sábado, 31 de dezembro de 2011

RETROSPECTIVA


Texto: 2Sm 24.17-25
A ultima semana do ano na televisão é marcada por uma palavra: retrospectiva.
O significado desta palavra é a celebração de fatos ocorridos. É trazer a memória de uma maneira organizada e lógica fatos que foram importantes.
Dentro desta perspectiva podemos avaliar a nossa fé e consequentemente a nossa vida cristã trazendo a nossa memória fatos que marcaram o nosso serviço e relacionamento com o nosso Senhor.
Dificilmente pensamos na fé e vida cristã como um sacrifício a Deus. Paulo deixou claro essa verdade quando escrevendo aos romanos exortou-os a oferecer seus corpos em sacrifício vivo a Deus.
A falta da compreensão correta sobre a nossa fé e vida cristã nos leva a sucumbir diante dos desafios do dia a dia.
Certamente a maioria de nós ao fazer essa retrospectiva chegou a conclusão que não servimos a Deus durante o ano de maneira a ter fatos relevantes para serem lembrados.
O motivo desta retrospectiva pobre de fatos importantes, desta anorexia espiritual pode ser explicada através das lições aprendidas por Davi neste texto.
Vamos então observar os motivos e as lições:
1. Auto suficiencia e Misericórdia
O capitulo 24 começa dizendo que a ira de Deus incitou a Davi a realizar um censo. Em 1Cr 21.1 descobrimos que o instrumento usado por Deus para isso foi Satanás.
O censo na grande maioria das vezes tinha propósitos militares. Os governantes fazia isso para saber o tamanho de seu exército. Talvez o orgulho e a ambição tenha levado Davi a aumentar seu exército sem necessidade trazendo uma carga pesada para o povo.
A contagem do exército de Israel já havia sido feita no passado (Nm 1.1-2; 26.1-4). Entretanto por motivos errados Davi faz a contagem sem autorização do Senhor. Davi, ou queria se vangloriar com o tamanho do seu exército, ou queria tomar mais territórios do que aqueles que o Senhor tinha dado.
Davi deixou de confiar em Deus e passou a confiar em si mesmo achando que Deus aceitaria tal atitude.
Analisando os nossos projetos durante o ano, vamos perceber que muitos deles foram planejados e realizados sem a presença e a autorização do Senhor. Muitos vezes usamos a declaração: “Se Deus quiser!”, como uma varinha mágica que ao ser pronunciada teve a instantânea aprovação de Deus.
O resultado fracasso, perturbações, sofrimentos, decepções, etc. Tudo por culpa da nossa auto suficiencia assim como Davi. Quantos planos, quantos projetos realizados por nós durante esse ano foram mesmo autorizados pelo Senhor?
Se ele tomou o tempo do serviço a Deus? Se ele dificultou o seu relacionamento com a sua igreja? Teve então uma grande probabilidade de não ter sido autorizado por Ele.
A auto suficiencia é um motivo que leva a temos uma retrospectiva pobre de fatos importantes na nossa vida cristã e no nosso envolvimento com o serviço para com Deus.
Mas Davi aprendeu uma lição: quando reconhecemos o nosso erro desfrutamos da misericórdia de Deus.
Quando o profeta Gade chegou com uma mensagem de Deus para Davi, ele já havia reconhecido o erro (v. 10).
Em seu dilema, Davi decidiu de acordo com um princípio: sua dependência na misericórdia de Deus, em quem ele havia aprendido a confiar, em constrate com a desumanidade do homem, de quem ele tinha motivos para não confiar. Escolheu Deus.
Mas Davi reconhece o seu erro e se coloca a disposição de Deus para receber as consequências de seu erro, vejamos o versiculo 17.
Aqui Davi não apenas admiti pela segunda vez o seu erro, mas chama a responsabilidade para si e para sua familia se submetendo ao juízo de Deus.
Davi recebeu e desfrutou da misericórdia de Deus.
Quando reconhecemos o nosso erro e nos submetemos a vontade de Deus recebemos de Deus a misericordia. Tg 4.6
Devemos assim como Davi aprender a lição.
Corrigindo os erros cometidos neste ano, teremos uma retrospectiva cheia de fatos relevantes no ano que se inicia.
O segundo motivo que leva a temos uma retrospectiva pobre de fatos importantes na nossa vida cristã e no nosso envolvimento com o serviço para com Deus e a lição que temos de aprender com Davi é:
2. Oferta e Aceitação
A partir do versículo temos o profeta Gade trazendo a Davi o que era para ser ofertado a Deus. Davi deveria adquirir o eirado de Araúna e ali levantar um altar para apresentar as suas ofertas para o Senhor.
Araúna acatou o pedido do rei, e mostrou-se totalmente receptivo em ceder a sua eira para que ali se levantasse o altar para as ofertas, e foi além, ofereceu a eira de graça apesar de esperar receber algo, pois não hesitou em receber 50 siclos de prata (600g).
