sábado, 7 de novembro de 2009

palestras Escatológicas - XVI Vida Jovem - Várzea Alegre/Ce


Continuação.
E Então Virá o Fim.
O Tribunal de Cristo e Bodas do Cordeiro
O tribunal de Cristo é o lugar onde Cristo julgará os cristãos, imediatamente após o arrebatamento, com base na sua conduta como crentes, com o resultado que alguns receberão galardões e outros sentirão a perda de prêmios por omissão.
Acontecerá logo após o encontro inicial com o Salvador. O caso a ser tratado não se refere ao estado "salvo" ou "perdido" dos réus, porque somente aqueles já pertencentes à igreja serão julgados neste tempo. Quem não creu em Cristo como Salvador pessoal e que não foi justificado pelo Pai não estará presente. O assunto será outro, a conduta de vida de cada pessoa desde que se converteu á Cristo.
O termo usado nas Escrituras para se referir a esta ocasião é "o tribunal de Cristo"; emprega-se em 2 Co 5:10 e Rm 14:10. O "tribunal" (grego - bema) do mundo Grego e Romano era o lugar onde um juiz sentava. Por exemplo, usa-se a palavra "bema" do lugar onde Pilatos sentou quando se pronunciou sobre Cristo (Mt 27:19; Jo 19:13) e do lugar onde Gálio sentou quando Paulo foi levado perante ele em Corinto (At 18:12,16; cf. 25:6). Então, o tribunal de Cristo será o lugar onde Cristo promulgará julgamento aos santos arrebatados, glorificados da igreja.
A Necessidade do tribunal
As escrituras são bem claras que todos os homens salvos ou perdidos, são responsáveis perante Deus. Isto significa que deverá haver um período de julgamento para cada pessoa.
O tribunal de Cristo é onde isso vai acontecer para os salvos. Várias passagens indicam a necessidade desta ocasião de juízo.
Em Mateus 12:36, Jesus diz que "toda palavra frívola que proferirem os homens" será chamada à prestação de contas; isto é uma declaração geral, na certa se referindo aos salvos e perdidos.
Em Gálatas 6:7, Paulo dá o princípio que todos vão colher o que semearam. E em Colossenses 3:24,25, Paulo fala em particular aos cristãos quando diz que os que servirem bem ao Senhor receberão "do Senhor a recompensa da herança”, mas os que fizerem errado colherão pelo errado que fizeram.
E mais, ambos os textos mencionados e identificados na ocasião são significantes. Romanos 14:10-12 diz que “cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus", referindo claramente aos cristãos. Indica que ninguém estará isento nesta questão.
O mesmo pensamento é expressada em 2 Coríntios 5:10 com as palavras: "Importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo".
O tempo do julgamento
Este julgamento de cristãos acontecerá logo após o arrebatamento e certamente durante o período de sete anos de tribulação:
Em primeiro lugar, é sustentado por dedução lógica. Se crentes hão de ser julgados pelas obras feitas antes do arrebatamento, faz sentido que tal julgamento seguir-se-á de perto ao arrebatamento. Parece lógico fazer saber os resultados do julgamento o mais cedo possível.
Em segundo lugar, em Lucas 14:14, Jesus diz que a recompensa pelas obras praticadas será entregue "na ressurreição dos justos", e isto acontecerá, como vimos, na época do arrebatamento.
Em terceiro, 1 Coríntios 4:5 e Apocalipse 22:12 indicam que Cristo conferirá galardões na época de Sua vinda para os Seus, com a sugestão que acontecerá muito perto daquela vinda.
Os resultados do julgamento
Os resultados do julgamento serão ou um galardão por obras aprovadas ou uma sensação de perda por feitos desaprovados. Isto é claro pela maneira como Paulo trata o assunto em 1 Coríntios 3:9-15. Ele fala sobre material de construção de duas categorias: "ouro, prata, pedras preciosas" não sujeitas a destruição de fogo, e "madeira, feno, palha" que o são.
Ele declara que os "cooperadores de Deus" podem construir com materiais de uma ou outra classe no seu serviço por Ele; mas o fogo do juízo revelará de que classe vêm. Aquele cujas obras são da primeira categoria "receberá galardão", mas aquele cujas obras não resistem ao fogo, "sofrerá ele dano". As obras que agradam a Deus, que fazem uma contribuição digna ao "edifício de Deus", serão declaradas "ouro, prata, pedras preciosas"; os feitos que não O agradam, que não contribuem ao edifício, serão julgados "madeira, feno, palha".
Nesta passagem não há descrição da natureza dos galardões a serem recebidos pelas obras aceitáveis, mas passagens paralelas sugerem que a recompensa tomará a forma de "coroas". Distingue-se cinco "coroas" distintas em vários textos:
(1) a "coroa incorruptível" para aqueles que dominam a velha natureza (1 Co 9:25);
