quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Pai é Pai


A expressão comum “mãe é mãe!” traz a idéia de incomparabilidade. Se há algo neste mundo inconfundível, e que possui características e sentimentos exclusivos, certamente é a figura da mãe. Este é o pensamento comum que parece estar difundido em todo o planeta, e isto por muitos e muitos anos.
Não quero discutir a veracidade deste pensamento; mas sim, ao lembrar-me desta, destacar outra figura importantíssima: O pai. Interessante notar os pontos de aproximação entre as figuras do pai e da mãe: A família; a responsabilidade de cuidar dos filhos; o cuidado no relacionamento entre eles como parte da educação dos filhos; os dias especiais; o comum carinho e consideração dos filhos; e a realidade da falta na ausência de qualquer na formação do caráter dos filhos. Estes são alguns dos pontos em comum.
Porém, há pontos singulares. Os mais destacados pela humanidade são os da mãe: A sensação da gravidez; a sintonia física entre a mãe e a criança enquanto na dependência; as sensações subjetivas que levam a mãe a acertar muitas vezes, e a errar em outras, quanto às observações sobre o viver dos filhos; os braços normalmente abertos para proteger, mesmo que os filhos estejam absurdamente equivocados. Estas são algumas das singularidades de cada mãe.
Já o pai age e reage como pessoa comum, aos olhos de todos. Consegue ser mais racional em várias situações, ora pensando na formação do filho ora considerando unicamente a justiça, mesmo que o filho venha a sofrer as conseqüências. Sente: sofre, se alegra; enfim, vive. Porém, como homem, seja pelas características herdadas na própria criação divina, seja pela invisível, mas presente, exigência da sociedade, mantém-se “controlado”. O pai muitas vezes chora sem lágrimas; sofre sem cara feia; curte sua depressão sem deixar de estar ao lado; interioriza as críticas sem abandonar suas responsabilidades. Vive toda a sua vida se doando, mesmo sem contar com um único verdadeiro amigo (é a realidade de muitos). E lida com a realidade da cobrança, justa ou não, de que o sucesso da família depende de seu trabalho.
A singularidade do pai está na pessoa de Deus. Dentre as figuras usadas pelo Senhor para se auto-revelar ao mundo, a do “Pai” é a preferida da humanidade. A razão? Provavelmente porque “pai” é aquele que traz segurança, sustento e conforto, numa sensação final. Basta perceber o resultado nos filhos. Se um filho, ou filha, recebe tais retornos da mãe, mas não do pai, normalmente a sensação é de algo incompleto. Porém, em situação contrária, o filho tende a se sentir mais amparado, mesmo sem o aval da mãe.
A singularidade do pai está na pessoa de Deus, até quando esta figura serve de absoluto, de referencial para toda e qualquer pessoa, incluindo as mães. É certo que nenhum pai é perfeito como o Senhor, mas, também é certo que este Senhor usou a singularidade do pai humano como melhor figura para se auto-revelar. A perfeição está no Senhor. Assim, a perfeição de cada pai, assim como de cada mãe, está em sua ligação com o Pai perfeito.
No ideal de Deus, e no ideal de todos aqueles que vivem com Deus: pai é pai. Sendo substituído única e exclusivamente pelo Pai eterno.
Ame seu pai, pois não há outro para você. É o que também diz o Pai celeste

Postado originalmente: prwagner.wordpress.com

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