Davi não aceitou os termos de Araúna e deixou bem claro o motivo: “não oferecerei ao Senhor, meu Deus, holocaustos que não me custe nada.”
O que temos oferecido a Deus? O que oferecemos a Deus durante este ano que se passou?
Existe algumas ofertas que já se tornaram figurinhas caribadas no final de ano dos crentes: este ano irei lê a Bíblia toda! Este ano me dedicarei mais ao serviço do Senhor! Este ano valorizarei mais meus irmãos! Estarei mais presente nas programações da igrejas!
Me diga uma coisa: lê a Bíblia, conhecer a Deus é uma oferta que me custa algo? E conhecereis a verdade e a verdade lhe libertarás.
Me dedicar ao serviço do Senhor é oferta que me custa algo? Criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou de antemão para que andássemos nela.
Valorizar meus irmãos é oferta que me custa caro? A mensagem que recebeste desde o inicio é que nos amemos uns aos outros.
Estar mais presente na igreja é oferta que me custa caro? E não deixemos de nos congregar como é costume de alguns.
Todas estas coisas devem ser na verdade a vida comum de um crente. Todas estas coisas deve fazer parte da vida de um crente.
Davi não foi orgulhoso em não aceitar a oferta de Araúna, mas sua atitude foi de reconhecimento que a misericordia de Deus era digna de algo que lhe custasse.
Uma oferta sem valor é um motivo que leva a temos uma retrospectiva pobre de fatos importantes na nossa vida cristã e no nosso envolvimento com o serviço para com Deus.
Vejamos Ml 1.6-14.
O que você pretende oferecer a Deus este ano? Algo que realmente custe algo a você ou irá continuar oferecendo o que sobra, o que no final das contas não lhe fará falta?
Devemos aprender a lição que Davi nos ensina: oferecer a Deus algo que nos custe.
A auto suficiencia é um motivo que leva a temos uma retrospectiva pobre de fatos importantes na nossa vida cristã e no nosso envolvimento com o serviço para com Deus.
Mas Davi aprendeu uma lição: quando reconhecemos o nosso erro desfrutamos da misericórdia de Deus.
Uma oferta sem valor é um motivo que leva a temos uma retrospectiva pobre de fatos importantes na nossa vida cristã e no nosso envolvimento com o serviço para com Deus.
Mas Davi aprendeu a lição: oferecer a Deus algo que nos custe.
O resultado da atitude de Davi permitiu que todas as gerações podessem ter conhecimento da misericórdia de Deus (v. 25).
Tendo adquirido a eira, Davi pôde construir seu altar e oferecer seus holocaustos e suas ofertas pacíficas. A população fora reduzida a 70 mil, mais o país inteiro recebeu um lembrete salutar, benefico para a saúde espiritual: a verdadeira prosperidade haveria de ser encontrada na dependência a Deus.
Quer ao final do ano ter uma retrospectiva rica de fatos importantes na sua vida cristã e no seu envolvimento com o serviço para com Deus? Livre da auto suficiência, ofereça algo de valor a Deus e desfrute de sua comunhão e misericórdia.
Que Deus nos abençoe.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Porque Herodes Não Gostava do Natal?

Texto: Mateus 2.1-18
Nem todos gostam do Natal. Alguns chegam a odiá-lo. Os motivos são diversos: uns não gostam do natal por conta de uma experiência ruim; outros por conta de sua natureza amarga; tem os que não gostam por achar que é uma festa pagã que não se deve participar, etc.
Os historiadores descrevem Herodes como um regente eficaz, mas, ao mesmo tempo, cruel e despótico.
Quando os Magos do Oriente chegaram a Jerusalém - Herodes o Grande, era o rei. Mateus relata as tentativas de Herodes para matar a Jesus. Foram duas tentativas, que falharam, mas que retratam o ódio de Herodes pelo Natal.
A primeira: Em Mateus 2.8 lemos que Herodes mandou os Magos para Belém e disse: "Ide informar-vos cuidadosamente a respeito do menino; e, quando o tiverdes encontrado, avisai-me, para eu também ir adorá-lo". O seu primeiro plano era localizar a criança por intermédio dos Magos e depois executá-la, mas a sua intenção é frustrada por Deus.
A Segunda: Em 2.16 temos: "Vendo-se iludido pelos magos, enfureceu-se Herodes grandemente e mandou matar todos os meninos de Belém e de todos os seus arredores, de dois anos para baixo, conforme o tempo do qual com precisão se informara dos magos". Com certeza esse é um dos crimes mais bárbaros já registrados pelo história.
Essa segunda tentativa, de eliminar a Jesus, também falha. Nos versos 13 a 15, lemos como um anjo vem avisar a José para que fuja.
Mas porque Herodes odiava tanto o Natal? Qual a razão do seu ódio por aquele bebê que acabara de nascer.
