sábado, 25 de setembro de 2010

PRUDENCIA OU INSENSATEZ DIANTE DA MENSAGEM


Texto: Mt 7.24-27
Introdução:
O contexto desta passagem é o importante sermão proferido por Jesus. É conhecido pelo sermão do monte.
Jesus deixa de lado a multidão que o seguia por diversas motivações, e dirige-se aos seus discípulos. E passou a ensinar-lhes as marcas, os sinais distintivos, o caráter de um verdadeiro cristão, e deixar bem claro que possuir este caráter é ser mais que feliz.
Jesus ensinou de maneira correta os preceitos da Lei, dando a elas uma interpretação sem corrupção.
Ensinou também como deveria ser a atitude correta com relação ao dia-a-dia de um cristão, e como ele deveria executar algumas das praticas comuns como: jejuar, orar e utilizar os bens que Deus lhe concede.
Também deixou claro como deve ser a perspectiva de vida de quem confia em Deus. Buscando as coisas que procedem dEle, pois as demais já estão garantidas por Ele. Deus sabe o que necessitamos.
Jesus também fala acerca dos relacionamentos. Como devemos proceder para com o próximo. Exorta-nos a sermos bons observadores, sabendo distinguir bem os caminhos e as pessoas com quem temos contato.
Termina então este sermão com uma parábola que mostra uma comparação, e nesta comparação Ele deixa clara a diferença que existe entre: prudência e a insensatez.
Quero pensar que Jesus, termina o sermão com a pergunta: qual a atitude de vocês após ouvirem estas palavras?
Gostaria nesta manhã que você refletisse comigo sobre esta questão: O QUE FAÇO APÓS OUVIR A MENSAGEM DE DEUS?
Durante o semestre passado, ouvimos varias mensagens sobre as disciplinas espirituais. Sermões foram pregados sobre: oração, estudo das Escrituras, jejum, adoração coletiva, perdão, etc.
A pergunta é: O que aconteceu após ouvirmos estas mensagens? Fez alguma diferença ou apenas gerou em mim um ato condicional de ouvi-las ou até um sentimento de conforto por achar que aquelas pelas palavras foram bem colocadas e retoricamente soaram bem nos meus ouvidos?
Considerando os dois versículos principais do texto, temos duas declarações implícitas:
1. Teoria e pratica gera prudência. (v. 24)
2. Teoria sem pratica gera insensatez. (v. 26)
Vamos refletir primeiro sobre a última declaração:
Teoria sem pratica gera insensatez – v. 26
Quando Jesus pregou o sermão do monte, apesar de ser destinado aos seus discípulos, muitos foram os seus ouvintes. As palavras que saíram de sua boca, cada lição ali ensinada foi ouvida por uma multidão. Mateus declara que quando Ele encerrou o sermão as multidões estavam maravilhadas (v. 28).
O que aconteceu com está multidão se na crucificação ela não estava lá? O que aconteceu com toda esta multidão se quando na descida do Espírito Santo, apenas 120 se encontravam reunidos com os apóstolos conforme At 1.15?
Esta multidão gritou: Fora com este! Solta-nos Barrabás!... Crucifica-o! Crucifica-o! (Lc 23.18, 21).
A insensatez é louca, é incredulidade. A multidão ficou maravilhada com as palavras de Jesus, porém esse sentimento não foi capaz de transformar as suas atitudes. Ouviram e até gostaram, mas na a ponto de colocar em pratica. Isso é tolice, é falta de bom senso.
Ouvimos sermão sobre praticas devocionais. Como é importante orar ao Senhor, como a oração é poderosa para nossa vida. Na hora do “a sós com Deus”, lá estou eu passeando pelo seminário. Conversando com o colega. Resolvendo meus problemas no celular. Isso é insensatez, loucura, incredulidade.
Como é importante amar o irmão, amor fraternal. Na primeira dificuldade que tenho com o irmão, ele esta na minha lista negra, não se engane, crente tem lista negra. Qual o tamanho da sua? Eu tenho lutado em destruir a minha?
Falo tanto de amor, mas não suporto o irmão. Se depender de mim vou dificultar a vida dele ao máximo. Isto é loucura, insensatez, incredulidade.
