quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

COMO O APÓSTOLO JOÃO VIU JESUS?

TEXTO: Ap 1.9-20
INTRODUÇÃO:
Você já se assustou quando pela rua de repente um carro buzina atrás de você? Qual a sua reação? Depende do seu coração o susto levará a várias reações e conseqüências. Pode até parar no hospital.
João teve um susto quando ouviu muito mais do que uma buzina tocando atrás dele. Ele se assu
stou não somente por ter ouvido aquela voz que parecia o toca de uma trombeta, mas muito mais com o que ele viu, identificando de quem era a voz.
João então preso na ilha de Patmos, ouve por trás dele o som de uma trombeta. A ilha de Patmos hoje é habitado por aproximadamente três mil pessoas. Hoje não é mais uma ilha para exilados. Mas na época de João habitava pouca gente. E João já idoso com seus 80 anos escuta uma voz e não é qualquer voz, ele compara com uma trombeta.
Imagina aquela trombeta que era tocada para convocar o povo da cidade para uma reunião, ou tocada nos muros da cidade para anunciar a todos a chegada do inimigo. Então era uma trombeta potente.
É assim que João escuta essa voz, e ela lhe dá uma ordem: Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro; e o que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia.
Doze vezes no livro de Apocalipse vai aparece essa ordem para João: escreve! Deus tem interesse que suas igrejas conheçam a sua mensagem. O Senhor Jesus Cristo ressuscitado quer que o seu povo conheça o seu plano, sua palavra, saiba o que ele disse.
Deus não nos deu a Bíblia apenas para ser lida no domingo, e ser o objeto que marca nossa crença e identifica o cristianismo. O verdadeiro cristianismo envolve o conhecimento. O que marca a nossa crença é o quanto conhecemos de Deus, de Cristo e do Espírito Santo. 
O cristianismo é uma religião que tem como fundamento a verdade. E Deus quer que a sua igreja conheça essa mensagem.
Se você é um cristão então saiba que é do interesse de Deus que você conheça a Biblia, a sua palavra, a sua mensagem. O cristianismo não é uma religião meramente de rituais, de emoções. Ele tem seus rituais sim, tem suas emoções, sim, tem seus sentimentos. Mais tanto seus rituais, quanto suas emoções tem de estar fundamentados em uma verdade revelada. Não no que eu sinto, mais no que eu conheço. 
Não é o que eu sinto no meu interior, no sentimento que vem do meu coração, mais no que vem de Deus, revelado por Ele. O Senhor Jesus então manda que João escreva para que sua mensagem chegue as sete igrejas.
Quando João olha a primeira coisa que ele vê é sete cadeeiros de ouro. No meio destes candeeiros algo lhe chama a atenção, ele vê uma figura semelhante ao filho de homem. Essa expressão “filho de homem” foi um titulo que o Senhor Jesus escolheu para falar de si mesmo. Era um titulo messiânico e foi usado por Jesus e aparece nos quatro evangelhos. 
João começa a descrever o filho do homem. Ele diz que ele tem veste talares. Uma túnica completa, que vai do ombro até o chão. Moises foi orientado por Deus para fazer esse tipo de túnica para vestir o sumo sacerdote. Era uma veste que mostrava dignidade, uma alta posição, somente os sumos sacerdotes poderiam usar.
João também vê que ele tem um cinto na altura do peito. É interessante por que não é o lugar habitual para se usar um cinto. O historiador Josefo vai dizer que era assim que os sumo-sacerdotes usavam o cinto, na altura do peito para mostrar a dignidade da posição. E João faz questão de dizer que o cinto era de ouro.
João vê Jesus com a cabeça e os cabelos brancos como a alva lã, e como a neve. É interessante Jesus aparecer desta forma e João descrevê-lo desta forma, pois lá no livro de Daniel quem é descrito exatamente desta maneira é o ancião de dias, Deus (Dn 7.9).
O que João esta mostrando as igrejas ao descrever Jesus desta forma? Que Jesus é Deus. Aquele que veio a esse mundo, encarnou, nasceu da virgem Maria, morreu na cruz, ressuscitou e assim comprovou que ele é Deus.
