terça-feira, 24 de novembro de 2009

Palestras Escatológicas - Congresso Vida Jovem - Várzea Alegre/Ce


Então virá o Fim – A Grande Tribulação
Enquanto a igreja arrebatada descansa no céu, um período de sete anos de tribulação ocorrerá na terra. As Escrituras descrevem claramente este período.
Geralmente as referências bíblicas sobre este período são apresentadas de dois modos distintos.
1. Como a época de tribulações mais severas na história
Há quatro passagens clássicas das Escrituras que falam deste tempo como sendo de um sofrimento mais terrível do que em qualquer outro período da história. As quatro passagens devem se referir ao mesmo período porque só pode haver um tempo assim descrito. A mais conhecida das quatro fica no Novo Testamento, e designa este tempo de "grande tribulação". (Mt 24:21 cf. Mc 13:19)
As outras três passagens se encontram no Antigo Testamento. Uma é Jeremias 30:7; Outra em DanieI12:1; e a terceira é JoeI2:2.
2. Como "o dia do Senhor"
Muitas outras passagens das Escrituras se referem a este período como "o dia do Senhor". Devido a importância deste termo, é preciso alguns esclarecimentos.
O termo ocorre freqüentemente em ambos, Antigo e Novo Testamentos. No Antigo, vemos, "o dia do Senhor (Yahweh)" (cf. Is 2:12; 13:6,9; Ez 13:5; 30:3; Jl1:15; 2:1,11; Am 5:18,20; Ob 15; Sf 1:7,14; Zc 14:1; MI4:5); e no Novo, como: "o dia do Senhor (kuriou)"; (veja At 2:20; 1 Ts 5:2; 2 Ts 2:2; 2 Pe 3:10).
Uma forma breve, "o dia" "aquele dia" ou "o grande dia" ocorre ainda mais freqüentemente em contextos bastante similares para sabermos que se fala geralmente do mesmo período. Em tais passagens o pensamento normalmente trata de castigo e sofrimento, através do qual a ira de Deus está sendo derramada em julgamento.
Nos textos do Antigo Testamento, falando dos tem¬pos antes do cativeiro, o sofrimento, tratado refere-se ao presente e ao futuro. Isto é, duas ocasiões foram profetizadas quando sofrimentos seriam experimentados: Uma no futuro próximo e outra no futuro distante, com a última sendo mais severa. O sofrimento do futuro próximo falava do cativeiro babilônico, e do futuro distante, a grande tribulação.
Conforme as Escrituras o Período da Tribulação serve para dois propósitos principais:
1º) Castigo para a terra
Um propósito é retribuir as nações do mundo por seus pecados. Todo homem tem sido pecador; e todas as nações, como grupos de indivíduos, também têm seguido caminhos desagradáveis a Deus. O mundo nunca testemunhou a existência abençoada possível na terra, porque o pecado tem impedido que recebamos os benefícios graciosos que Deus guarda para nós. Um dia experimentaremos estas bênçãos quando Cristo reinar em justiça e perfeição durante o milênio. Antes desse tempo, entretanto, é preciso uma prestação de contas, um período de retribuição para as nações da terra.
Apocalipse 3:10 fala desse tempo como "a hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra".
Em Salmo 2:5, após contar da oposição contínua que o mundo faz contra Deus e Sua vontade, o Salmista diz, "Na sua ira, a seu tempo, lhes há de falar, e no seu furor os confundirá". Na seqüência, claramente, o escritor se refere diretamente ao período milenar.
O segundo propósito é descrito como:
2. "O tempo de angústia para Jacó
O outro propósito para a tribulação é preparar o Israel para receber o seu Messias. O povo de Deus deverá ter uma atitude receptiva ao seu Messias. Os judeus não estavam prontos para receber Cristo na primeira vez que Ele veio, e ainda não estão prontos hoje em dia. Portanto, uma mudança é necessária. Tal mudança fará com que eles se preparem para aceitar Aquele que rejeitaram por tanto tempo. Eis a razão do sofrimento extremo do período da tribulação.
Jeremias expressa este pensamento na sua descrição da tribulação como "o tempo de angústia para Jacó" (30:7). Zacarias fala do grau de sofrimento envolvido em linguagem muito sóbria ao falar, "Em toda a terra, diz o Senhor, dois terços dela serão eliminados, e perecerão; mas a terceira parte restará nela" (13:8).
Dois terços do povo serão cortados da terra, uma devastação que desafia a plena compreensão, porque nunca antes nada igual aconteceu. Então Zacarias declara o significado desta devastação, dizendo, "Farei (Deus) passar a terceira parte pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a prata, e a provarei, como se prova o ouro". E conclui, dizendo o resultado desta experiência arrasadora: "Ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei; direi: É meu povo, e ela dirá: O Senhor é meu Deus" (13:9).
Duração do Período
