Texto: Lc 17.11-19
Introdução:
Por que temos sempre
alguma reclamação ou questionamento para Deus?
Hoje a tarde fui ao
laboratório de Análises Clinicas pegar uns exames de minha esposa, o rapaz que
me atendeu disse que faltava dois exames, se eu quisesse poderia esperar uns 15
minutos.
Resolvi esperar.
Chegou então uma senhora que também foi pegar o exame, mais o dela também não
estava pronto, e o rapaz disse que só estaria amanhã. Isso foi suficiente para
ela começa a reclamar.
Disse que estava
decepcionada com o laboratório, que pagou caro pelos exames e o minimo que
poderia acontecer era seus exames estarem prontos. E então solicitou falar com
o responsável pelo laboratório.
Eu olhei para o meu
papel e a previsão era para amanhã e eu estava aguardando para receber hoje.
Por que a mulher
reclamou? Por que ela chegou a conclusão que pagou e seu direito por conta
disso era receber seus exames. Eu não tinha nada para reclamar, estava sendo agraciado.
Por que reclamamos ou
questionamos a Deus? Por que achamos que temos direitos.
Quando temos direito
não manifestamos graditão. Por que agradecer por algo que mereço? Por que
agradecer por algo que na verdade tenho direito?
Como é doloroso ser tratado com
ingratidão por pessoas que amamos! Uma pessoa ingrata nunca se satisfaz, sempre
quer mais.
A natureza humana é ingrata desde o
jardim do Éden quando não agradeceram pelas milhares de frutas que podiam comer
e só quiseram aquele fruto proibido (Gênesis 3.1-8).
No texto que lemos, mostra que Jesus
também enfrentou a ingratidão. Ele mandou os leprosos ir se apresentar ao
sacerdote para cumprir o mandamento da lei (Lv 14.1-32) e enquanto iam,
foram curados por Deus. Contudo apenas um voltou “dando glória a Deus em voz
alta” (v.15).
Por que apenas um voltou? Por que
nove não voltaram para agradecer a Jesus?
Podemos encontrar algumas
características na ingratidão:
A pessoa ingrata não consegue
perceber o que recebe de bom e só vê o que é ruim. Pode receber um grande
benefício e não enxergar, mas vê um pequeno defeito.
Como se eu ganhasse um carro novo,
mais tem um problema, o banco do motorista está rasgado. Eu até falo que ganhei
o carro, mais logo apresento o problema, o banco rasgado.
Os nove leprosos ingratos, não
olharam para Jesus, nem O viram, só queriam ser curados. O único leproso grato
olhou para Jesus, viu suas chagas antes e depois que foi curado, por isso tinha
gratidão.
Você tem visto as coisas boas que as
pessoas fazem ou somente as coisas ruins?
Talvez os nove leprosos ingratos
tenham se esquecido do rosto de Jesus dizendo que não se lembravam mais quem os
curou, ou se esqueceram do lugar que Jesus estava, ou ainda ficou tão
satisfeito de ter saúde, mas o fato é que se esqueceram.
Às vezes se esqueceram até que eram
leprosos. A pessoa ingrata não se lembra do que lhe foi feito mesmo que tenha
sido a um segundo.
A mente da pessoa ingrata não
consegue se lembrar por que está sempre ocupada pesando em si mesmo e só quer mais.
Já a pessoa grata se lembra, mesmo
que a própria pessoa que o ajudou se esqueça do bem que lhe fez.
Você se lembra de algo de bom que
alguém tenha lhe feito, mesmo que seja pouco?
Procure se lembrar de algum fato
para agradecer!
O ingrato se cala diante do que
recebe de bom, mas abre a boca bem alta para pedir e muito mais para reclamar
se faltar alguma coisa.
Os nove leprosos ingratos chegaram
gritando pedindo para ser curados (v.13), mas depois não falaram nada. O
único leproso grato voltou “dando glória a Deus” (v.15).
A pessoa grata não fica em silêncio,
mas diz ‘muito obrigado’ por qualquer coisa que recebe. Não adianta apenas
lembrar o que recebeu de bom, é preciso também expressar para que a pessoa
saiba.
Você tem falado palavras de gratidão
ou tem se calado? Você tem sido
Grato a Deus e às pessoas?
Precisamos lutar contra nossa
natureza carnal e ingrata.
Não seja cego, esquecido e mudo. Veja,
lembre e fale agradecendo a todos por tudo.