(2)uma "coroa em que exultamos" para aqueles que levam outros a Cristo (1 Ts 2:19);
(3) uma "coroa de justiça" para os que amam a vinda de Cristo (2 Tm 4:8);
(4) uma "coroa da vida" para aqueles que mantém o seu amor pelo Senhor no meio de tribulação (Tg 1:12);
(5) uma "coroa de glória" para aqueles que são bons pastores do rebanho de Deus (1 Pe 5:4).
Não foi revelado se coroas verdadeiras de vários estilos serão entregues ou se a palavra "coroa" é simbólica. De certo, Deus conferirá com justiça, conforme o que cada pessoa merece. A perda experimentada por aqueles cujas obras foram queimadas não diz respeito à salvação da pessoa. Paulo esclarece isto na passagem tratada ao acrescentar, "mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo"(1 Co 3:15).
A perda trata de galardões. A pessoa não receberá uma coroa, resultando num senso de vergonha e perda que não utilizou melhor o seu tempo na terra.
Paulo parece ter previsto tal possibilidade para si e desejava ardentemente evitá-Ia, ao escrever, "esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado" (1 Co 9:27). Ele não falava de perder a salvação, porque não se pode perder isto, mas de perder a sua utilidade na construção do "edifício de Deus" e, como resultado, perder o seu galardão.
Todo cristão deveria considerar cuidadosamente o fato deste tempo vindouro de juízo. Uma vida desperdiçada vai parecer muito tola ao ficar perante Cristo naquele dia.
As Bodas do Cordeiro
Há um segundo evento que ocorre para os santos da igreja logo após o arrebatamento. Apocalipse 19:7-9 refere-se a isto como "as bodas do Cordeiro". Nesta ceia Cristo será o Noivo e a igreja será a Sua noiva.
As figuras de um noivo e sua noiva em se referir a Cristo e Sua igreja são usadas freqüentemente em outras passagens do Novo Testamento (veja, por exemplo, Jo 3:29; Rm 7:4; 2 Co 11:2; Ef 5:25-33).
As bodas celebrarão a união formal de Cristo com a Sua igreja num relacionamento eterno. Até este momento estavam separados, Um no céu e a outra na terra, mas deste instante em diante estarão sempre juntos.
O período do casamento
Linho fino é a roupa adequada para um servo na presença de um rei (Gn 41:2). Foi usado nas vestes sacerdotais no Velho Testamento (Êx 8:5,6,8,15,39,42).
Deus vestiu sua esposa em linho fino (Ez 16:10,13). Linho finíssimo mostra a pureza dos servos de Deus. A noiva que se apresenta a Cristo é vestida de linho fino.
O casamento ocorrerá entre o arrebatamento e a volta de Cristo à terra após a tribulação. Não precederá o arrebatamento, porque até aquele momento os dois permanecem separados.
Não será após a vinda ao fim da tribulação, porque, em primeiro lugar, a descrição das bodas antecipa o relato daquela volta em Apocalipse 19:11-21.
E, segundo, a igreja vem com Cristo como Sua noiva, naquela volta. Provavelmente segue o "tribunal de Cristo", porque nas bodas a igreja será vestida em "atos de justiça dos santos". Isto sugere que esta justiça já terá sido julgada e achada válida. O tempo deste evento não pode ser estabelecido mais do que isto.
Pode haver significado no fato de ser descrito em Apocalipse logo antes da vinda de Cristo a terra. Por outro lado, a lógica aponta uma ocasião mais cedo, logo após o julgamento; visto que a igreja estará na presença de Cristo do tempo do tribunal em diante, não parece haver necessidade para atrasos. Tudo que pode ser dito é que ocorre em algum ponto entre o tribunal e a volta após a tribulação.
Concluímos com a certeza que o arrebatamento é o primeiro evento do inicio do fim. Acontecerá de maneira repentina e sem aviso. Os mortos em Cristo ressuscitarão primeiros e os servos de Cristo vivos terão seus corpos transformados.
Ocorrerá na ocasião o tribunal de Cristo, onde os servos do Senhor serão julgados segundo suas obras. Não é um julgamento para salvação. os. Haverá entrega de galardões para aqueles que realizaram a obra do Senhor com a motivação correta, também haverá vergonha por obras reprovadas. Segue após o tribunal de Cristo a bodas do cordeiro, que é a celebração da união formal de Cristo com a Sua igreja.
Enquanto isso estará ocorrendo na terra, a grande tribulação.
Você esta preparado para a vinda do Senhor?


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Bibliografia:
Panorama de Escatologia – Leon J. Wood
Apostila de Escatologia – Pr. Almir Marcolino Tavares

Um comentário:

  1. Ola Pr. Denilson tudo bem? Parabéns pelas mensagens Deus seja louvado por sua disponibilidade para estudar as escrituras.
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