O período da tribulação freqüentemente é designado como a Semana da Tribulação. Este termo vem da visão de Daniel das setenta semanas (Dn 9:20-27); o período da tribulação é identificado como a septuagésima semana. Visto que a duração desse período é tirado em grande parte desta citação, devemos debater a visão e mostrar a validade da mesma.
A visão se encontra em Daniel 9. Nos versículos 3-19, Daniel ora para que Deus perdoe o pecado do Seu povo e que Deus se alegre em logo trazer ao fim os setenta anos de cativeiro na Babilônia. Nos versículos 20-23, o anjo Gabriel aparece ao profeta enquanto ora, para externar a resposta de Deus a esta oração. A resposta não vem na forma direta, mas como uma declaração dos planos futuros de Deus para com os judeus. Embora não dita claramente, infere-se a volta judaica do cativeiro, porque seria necessário para efetuar os planos divinos. Os planos referem-se a um período de setenta semanas em que certos assuntos seriam tratados.
Estas semanas não são semanas de dias, e sim semanas de anos. A palavra hebraica traduzida "semanas" significa "setes", e se aplica tanto a setes de anos, quanto a setes de dias. Os judeus eram familiarizados com a idéia de setes de anos, devido o ano de descanso, que vinha ao fim de cada período de sete anos (veja Êx 23:10,11; Lv 25). De fato, os judeus estavam familiarizados com a idéia de setenta "semanas" de anos, porque o cativeiro de setenta anos, terminando quando Daniel recebeu esta visão, tinha que ser um período de setenta semanas.
Estes setenta anos tinham que ficar no lugar dos setenta anos de descanso anteriores que não foram cumpridos pelo povo por causa da desobediência (veja Lv 26:34,35; 2 Cr 36:21).
Explicando o que aconteceria durante estas setenta semanas de anos (490 anos), primeiro o anjo descreve duas divisões das setenta, um grupo de sete semanas e um grupo de sessenta e duas semanas; o total de sessenta e nove (483 anos) semanas terminaria com o aparecimento do Messias (Dn 9:25).
No fim destas sessenta a nove semanas dois eventos ocorreriam: a eliminação do Messias, se referindo à crucificação de Cristo, e a destruição da "cidade e do santuário", se referindo à destruição de Jerusalém e do Templo em d.C. 70, uns quarenta anos após a crucificação. Somente após a descrição destes dois eventos o anjo chega à terceira divisão do tempo total, a septuagésima semana.
Esta é a semana desta discussão, a semana identificada com o período da tribulação. Se esta identificação for correta, um lapso longo de tempo tem que ser colocado entre as primeiras sessenta e nove semanas e esta última, uma brecha estendendo-se desde a primeira Vinda de Cristo até o começo da tribulação.
Existem evidencias numerosas para sustentar a idéia desta brecha. Exemplo: A septuagésima semana é tratada no texto separadamente das outras sessenta e nove. Isto sugere algo diferente sobre ela, como uma separação no tempo. A visão de Daniel, sobre as semanas, já se refere à existência de um espaço de tempo. Em Mateus 24:15 (cf. Mc 13:14), Jesus menciona "o abominável da desolação, de que falou o profeta Daniel", como parte do período da tribulação; Dn 9:27). Assim, Jesus se refere a este versículo como tratando da tribulação.
A divisão da semana de tribulação
Diante destas evidências, podemos concluir corretamente que a septuagésima semana de Daniel pode ser identificada como sendo a tribulação que fixa sua duração em sete anos. Note também que este período se divide em metades iguais de três anos e meio cada, como estabelecido por esta passagem.
Em Daniel 9:27, Gabriel declara que no começo da septuagésima semana, um acordo de algum tipo será feito, provavelmente um tratado de não-agressão e respeito-mútuo entre o Anticristo e Israel. Tal acordo asseguraria um período de tranquilidade para Israel.
Portanto, no meio da semana, esta aliança será quebrada. O Anticristo fará cessar os sacrifícios e ofertas judaicas e após isto iniciará um tempo de aflições severas. Isto significa que a semana será divida numa primeira metade de paz para Israel e uma segunda metade de dificuldades. O termo de Jeremias "o tempo da angústia de Jacó" aplica-se a esta segunda parte.
Sofrimento sem precedente
O sofrimento de Israel virá mais pelas atividades do Anticristo, mas o sofrimento do mundo virá principalmente de eventos mundiais devastadores, simbolizados no livro de Apocalipse pelas figuras de selos quebrados, trombetas tocadas, e taças de ira derramadas. Estes eventos serão direcionados aos gentios, com a nação de Israel sendo poupada deles em grande parte. Sugere-se isto em trechos como Is 26:20,21.

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