pecado do homem, mas a segunda vez virá para libertar o homem do mundo. A frase, "sem pecado", não quer dizer que Cristo tinha pecado na Sua primeira vinda, certamente; mas na segunda vinda Ele não estará envolvido de nenhum modo com o pecado, como foi na primeira vinda ao carregar os pecados do homem.
O mesmo escritor se refere ao arrebatamento novamente como sendo uma razão de esperança por parte dos crentes aflitos, Hb 10:37. O arrebatamento é uma fonte de consolação para cada filho de Deus, visto que qualquer tipo de sofrimento aqui na terra acabará, pois Cristo voltará para trazer libertação.
Distinguido da Revelação de Cristo
A vinda de Cristo no arrebatamento deve ser distinguida da Sua vinda na chamada revelação de Cristo. Esta última aparição não ocorrerá antes da tribulação e terá outro propósito. A revelação foi tratada pela manhã. Entretanto, é bom anotar algumas diferenças básicas entre as duas aparições.
Primeira: a revelação acontece após a tribulação enquanto o arrebatamento ocorre antes. Isto se vê, por exemplo, em Mateus 24:29,30. Significa que as duas vindas são separadas por sete anos.
Segunda: descreve-se a revelação como uma vinda "em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus" (2 Ts 1:8). Aqui o quadro é diferente da Sua vinda para receber a Sua igreja para Si.
Terceira: Ele volta na revelação com os Seus santos, não para buscá-Ios, como no arrebatamento. Judas 14 declara, "Eis que veio o Senhor entre suas santas miríades".
Quarta na revelação, Cristo desce a terra, vindo ao Monte das Oliveiras (Zc 14:4) de onde ascendeu ao voltar ao céu. Entretanto, no arrebatamento Ele desce só até as nuvens para encontrar os Seus santos nos ares.
Descrito em 1 Tessalonicenses 4:13-18
Um dos relatos mais completos do arrebatamento encontra-se em 1 Ts 4: 13-18. Esta passagem exige atenção especial.
Quando Paulo escreveu a primeira epístola aos tessalonicenses, ele os havia deixado há poucas semanas atrás. Fora forçado a sair apressadamente por causa de perseguição (At 17:1-10), depois passou pouco tempo em Beréia (At 17:10-14), e continuou até Atenas (At 17:15-34), antes de chegar a Corinto onde escreveu o livro.
Timóteo e Silas haviam chegado de Tessalônica (At 18:5; 1 Ts 3:6) e relataram preocupação entre os santos acerca daqueles dentre os seus que haviam falecidos, talvez em conseqüência da perseguição contínua na cidade.
A pergunta deles tratava da situação destes mortos na ocasião da volta de Cristo. Parece que não se preocupavam tanto com os seus próprios destinos em serem levados ao céu na época, mas havia dúvidas sobre o que aconteceria com os mortos.
Paulo apresenta a resposta. Começa por assegurá-los de que não precisam se preocupar (v. 13). Todos aqueles "que dormem em Cristo" serão arrebatados para se encontrar com o Senhor no arrebatamento, mesmo antes dos que ainda estão vivos.
Isto incluirá a ressurreição dos mortos, um evento que se assemelhará à ressurreição do próprio Senhor Jesus (v. 14). Paulo continua, dando a segurança que "pela palavra do Senhor", os vivos na época não "precederão" os que dormem (v. 15).
Em vez disso, "o Senhor mesmo, dada à voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro" (v. 16). Depois, os "vivos, os que ficarmos, seremos arrebatado juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares" (v. 17).
A "palavra de ordem" poderia se referir ao comando de Cristo, mencionado em João 5:28,29, para a saída dos que estão nos túmulos.
Visto que somente Miguel tem o título de "arcanjo" nas Escrituras (Jd 9), provavelmente será ele quem acompanha Cristo e é responsável pela "voz" mencionada.
A "trombeta de Deus" se identifica melhor com “a última trombeta" citada em 1 Coríntios 15:52, ambas as expressões se referindo provavelmente a uma ressoada de trombeta significando libertação. Às vezes cristãos usam a expressão, "'arrebatamento secreto".
O termo não é totalmente correto porque, embora o tempo seja incerto, estes sinais audíveis ocorrerão. Certamente todos os santos os ouvirão, e possivelmente os descrentes também. Os sinais avisariam os descrentes do acontecimento significante e que foram deixados fora.
Corpos Glorificados
Os justos receberão corpos glorificados na ocasião da sua ressurreição. Paulo se refere à mudança de corpo dos justos, dizendo que nós que "temos as primícias do Espírito... gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo" (Rm 8:23).
O assunto é tratado extensivamente em 1 Coríntios I 15:35-54. Talvez a ajuda maior em entender a natureza dos corpos glorificados venha da declaração de Paulo que Deus "transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória" (FI 3:21; cf. 1 Jo 3:2). Então corpos glorificados serão como o corpo ressurreto de Cristo. Jo 20: 15, 16, 19,26; Lc 24: 15, 16, 30,31; At 1:9.
Visto que Cristo na Sua assunção aparentemente foi da terra ao céu com a rapidez de pensamento, certamente isso será possível também aos santos glorificados. Os santos da igreja serão dotados de tais corpos no arrebatamento, e já com eles subirão para encontrar com Cristo nos ares.
Repentina e Sem Aviso
A vinda de Cristo para Sua igreja será repentina e sem aviso. Cristãos não poderão recuperar tempo perdido no seu serviço nem se envolver com interesses espirituais na última hora. Nem os descrentes terão uma chance final para procurar Cristo.
A volta de Cristo pegará as pessoas fazendo coisas normais de maneira normal. Isto é esclarecido em várias passagens bíblicas, como a do relato de Jesus sobre os servos esperando a volta do seu senhor que estivera fora assistindo a um casamento (Lc 12:36-38). Jesus diz, "Bem-aventurados aqueles servos a quem o senhor quando vier os encontre vigilantes; quer ele venha na segunda vigília, quer na terceira".
Jesus dá seqüência a esta história com outra sobre um ladrão vindo assaltar uma casa. E diz, "Se o pai da família soubesse a que hora havia de vir o ladrão, (vigiaria e) não deixaria arrombar a sua casa" (v. 39). Ladrões não dão aviso prévio. Jesus adverte, "Ficai também vós apercebidos, porque à hora em que não cuidais, o Filho do homem virá" (v. 40).
Jesus estava avisando claramente que todos precisam estar prontos antes do tempo para a vinda de Cristo, para que preparativos de última hora não precisem ser feitos. Os descrentes precisam ser salvos enquanto há oportunidade; os crentes precisam estar ocupados na causa do Senhor, vivendo para Ele o tempo todo, para que não se envergonhem ao vê-Lo.
O tribunal de Cristo é o lugar onde Cristo julgará os cristãos, imediatamente após o arrebatamento, com base na sua conduta como crentes, com o resultado que alguns receberão galardões e outros sentirão a perda de prêmios por omissão.