Jesus fez esta declaração usando a figura de uma construção na areia. Por não ter base, por não ter sustentação, quando vierem as tempestades, as dificuldades, ela vai ruir. A religiosidade não se sustenta apenas com palavras, são necessárias ações condizentes com elas. Mt 7.29.
O que faço após ouvir uma mensagem da palavra de Deus? Devo lembrar e considerar que teoria sem pratica gera insensatez.
A segunda declaração implícita neste texto de Mt 7.24-27 é:
Teoria com pratica gera prudência – v. 24
Quero chamar a sua atenção para o fato de que na hora em que a palavra de Deus esta sendo pregada não dá para identificar que é prudente ou insensato. Todos parecem iguais. Tudo porque a prudência se caracteriza como um resultado.
A Bíblia descreve alguém prudente como aquele que em sua boca achar-se sabedoria (Pv 10:13, 19), guarda silencio quando afrontado (Pv 12:16), não é arrogante e soberbo por causa de seu conhecimento (Pv 12:23) é capaz de compreender as coisas com facilidade (Pv 14:6), ele conhece o caminho que esta seguindo (Pv 14:8), se desvia do mal (Pv 22:3), guarda os caminhos do Senhor (Pv 28:7, Os 14.9).
Responda para você mesmo a pergunta que se encontra em Mt 24:45: Quem é, pois, o servo fiel e prudente, a quem o senhor confiou os seus conservos para dar-lhes o sustento há seu tempo?
A diferença de um ouvinte prudente para o insensato, é que o prudente não se contenta em apenas ouvir exortações sobre arrependimento, oração, perdão.
Ele não se contenta em apenas ouvir exortações para confiar em Cristo e viver uma vida cristã sadia.
Ele se preocupar em praticar o que aprendeu. Ele se preocupar em viver sua religião e não apenas falar sobre ela.
Ele de fato se arrepende. Ele de fato perdoa. Ele de fato ora. Porque ele de fato crê.
Ele realmente abandona sua insensatez e sua acomodação e busca apegar-se na pratica da palavra que ele recebe de Deus. Ele não é só um ouvinte, mas também é um praticante (Tg 1.22).
Creio que encontramos prudência ao lermos Hb 11.7-40.
A prudência de Noé em aparelhar a arca para salvação de sua casa.
Em Abraão em peregrinar para uma terra que não conhecia e dele ser gerada uma grande nação.
Em Sara por que teve por fiel àquele que lhe havia feito à promessa.
Em José por confiar que Deus levaria de volta o seu povo.
Encontramos prudência em Raabe em acreditar no Deus dos espias.
Em homens como Gideão, Sansão, Davi e outros mais, que por meio da fé subjulgaram reinos, praticaram justiça, obtiveram promessas, fecharam a boca dos leões.
Encontramos prudência naqueles que foram torturados, escarnecidos, açoitados, mortos por apedrejamento, serrados ao meio, ao fio das espadas, mas que obtiveram um bom testemunho por sua fé. Os heróis da fé creram na Palavra de Deus a ponto de agirem de acordo com sua crença.
A teoria com pratica gera prudência.
Prudência é viver de maneira sabia, de maneira que o conhecimento adquirido estabeleça o padrão de seus atos.
Tomas de Aquino dizia que “a prudência excede o simples saber e encontra-se sempre ligada a ação. Não é uma questão de saber ou de ter conhecimento aguçado, mas é uma inteligência que apura e reconhece a realidade de forma correta, para, a partir deste princípio saber como agir. A prudência é o modo necessário para que a nossa vida tenha êxito”.
Jesus ao terminar o sermão, através de uma parábola, estar mostrando aos seus ouvintes, em especial aos seus discípulos, que a fé deles deveria produzir ações.
Não eram apenas para acharem bonitas as suas palavras, não era apenas para ficarem maravilhadas com seus ensinos, elas deveriam achar uteis para suas vidas as palavras e ensinos que ouviram.
O que faço após ouvir uma mensagem da palavra de Deus?
Devo lembrar e considerar que teoria sem pratica gera insensatez, mas que teoria com pratica gera prudência.
O que vamos fazer com esta mensagem?

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