Além de vê Jesus como sendo Deus, João continua descrevendo Jesus como aquele que seus olhos eram como chamas de fogo. Um homem vestido de uma túnica azul até os pés, com uma cinta de ouro a altura do peito, cabeça e cabelos alvo como a neve e olhos como chama de fogo.
A idéia aqui é um olhar que é capaz de atravessar o nosso coração, um olhar do qual nada pode ficar escondido, uma olhar capaz de executar a justiça, de fazer valer sua vontade, capaz de executar aquilo que ele quer.
O Senhor aparece como soberano e glorioso, diz que seus pés é como o bronze polido refinado em uma fornalha. João consegue ver os pés de Jesus, pés que brilham como um metal que passa pelo processo de refinamento extremo, e diz ainda que sua voz era como voz de muitas águas.
Como você imagina uma voz de muitas águas? Você já esteve perto de uma grande cachoeira? Dependendo da cachoeira se escuta a determinada distancia. Estive em Presidente Figueiredo e escutava o barulho de uma cachoeira e para chegar nela andamos mais de um quilometro.
João apresenta Jesus com uma voz potente, como de uma grande cachoeira que de longe poderia ser escutada. E que na sua mão direita ele tinha sete estrelas. E que da sua boca saia uma espada afiada de dois gumes. Uma espada que corta dos dois lados. Hb 4.12
A espada que sai da boca de Deus é a sua palavra. Jesus não precisa de nenhuma arma para derrotar seus inimigos, a sua palavra é mais que suficiente. É com sua palavra que ele vai derrotar o anticristo, é com sua palavra que ele vai estabelecer o seu reino. A sua palavra, uma espada de dois gumes há de derrotar os seus inimigos.
João termina de descrever a sua visão dizendo que o rosto do Senhor brilhava como o sol na sua força. João para conseguir descrever a figura de Jesus recorrer a profetas que surgiram antes dele, que também tiveram visões de Deus, tudo para mostrar essa imagem do Senhor majestoso.
Jesus ressuscitou para ser o Senhor poderoso, majestoso, soberano e glorioso. Ele é o filho do homem que veio governar o reino de Deus. Ele é o sumo-sacerdote que esta a direita de Deus e intercede por nós, ele é Deus.
Quem é Jesus para você? Você que assim como João crer nele, como você descreve Jesus no seu relacionamento com Ele? Você enxerga Jesus com autoridade em sua vida? É Jesus soberano em sua vida? Com suas ações você exalta o seu poder e a sua glória?
Como você escuta a voz do Senhor? E sua voz é a sua palavra. Como ouve escuta a voz do Senhor? Você dá a ela a devida atenção? É uma voz poderosa para você? Lembre-se os olhos do Senhor são como chama de fogo, é capaz de penetrar no fundo do nosso coração e revelar o que realmente tem valor.
As igrejas de Cristo de modo geral não são valorizadas pelo mundo. Os verdadeiros seguidores de Cristo não são valorizados pelo mundo. Mas para Deus as suas igrejas são candeeiros de ouro. E seus mensageiros guardados por sua mão.
Na nossa cultura temos várias visões de Jesus. Várias maneiras de ver Jesus.
Temos a visão do menino Jesus, indefeso nos braços de Maria e se quisermos alguma coisa temos de pedir a sua mãe.
Outra visão é do Jesus do crucifixo, ele foi crucificado e ainda esta lá, sofrendo.
Outra é do Jesus mágico, aquele Jesus que eu preciso de um emprego e ele imediatamente dá. Preciso de um carro, de uma casa, é pronto, esta feito. Aquele Jesus que quando estou doente ele logo me cura, não posso ficar doente. Talvez esse é o Jesus mais procurado hoje, aquele que pode resolver meus problemas de modo imediato.
O Jesus que João vê é o Jesus glorioso, ressuscitado que tem revelado a sua palavra para sua igreja por que tem interesse que sua igreja conheça a sua mensagem.
O Jesus que João vê é o Jesus que tem todo poder, e é soberano.
O Jesus que João vê é o Jesus que venceu a morte e tem toda autoridade, em suas mãos está ás chaves da morte e do inferno e que diz aos seus: não temas!
Esse é o Jesus que você vê?


segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

SÊ FORTE E CORAJOSO – UMA EXORTAÇÃO DE DEUS A LIDERANÇA


     TEXTO : Js 1.7
Somente seja forte e muito corajoso! Tenha o cuidado de obedecer a toda a lei que o meu servo Moisés lhe ordenou; não se desvie dela, nem para a direita nem para a esquerda, para que você seja bem sucedido por onde quer que andar.
INTRODUÇÃO :
Receber uma missão que traz grande responsabilidade é sempre um grande desafio. Receber uma missão de grande responsabilidade diretamente de Deus é certamente um desafio ainda maior.
Moisés havia conduzido o povo de Israel até a entrada da terra prometida, mais dali não passaria. Sua tarefa havia chegado ao fim. A partir dali a tarefa caberia a Josué.
Josué havia sido treinado por Moisés para ser um líder, conhecia a Deus assim como Moisés, sabia da fidelidade de Deus em Cumprir o que prometia. 
Mesmo diante de tudo isso, a tarefa não era fácil, a responsabilidade era grande e Josué prestaria contas a Deus.
O que fazer quando se recebe uma tarefa de grande responsabilidade diretamente de Deus?
Seguir as instruções de Deus. Foi o que aconteceu com Josué. Ele recebeu a tarefa e a instrução necessária para realizá-la.
A instrução foi:
Seja forte e muito corajoso!
Deus não declarando que era necessário que Josué se torna-se em um super herói, com poderes com o do super-homem das revvistas em quadrinhos. 
Deus está dizendo que Josué deveria se esforça com animo para executar a tarefa, pois a missão de conduzir o povo foi confiada a ele pelo Deus Todo-Poderoso. Não deveria portanto, exercer a liderança constrangido e nem com medo de ser tirado do cargo por homens, pois Ele, o Deus de Israel, o dono de todas as coisas, inclusive da terra que iria conquistar que o colocou.
O Senhor estava dizendo a Josué, não tenha medo de assumir está função, fui Eu que ti escolhi. Fui Eu que ti coloquei como líder a frente do meu povo.
Certamente essa é uma instrução de grande valor para a liderança. Não tenha medo de liderar, foi Deus que colocou nesta função, somente ele pode tirar! 
A segunda instrução foi:
...tenha cuidado de fazer segundo toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem-sucedido por onde quer que andares. 
Deus mostra a Josué a necessidade de ter em sua vida totalmente envolvida com a Sua Palavra. Este envolvimento é que lhes capacitaria a se manter equilibrado dentro do padrão estabelecido por Deus para a sua vida.
A Lei já estava escrita na ocasião, era uma autoridade reconhecida por Israel, portanto, Josué deveria meditar, ponderar, pensar. Ele deveria ter conhecimento teórico, pois deveria está constantemente ensino ao povo, e prático, pois suas atitudes deveriam está dentro daquilo que Deus determinará.
Como lideres devemos ter uma grande intimidade com a Palavra de Deus pois o conhecimento adquirido através do envolvimento da Palavra, em quem irá nos capacitará para viver de acordo com a Palavra de Deus.
O estudo das Escrituras Sagradas é que lhe trará o equilíbrio necessário para não se desviar para a esquerda e nem para a direita.
Por que isso era importante para Josué? Por causas dos inimigos.
Conquistar a terra não seria fácil, muitas batalhas iriam ser travadas. Povos corajosos teriam de ser confrontados, os filhos de Enaque, os gigantes e poderosos da terra teriam de ser vencidos. Era necessário ter um envolvimento com Deus e Sua palavra para vencer esses inimigos.
Tinha os inimigos dentro do povo de Deus. Josué presenciou alguns revoltas contra a liderança de Moisés e desobediências do israelitas. Com Josué sabia que não seria diferente com ele. Era necessário ter um envolvimento com Deus e Sua palavra para vencer esses inimigos.
Como lideres também devemos seguir esta instrução. Buscar a intimidade com Deus e com sua palavra pois os inimigos estão a porta.
O mundo com a sua sedução que tenta entrar a todo custo na igreja, para impedir o avanço do evangelho, do padrão bíblico para a vida do homem.
E a rebeldia dentro da igreja do Senhor, pessoas que estão a espreita buscando qualquer desvio, para direita ou esquerda, para levantar sua revolta. Além da desobediência a Palavra de Deus, fruto da aceitação da doutrina de Balaão como bem advertiu o Senhor Jesus a igreja de Pérgamo (Ap 2).
A tarefa de conduzir o povo é de grande responsabilidade e foi entregue aos líderes pelo próprio Deus. Mas Deus nos concedeu as instruções necessárias para executar a tarefa e obter sucesso.
No versículo 5, Deus diz a Josué, ninguém lhes resistirá, não te deixarei nem te desampararei. 
É Deus quem chama, é Ele que institui as autoridades, e é Ele quem realiza a obra. 