Herodes odiava o Natal porque ele sentia, naquele bebê, uma ameaça ao seu poder. Para Herodes a ameaça era bem real. A declaração dos magos era uma declaração convicta.
Os magos não tinham duvidas do nascimento do rei e nem que deveriam adorá-lo, a sua duvida era quanto ao local. Onde ele está?
Herodes odiava o natal porque sentia medo que aquele bebê fosse o Cristo. No versículo 4 temos a sua pergunta: "então, convocando todos os principais sacerdotes e escribas do povo, indagava deles onde o Cristo deveria nascer".
É óbvio que ele já ouvira profecias das Escrituras relacionadas com a vinda do Messias. Acredito que ele temia que aquele bebê era o que havia sido profetizado já há centena de anos. Herodes acreditava que com a vinda do Senhor Jesus tudo o que ele possuía estava ameaçado. O seu palácio, a sua mordomia, os seus bens. O seu conforto estava ameaçado.
A mensagem do natal traz temor a muitos, pois está mensagem traz desconforto. A mensagem do nascimento de Cristo coloca em cheque a mordomia, o comodismo, o pensamento de que podemos celebrar seu nascimento e continuar vivendo da mesma maneira.
Herodes odiava o natal porque significa dobrar os seus joelhos, perder a sua vontade. Herodes estava acostumado a ver as pessoas se dobrando diante dele, as pessoas buscando o seu favor, com o nascimento do Rei Jesus, ele é que iria se dobrar. Esta não era uma idéia agradável.
Ainda hoje as pessoas odeiam a Jesus Cristo pelos mesmos motivos: Jesus é uma ameaça ao seu poder; pode ser (é para nós que cremos) aquele que veio salvar mais também condenar e mandar para o inferno aqueles que O rejeita e não estão dispostos a se dobrarem diante da vontade de Cristo.
Aqueles primeiros motivos na verdade são secundários e não revelam as intenções do coração.
Vamos amar a mensagem do natal.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A VERDADEIRA CAUSA DAS AFLIÇÕES


Analisando as palavras de Jesus em Jo 16.33 podemos vislumbrar o verdadeiro motivo das nossas aflições.
Considerando o contexto deste versículo, temos: Jesus iniciar o capitulo declarando que o crente pode esperar perseguição, por que ela virá(1-6). Mostra a necessidade de subir ao céu, para que o consolador venha e convença o mundo do pecado (7-15). Também revela que mais um pouco e eles não mais o verão, por meio da cruz e do sepultamento Ele seria removido de suas vistas, até a ressurreição (8-24). Jesus declara que o relacionamento dos seus discípulos com o Pai, Ele não é indiferente aos que Ele ama que nos tempos difíceis podem clamar a Deus com base nos Seus (Jesus) méritos e Deus nunca os abandonará.
Chegamos então ao versículo 33, inicia dizendo o motivo de todas as suas declarações, para que eles tivessem paz nEle. Essa declaração ajudaria aos discípulos entender por que eles passariam por aflições.
Então a pergunta: Qual a causa das aflições na vida de um seguidor de Cristo?
De maneira pratica e direta, creio que o primeiro motivo por que o crente passa por aflições é por causa de sua fé.
A nossa fé é uma das causas de nossas aflições. Ela molda o nosso estilo de vida e este estilo não é aceito pela sociedade. Paulo escrevendo a Timóteo declarou que: “todos quantos quiserem viver piedosamente serão perseguidos”.
O sistema que esta em vigor no mundo não aceita uma filosofia de vida onde quem serve tem mais valor, onde amar o inimigo é uma virtude, onde está alegre apesar das dificuldades em uma ação louvável.
Creio que a segunda causa por que o crente passa por aflições é por conta das expectativas a nosso respeito.
Estas expectativas se apresentar em duas situações: Muitas vezes sofremos por que existe uma cobrança por conta da capacidade que temos de realizar determinada obra, mas somos negligentes.
Essa pode ser vista como uma situação ou lado positivo da expectativa, mas tem o lado negativo. Quando as expectativas são fruto do egoísmo. O crente sofre quando as pessoas o pressionam querendo que ele atenda as suas expectativas egoístas.
Creio que uma terceira causa por que o crente passa por aflições é por conta do seu mau testemunho. Sofremos quando vivemos fora dos padrões cristãos.
É digna de nota a maneira em que são ditas essas palavras; antes de, “no mundo passareis por aflições”, lhes fora dito, “em mim tereis paz”, e, por final, “alegrai-vos”.
Os crentes, de todos os tempos, apesar de suas tribulações, têm tido razões para se alegrarem, visto que nossos pecados foram perdoados, o amor de Deus foi derramado nos nossos corações, à redenção foi obtida, e temos a esperança da glória.
“Eu venci o mundo" declarou o Senhor Jesus.