Pr. Denilson Roque









sábado, 25 de janeiro de 2014

Devocional do Pr. Almir Marcolino

A ORAÇÃO E NÃO A AÇÃO, FOI A CAUSA DA VITÓRIA

          As nossas vitórias dependem muito mais de nossas orações do que de nossas ações.
        Apesar disso, é comum termos grandes dificuldades em nos dedicarmos à oração. Como escreveu o autor do livro "Ocupado demais para deixar de orar", a auto confiança e a auto suficiência desde que nascemos  são inculcadas em nós como virtudes e podem ser apontadas como algumas das razões para nossa resistência à oração. A oração vai contra estes valores que estão arraigados em nós.  A oração "É um atentado à autonomia humana, uma ofensa à independência do viver. Para as pessoas que vivem apressadas, determinadas a vencer por si mesmas, orar é uma interrupção desagradável" (Bill Hybels).
         No entanto,  é a oração e não nossa ação que conquista as vitórias permanentes em nossa vida. Esta verdade é exemplificada em Êxodo 17.8-13, que narra a ocasião quando Israel enfrentou sua primeira guerra depois que saiu do Egito.
          Moisés ordenou que Josué escolhesse alguns homens e fosse guerrear contra os amalequitas. É interessante que Moisés não foi para a guerra, ele mandou Josué. O que ele estaria fazendo enquanto Josué liderava a guerra? Ele disse que estaria de pé, firme, no cume do monte. Esta expressão também era usada para indicar alguém que se apresentava diante de uma autoridade (Ex. 34.2).
          Moisés  se apresentaria diante de quem? Ele  afirmou que estaria com o bordão de Deus em sua mão, o cajado que usara como pastor guiando o rebanho de seu sogro e que depois Deus escolhera como instrumento para operar os sinais no Egito (Ex. 4.17).
          Josué havia visto todos os sinais maravilhosos que Deus realizara no Egito quando Moisés, a mando de Deus, usava aquele bordão. Presenciara o momento quando o cajado foi levantado diante do mar Vermelho e este se abriu. Vira como água saiu da pedra, ali mesmo em Refidim, quando Moisés, obedecendo a Deus, feriu a rocha com o mesmo bordão. Portanto, Josué entendeu que Moisés estaria cumprindo uma função tremendamente importante para a vitória dos israelitas. Levantando o instrumento símbolo do poder e ação de Deus para libertar e sustentar Seu povo, Moisés estaria intercedendo diante de Deus pela vitória dos israelitas.
          A vitória não dependia dos recursos de Josué no campo de batalha, mas da atitude de Moisés no cume do monte. O verso 11 diz que quando Moisés erguia suas mãos o povo de Israel prevalecia (literalmente tinha força e era poderoso), mas quando Moisés abaixava a mão para descansar, os amalequitas é que ficavam fortes. Não havia mudança no número de soldados ou de armas envolvidos na guerra. Não era uma questão dos guerreiros terem mais ou menos vontade de guerrear. A vitória dependia de Moisés manter o bordão levantado.
          Alguém que observasse a guerra à distância poderia pensar que Moisés não estava fazendo nada de produtivo, apenas assistindo passivamente seu povo guerrear. Se fosse alguém com nossa mentalidade, iria até sugerir que Moisés teria mais utilidade se descesse do monte e participasse da guerra. É esta a vontade que sentimos nas crises: partir logo para a ação, fazer alguma coisa, tomar algumas providências, empreender alguns planos e outras atitudes que nos deixem ocupados. O que não suportamos é ficar parados enquanto a crise de desenrola diante de nossos olhos.
          Entendemos que este ato de Moises não era magia, mas sim uma demonstração pública de que ele e o povo dependiam de Deus para vencer aquela guerra. Levantar as mãos com o bordão era como dizer: “Deus, dependemos de Teu poder, estamos em tuas mãos”, pois tradicionalmente esta atitude de levantar as mãos é entendida como oração.
          Nas batalhas da vida precisamos agir com as armas que Deus nos tem dado naturalmente, mas acima de tudo, precisamos reconhecer que dependemos de Deus, clamar a Ele e pedir que, enquanto resolvemos os problemas, outros estejam intercedendo por nós em oração.
          É verdade que temos que empreender algumas ações e participar da guerra, mas a vitória depende da oração e não de nossa ação. Quanto mais tempo estivermos na presença de Deus, clamando a Ele, mais tempo estaremos com a vitória em nossas mãos.